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Inteligência Artificial

A IA E O FUTURO DOS NEGÓCIOS 

Por: Fernando Domingues – Utech, Brasil

A inteligência artificial (IA) está a ocupar o centro das preocupações dos executivos que revelam a necessidade de a perceber na sua potencialidade e também nos seus riscos associados à sua adoção nas empresas. 

IA negócios - Tecnologia inteligência artificial olisipo

Segundo a pesquisa Global CEO Survey 2024 da PwC, 97% dos CEOs relataram ter tomado medidas nos últimos 5 anos para mudar a forma como criam, entregam e capturam valor, em grande parte devido à disrupção tecnológica impulsionada pela IA, além das mudanças climáticas e outras megatendências globais. O desconforto com as mudanças é grande e 45% dos participantes duvidam que, na trajetória atual, suas empresas permanecerão viáveis além da próxima década. 

De acordo com outra pesquisa, a BCG AI Radar 2024 com 1406 executivos de 50 paises, 71% deles planeiam aumentar os investimentos em tecnologia em 2024, priorizando a IA e a IA generativa. No entanto, apesar do alto interesse, a maioria das organizações ainda não está conseguindo tirar o máximo proveito dessas tecnologias disruptivas. 

A pesquisa da BCG revela que 66% dos executivos estão insatisfeitos com o progresso em IA até o momento, sendo as principais razões a insuficiência de talentos qualificados, a falta de clareza do roadmap para a adoção da IA e a ausência de estratégia clara de investimentos. Estes 3 aspetos são a base para o sucesso da adoção de IA, sendo que ganhar conhecimento dessas tecnologias e sua aplicabilidade é o ponto de partida para este processo. De acordo com a pesquisa, os executivos acreditam que 46% da força de trabalho das empresas precisará de treinamento em IA nos próximos três anos. A grande maioria (81%) acredita que a IA irá criar novas funções e exigirá um grande esforço de gerenciamento da mudança (74%). 

Os desafios são enormes, mas muitas empresas já estão a atuar para se posicionar neste cenário. Elas estão a usar IA para resolver problemas e aumentar a competitividade. Por exemplo, na pesquisa da PwC, dos que já adotaram a IA generativa, 75% dos CEOs apostam que irá impactar positivamente a confiança dos seus stakeholders e 89% preveem ganhos significativos na qualidade dos produtos e serviços nos próximos 12 meses. 

Be the change - IA negócios

A IA generativa em particular, tem potencial para causar grandes mudanças nos negócios. As empresas que estão a liderar este processo estão alinhando sua estratégia de IA generativa com as estratégias digitais e de IA, investindo no aperfeiçoamento de seus funcionários e incentivando a experimentação em suas organizações, com foco na identificação de casos de uso que possam ser ampliados. 

Alguns dos benefícios mais comuns da adoção da IA nas organizações são: 

Análise de big data

A IA permite extrair insights valiosos de grandes volumes de dados para melhorar processos, prever demandas e personalizar experiências.  

Automação de processos

A IA automatiza tarefas repetitivas, liberando funcionários para atividades mais estratégicas e criativas do seu trabalho e tem potencial de reduzir custos em até 30%, segundo a PwC.  

Chatbots e assistentes virtuais

Cerca de 70% das empresas usam esses sistemas, que melhoram a experiência do cliente e reduzem custos com atendimento. 

Detecção de fraudes

A IA identifica padrões suspeitos em transações financeiras com até 90% de precisão, segundo a Accenture. 

Manufatura inteligente

A IA permite que fábricas se adaptem em tempo real, melhorando a produtividade e a qualidade dos produtos. 

Aumento de vendas

A IA pode analisar os dados dos clientes para oferecer recomendações personalizadas de produtos, mensagens de marketing e conteúdos, melhorando a experiência do cliente e aumentando as vendas. 

Análises preditivas

A IA pode prever tendências futuras, o comportamento dos clientes e as flutuações do mercado, ajudando as empresas a tomar decisões proativas e a manterem-se à frente da concorrência. 

Os executivos percebem a possibilidade de atingir todos esses benefícios e, segundo os dados da pesquisa da BCG, 89% deles colocam a IA e a IA Generativa entre as três principais prioridades tecnológicas para 2024 e desses, 51% colocam-nas no topo da sua lista (a cibersegurança e a computação em nuvem são as outras duas principais prioridades). 

O facto é que qualquer empresa hoje, independente de seu porte, não pode ficar alheia a estas tecnologias que estão a provocar grandes mudanças no mundo corporativo. Investir na qualificação de seu pessoal e construir uma estratégia de como incorporar a IA no dia a dia dos seus negócios passou a ser vital para a sobrevivência e o futuro da organização. 

Neste sentido, a Olisipo tem vindo a trabalhar para incluir no seu catálogo de formação uma maior oferta na área da Inteligência Artificial, trazendo agora formações especializadas no tema.

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RH

Respirar, pensar e inovar na Cerdeira

O que faz a equipa que coordena uma consultora de TI numa aldeia de xisto, sem acesso à Internet nem distrações tecnológicas? Faz isso mesmo: foca a sua atenção, com energia renovada, para levar a estratégia e o rumo da empresa a outro nível. Nós estivemos todos neste retiro da equipa mais uma vez – e até bombos tocamos.

Há 5 anos que o retiro da equipa de gestão da Olisipo se concretiza na aldeia da Cerdeira, num ambiente totalmente diferente daquele vivido no dia a dia de trabalho. Em plena comunhão com a Natureza, é certo que há um primeiro choque para quem está ligado ao mundo tecnológico 24/7 e de repente se vê distante de tudo isso.

O conceito de team building vulgarizou-se muito nos últimos anos. Muitas empresas levam as suas equipas para a rua e fazem todo o tipo de jogos e atividades de lazer. Na realidade, o retiro da Olisipo na Cerdeira é, para nós, team building na verdadeira acepção da palavra: aqui, construímos equipa, com trabalho, partilha, suor, riso e dor, para regressarmos mais coesos e orientados para a mesma causa e propósito.

Energia única

Não é fácil deixar a internet de parte, silenciar o buzz de chamadas telefónicas e esquecer a caixa de emails a rebentar no regresso. Mas gera-se uma energia singular e bem diferente na Cerdeira, onde cada um lidou com as mudanças à sua maneira e, no fim de contas, os benefícios superaram facilmente as preocupações.

Poderia dizer que a Cerdeira é marcada por “work work work”. Mas não seria verdade… Penso mesmo que é um bom mix entre trabalho e tempo com os colegas, onde se alcança a coesão da equipa e trazemos uma energia única aos projetos que ali desenvolvemos.

Diria até que há um sentido de experimentação que fala mais alto na Cerdeira. De repente:

  • reparamos naquela pessoa que não é fã de caminhadas a dar um passeio pela serra
  • há alguém que decide fazer yoga no deck antes do pequeno almoço e leva outros curiosos a fazer o mesmo
  • vemos aquele colega que se costuma deitar cedo e não o faz para conviver mais tempo com toda a gente.

Nem todos apreciamos a natureza da mesma forma nem temos os mesmos hábitos ou hobbies, mas na Cerdeira há liberdade para aproveitarmos o espaço e o tempo livre da forma que mais gostarmos. Este ano, com perseverança e muito ritmo, conseguimos até montar uma performance de bombos, com direito à vista incrível desde cima da serra e tremendo por dentro com o eco levado pelo vale abaixo.

Uma pirâmide diferente

Neste esquema de retiro em equipa há uma mentalidade de trabalho completamente disruptiva, que pouco vejo refletida noutras empresas independentemente da sua dimensão.

Falo aqui de um modelo que orienta o rumo de pensamento de baixo para cima, em que são as equipas executantes que guiam a administração no futuro da empresa. Delineado em conjunto, esse plano dá voz igual a todos os membros da equipa e daqui partem elementos fulcrais para a estratégia da Olisipo.

Projetos futuros, gestão das equipas, ambiente de trabalho, dicas e sugestões para os mais variados temas… Se há sítio certo e hora certa para o fazer é neste retiro na Cerdeira.

Cada edição é focada sobre diferentes temas, “dores” ou problemas, a que damos resposta sobre a forma de projetos concretos. Mas não são “sempre os mesmos” a pensar em soluções. Pelo contrário: são criadas equipas multidisciplinares, onde cada elemento contribui de forma ativa e enriquece o projeto com os conhecimentos da área em que trabalha.

O desafio está tanto em pensar fora da caixa, como coordenar estratégias com membros de equipas diferentes. De forma semelhante, também os seus métodos de trabalho, foco e processos são diferentes, o que enriquece o resultado final e ensina algo novo a cada um de nós.

O que se leva

Foram três dias intensos, desde as caminhadas com mais de duas horas pela serra à discussão de temas decisivos para o funcionamento da Olisipo como uma empresa, mas também como uma segunda casa para cada um de nós. Este ano, pudemos ver como os desafios, o sair da zona de conforto e a inovação estão mesmo no nosso sangue.

Para projetos disruptivos, há que pensar, suar, ouvir e falar. E é neste retiro que potenciamos a nossa força enquanto equipa, regressando mais inspirados e unidos para trazer a diferença ao nosso trabalho.

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Equipa

Olisipo renova distinção de “Melhor Fornecedor RH”

É oficial. A Olisipo renova pelo 6º ano consecutivo a distinção de “Melhor Fornecedor RH” e é novamente reconhecida pelos seus Clientes como a melhor empresa de outsourcing de pequena/média dimensão a operar em Portugal. Obrigado a todos pelo trabalho e reconhecimento.

O prémio resulta de um estudo baseado na avaliação realizada pelos próprios clientes, abordando diversas áreas como a Qualidade dos Serviços Prestados; a Imagem do Fornecedor; a Qualidade dos Colaboradores; o Preço Apercebido, entre outras questões. A Olisipo concorreu na categoria de Outsourcing, renovando o reconhecimento do mercado.

Esta é uma iniciativa promovida pela APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, em parceria com as empresas Qmetrics e Mínimos Quadrados.

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Opinião

Segurança na Internet – Como as aplicações “grátis” podem sair-lhe caro

“Não abras a porta a estranhos!” – É um aviso que os pais frequentemente transmitem aos filhos, juntamente com outros conselhos acerca dos perigos do mundo que os rodeia. Contudo, com o passar dos anos e rápida evolução tecnológica, é agora um desafio acompanhar todas as novidades e os seus perigos.

Queremos experimentar estas novidades e as aplicações que utilizamos são geralmente uma porta aberta para “estranhos”. Mais ainda se estivermos perante aplicações ilegais ou versões pirata. Sem nunca nos apercebermos, podemos estar a ceder dados e correr o risco que nos acedam involuntariamente ao computador. Infelizmente, existe uma enorme variedade de software não certificado e, muitas vezes, com finalidades duvidosas.

Vejamos como exemplo o mundo de aplicações que está disponível para os telemóveis Android. Muitas vezes precisamos de aplicações adicionais e uma pequena pesquisa no “market” dá-nos uma ampla variedade de conteúdos que fazem o que queremos (e o que não queremos).

É evidente que queremos usufruir dos nossos equipamentos móveis ao máximo. Mas agora vem a parte que a maioria não dá importância: quais são as permissões que damos a uma aplicação (p. ex. Bloco de Notas)? Será que faz sentido dar permissão para aceder aos meus contactos? Ou até conhecer a minha localização e consultar o estado do Wi-Fi? Porquê facultar estas autorizações à aplicação quando a finalidade da mesma é apenas escrever texto livre?

Sendo uma aplicação gratuita, muitos consideram que não têm direito a opor-se a estas condições. Mas não é bem assim. Hoje em dia, é preciso ter muito cuidado com a partilha dos nossos dados.

Os dispositivos móveis conseguem ser uma verdadeira mina de ouro para hackers e podem facilmente ser manipulados. Desde as fotos, à navegação do browser, aplicações usadas, contactos, e-mail pessoal e até do trabalho, enfim… temos de tudo!

Considere no que podemos fazer nos nossos telemóveis hoje em dia. Toda e qualquer atividade que temos nesse dispositivo pode estar a ser recolhida e enviada para terceiros. Quanto vale no mercado os nossos contactos? O nosso e-mail e outras informações? Quem poderá beneficiar?

Pense sempre que a aplicação não é verdadeiramente grátis. Quem desenvolveu a aplicação poderá ter outros objetivos em mente. Para combater isso, hackers e especialistas na área de todo o mundo até se reúnem anualmente para discutir novas formas de melhorar a segurança informática (como é o caso da convenção DEF CON em Las Vegas).

Por isso, estarmos informados sobre a forma como este tipo de ataques ocorre e como os podemos evitar deve ser o nosso principal foco. O aumento do crime informático deverá deixar-nos alerta, garantindo que a segurança vem sempre em primeiro lugar.

Recentemente, o fabricante de automóveis Volkswagen surgiu na imprensa internacional por ter proibido os seus colaboradores de jogarem Pokémon GO dentro das instalações na sede alemã porque, entre outras razões, a geolocalização usada pelo jogo permitia a terceiros conhecer a posição do dispositivo.

Estas situações têm levado as empresas a rever as suas políticas internas e elevar a segurança dentro das suas instalações. Desta forma, a procura por consultoria nesta área tem aumentado, já que muitas empresas não medem esforços para evitar revelar segredos que poderão gerar avultados prejuízos.

Compete agora a cada um de nós fazer uma avaliação dos possíveis riscos que corremos e avaliar o que é possível fazer para minimizar os mesmos. É certo que não podemos eliminar o risco na totalidade, mas também não queremos ”abrir a porta”.

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Opinião

Guia para não ficar “obsoleto” no mundo das TI

Vivemos tempos difíceis. A tecnologia evoluí a um ritmo alucinante e nós, nós continuamos a ser simplesmente… humanos. Com limitações que as máquinas não têm, porque nós as concebemos assim, para terem cada vez menos falhas.

Quando se diz, e sobretudo quando se escreve, sobre as tecnologias que estão ou não a ficar obsoletas e as que têm ou não esse estatuto contemporâneo de trend, estamos a entrar no campo da futurologia. O mesmo se passa quando fazemos o habitual exercício de tentar adivinhar se vais ou não vais ter emprego! Suposições. Não são mais do que isso.

Quantas vezes se anunciou aos sete ventos o fim do Cobol? No entanto a procura por profissionais nesta área contínua no top da lista das equipas de recrutamento! Este tipo de situações traz-nos à derradeira questão. Será que a palavra “obsoleto”, no mundo da tecnologia, é algo assim tão claro e evidente?

Data Scientists, Mobile  Developers, DevOps, Cloud Specialists… como se pode ver, são tantos os novos tipos de skills que as empresas procuram nos dias de hoje, que em muitos momentos podemos ter a sensação de estarmos ligeiramente perdidos no que diz respeito ao caminho certo a seguir para poder abraçar e empreender numa carreira no maravilhoso mundo das tecnologias!

Mas engane-se quem pensa que estamos numa altura complicada para aprender e desenvolver novas skills a nível profissional. Muito pelo contrário. Isto é, não poderia haver melhor altura para o fazer, como mostra este artigo do site CIO.com

Quanto a nós, 2016 tem sido particularmente agitado no mercado do emprego das TI em Portugal. A maioria das empresas optou por reforçar as suas equipas nestas áreas, seja através de recrutamento, ou através de serviços de outsourcing.

A competição por profissionais na área das Tecnologias de informação é intensa, seja nas sexys startups ou nas largest tech companies como a Google, a Amazon, a Microsoft… muito atraentes para qualquer profissional à procura de novos desafios. E no meio desta autêntica dança de cadeiras, estamos todos a pensar no que é que podemos fazer para assegurarmos a manutenção dos nossos talentos dentro da nossa empresa. Será que o dinheiro é realmente tudo na vida? Será que só com aumentos progressivos e consecutivos de salários é que conseguimos manter os nossos trabalhadores satisfeitos? Não me parece! Até porque nenhuma empresa sobrevive se passar a vida a aumentar os salários dos trabalhadores.

Será que se proporcionarmos aos trabalhadores a possibilidade de participar em novos projetos, com acesso a novas tecnologias, ou se transformarmos as nossas empresas em espaços mais divertidos e agradáveis para trabalhar, conseguiremos parecer mais “cool”?

Considero que todas as iniciativas podem contribuir para aumentarmos a taxa de retenção dos nossos talentos, mas a grande preocupação deste profissionais é a atratividade do seus skills tecnológicos: estarão ou não a ficar obsoletos? Sim. Fora de moda. Fora de jogo e fora do jogo.

A tecnologia muda e evolui em loop, o que pressiona a mudança e consequentemente a aprendizagem quase mandatória de novos skills. Para ontem.

A formação é e tem de continuar a ser um driver claríssimo e fundamental na carreira dos profissionais das TI.

Mas isto traz-nos a questão fundamental deste texto.

Quais são as maiores necessidades formativas que existem na área das TI’s? Em que tipo de formação deve a tua empresa investir para que os colaboradores estejam atualizados?

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Opinião

O #BREXIT pode ser muito bom para nós

Não é novidade para ninguém que nos últimos anos houve uma enorme percentagem de profissionais de Tecnologias de Informação (e não só) do nosso país que se mudaram de malas e bagagens para o Reino Unido. O objetivo foi o mesmo de todos os outros Emigrantes portugueses: tentar melhorar as suas condições de vida.

Entenda-se por melhoria das condições de vida, um salário mais condizente com o trabalho que é apresentado, e as possibilidades de uma vida mais desafogada. De resto este é um fenómeno sobejamente conhecido da realidade portuguesa.

Há anos que esta situação se verifica nas áreas mais distintas e a nossa área não é exceção.
Contudo, um acontecimento recente no espaço europeu ameaça inverter algumas das lógicas do mercado das Tecnologias de Informação. Como é do conhecimento do mundo inteiro, o Reino Unido, deixou de o ser, e está neste momento num processo de transição e de saída da União Europeia, o conhecidíssimo #Brexit. E com esta alteração de estatuto e posição, chegam também as dúvidas sobre a viabilidade da permanência naquele país, sobretudo porque o processo de legalização de um cidadão estrangeiro naquele país passa a ser muito mais complicado. Isto é, passará a ser necessário um visto de trabalho, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos. Isto vem dificultar – e muito – a vida aos emigrantes, que não vão conseguir arranjar trabalho tão rapidamente.

Perante isto, perante este cenário inesperado, praticamente toda a gente deitou as mãos à cabeça e vaticinou o fim das ligações privilegiadas com o Reino Unido. Wrong!!

Antes de mais nada é preciso ter calma e pensar com clareza.

É do conhecimento de todos que, muitas vezes, nas alturas mais complexas e inesperadas, surgem grandes oportunidades. É aqui que podemos começar a marcar a diferença. Ou seja, é aqui que podemos ser nós as pessoas que olham para um copo e o vêem sempre meio cheio, e não meio vazio.

Assim, onde os britânicos já escrevem a crónica de um prejuízo anunciado, nós devemos ver oportunidades de lucro e de novos contratos. Como? Simples: A ausência deste tipo de recursos técnicos no Reino Unido pode (e deve ser isso mesmo que vai acontecer) forçar as empresas a deslocalizar as suas operações para fora das ilhas. Ora, Portugal, para além de ser o mais antigo aliado do arquipélago, afigura-se como um forte player no mercado de IT Nearshore, que é o mesmo que dizer “pertinho de casa”, sem ter de andar muito…

Quero com isto dizer que as empresas britânicas não têm de procurar muito nem de ir muito longe para encontrar, em regime de outsourcing, profissionais de IT que assegurem, com elevadíssima qualidade e profissionalismo, o trabalho que até aqui era feito dentro de portas.
A oportunidade é ainda maior se tivermos em linha de conta que há já algumas multinacionais de referência a pensar seriamente em sair do Reino (des)Unido.

Se Portugal se decidir a investir numa comunicação eficaz das suas mais valias tecnológicas, das suas infraestruturas e dos seus recursos humanos poderá atrair grandes centros de competência para dentro de portas, permitindo deste modo manter por cá os nossos talentosos profissionais de ITs e aumentar os nossos níveis de empregabilidade. Possivelmente até melhorar as condições salariais oferecidas. No entanto, é certo que temos uma oferta qualificadíssima e extremamente mais barata que a oferta interna britânica, já para não falar na qualidade do trabalho desenvolvido. Ora isto faz com que estejamos muito bem posicionados numa perspectiva de IT Nearshore, como vos dizia mais acima.

É uma realidade que eles não conhecem e não possuem e que levará anos a ser desenvolvida. Ao passo que nós, bom, nós vivemos dentro dela, e vivemos muito bem, por sinal.

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Do Telemóvel ao Smartphone

Quem não tem um telemóvel ou smartphone?

Se fizer um esforço sincero, possivelmente vai ter dificuldade em nomear apenas 1 nome de alguém que não tenha um equipamento móvel para fazer chamadas.

Mesmo para quem já tem uma idade avançada, é praticamente banal usarem este tipo de aparelhos, talvez mais simples e sem tantas funções.

Talvez no tempo dos nossos pais ou até dos nossos avós isso fosse algo impensável. Lembra-se?

A história diz-nos que o Homem sempre teve uma enorme necessidade de comunicar.

Essa necessidade veio estimular a imaginação e o que hoje nos parece impossível, amanhã é uma realidade. Isto porque houve alguém que deu os passos necessários.

Em 1956 a Ericsson projetou aquilo que viria a ser o primeiro telefone móvel. Consegue imaginar andar com 40 quilos na mão?

Talvez pense que tivesse sido pouco provável, mas a verdade é que existem pessoas que viram ou conheceram alguém que andava com uma mala ou pasta que na realidade era um telefone móvel. Uma fortuna que poucos teriam a possibilidade de adquirir. Só alguns anos mais tarde, em 1973, é que a Motorola surge com o mítico e icónico DynaTAC 8000X.

Evolução do telemóvel

Este foi o primeiro telefone digno de ser chamado móvel e com ele começou uma autêntica revolução na nossa maneira de comunicar. Mas tudo isto foi possível graça às antenas que possibilitam as comunicações entre vários aparelhos e toda a tecnologia envolta numa estação de Radio. Este mundo emergente veio trazer aos operadores de telecomunicações uma nova realidade e um mundo inteiro por explorar.

Por exemplo, a Vodafone em 1987 já era considerada um dos maiores operadores móveis do mundo. Em Portugal, surge em 1991 e no ano de 1993 consegue abranger cerca de 90% da população nacional.

As estações e antenas de transmissão, conhecidas por BTS´s e NodeB vieram trazer a cobertura necessária para podermos fazer chamadas e enviar as mensagens. Graças aos avanços da tecnologia, hoje em dia é possível fazer chamadas em quase todos os cantos da terra.

Eventos como o Rock In Rio reúnem no mesmo local geográfico cerca de 85 mil pessoas e é necessário um planeamento cuidado para que as comunicações nesse sítio sejam possíveis sem perturbações. Estar num evento desta magnitude e poder fazer uma videochamada com um concerto em plano de fundo, aceder á internet para fazer um “LIKE” nalguma foto partilhada segundos antes ou até mesmo espreitar os emails era completamente impensável há alguns anos. Agora os operadores de telecomunicações fazem de tudo para garantir que, em eventos como este, nada falhe e todos tenham acesso a estas regalias modernas.

Com esta exigência, é possível ver nascer estações de rádio que vão dar a cobertura necessária para fazer tudo isto e muito mais. Sim, muito mais! Isto porque os nossos telemóveis já não são meros telefones.

Com visores que permitem fazer deles autênticos computadores portáteis, máquinas fotográficas ou até de filmar… Fazemos upload de um ficheiro vídeo e partilhamos fotos no momento em que são tiradas, são algumas das extravagâncias que temos hoje.

Imaginar como será o futuro pode parecer difícil, mas hoje parece impossível eliminar da nossa vida este pequeno objeto que vai connosco para todo o lado.

Talvez o venhamos a substituir por outro parecido. Já agora… já disseram aos vossos avós que é possível atender as chamadas com o relógio?

Márcio Caballero, Telecom Consultant na Olisipo

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Opinião

O Outsourcing em 2020

É certo e sabido que 2015 foi um incrível ano para o Outsourcing, com mais mudanças e revoluções do que em toda a década anterior, mas… como é que será o nosso mercado dentro de 4 anos, em 2020? Uma coisa é praticamente garantida. O mercado vai crescer.

Se há algo que está em constante evolução/mudança são as razões pelas quais as empresas contratam serviços de Outsource. Uma das principais motivações – para além da redução de custos espartana dentro das empresas – prende-se com a necessidade que as mesmas têm de responder ao “clientocentrismo” (não se preocupem, é apenas uma forma de vos fazer entender que o cliente é, por estes dias, o centro das preocupações da grande maioria das empresas), e também para desbloquearem e conseguirem alcançar novas competências tecnológicas.

Em suma, está a nascer um novo ecossistema onde o futuro será daqueles que, simultaneamente, forem capazes de entregar os melhores serviços e capazes de perceber e satisfazer as necessidades dos seus clientes, utilizando para o efeito os melhores e mais recentes recursos tecnológicos para o conseguirem.

Desta forma, o mercado do Outsourcing caminha assim para se tornar simultaneamente mais colaborativo e competitivo. A tendência passa por basear os contratos em outcomes e não em outputs; partilhar o risco do investimento para poder ganhar mais dinheiro em mais fases do processo, ao invés de esperar pela (possível) repartição dos (possíveis) lucros.

Já a própria natureza dos contratos celebrados está também a sofrer transformações assinaláveis. Ora vejamos:

– Contratos muito mais curtos e renováveis (muitas vezes de forma automática);

– Períodos de aviso (de cessação do mesmo) mais curtos;

– Grandes grupos empresariais procuram cada vez mais as parcerias com empresas mais pequenas e focadas/especializadas em determinado serviço;

Assim, é expectável que possamos assistir a investimentos extraordinários, nomeadamente em robótica e, sobretudo, em inteligência artificial.

Contudo, apesar de a perspectiva ser extraordinariamente positiva, só as empresas que percebam rapidamente as alterações estruturais que a Indústria está a sofrer e, sobretudo, o que o cliente moderno quer, é que vão ser capazes de beneficiar com tudo o que aí vem.

O veredicto final é muito simples: alguns dos gigantes do Outsourcing vão desaparecer se não derem os passos necessários para a rápida adaptação ao futuro.

Meus amigos, esse futuro quer-se cada vez mais presente, por isso, para muitas das grandes empresas do mercado, ou é agora ou então pode ser tarde de mais.
E bem sabemos que a expressão tarde de mais pode significar isso mesmo. Tarde de mais para a empresa e para os seus funcionários.

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Olisipo Way

Grupo Cofina, Audi e CGD apostam na publicidade inovadora da EyeSee

O Grupo Cofina acaba de lançar na sua rede de sites uma campanha publicitária da Audi, que promove o novo A4, tornando-se assim no primeiro grupo de comunicação que, em conjunto com esta marca, decide apostar no novo formato publicitário da EyeSee no mercado nacional.

Em causa está o formato exclusivo que é oferecido pela startup da Olisipo Way SGPS e que permite analisar as imagens existentes nos sites da Cofina, de forma automática e inteligente, inserindo sobre elas campanhas publicitárias, sem nunca interferir com a visualização dos conteúdos ou com a experiência dos utilizadores.

Esta aposta surge numa altura em que os meios digitais representam uma das principais fontes de receita para os grupos de media e, em simultâneo, as marcas procuram formatos de publicidade digital inovadores, com maior impacto junto dos utilizadores pela sua localização integrada com os conteúdos. Segundo o estudo realizado pela Nielsen sobre o novo formato, a tecnologia da EyeSee representa um aumento na notoriedade das campanhas de 23% e distrai o utilizador cerca de 14% menos comparativamente aos formatos tradicionais. Para além disso, a tecnologia patenteada permite rentabilizar todo o inventário de imagens que não era anteriormente aproveitado.

“Quando analisamos os sites onde todos nós navegamos diariamente, apercebemo-nos que a publicidade está sempre ao redor dos conteúdos ou, de forma mais agressiva, sobrepõe-se a eles, invade-os ou coloca entraves ao seu consumo. A tecnologia que criámos permite às marcas conviver dentro de conteúdos premium (imagens) e partilhar o momento em que os utilizadores as observam” afirma o CEO da empresa, João Redol.

José Frade, director comercial digital da Cofina, acredita que “ esta é uma grande oportunidade para as marcas criarem engagement time com os utilizadores dos sites Cofina e aumentar a eficácia da sua comunicação seja na visibilidade (viewability) que este formato proporciona quer pelos níveis de interactividade ou targeting contextual”

A campanha está neste momento activa nas galerias de fotos dos sites do Jornal de Negócios e Correio da Manhã, estendendo-se nos próximos dias ao Record, Máxima, Vogue, Sábado e Flash Vidas. Para além da Audi, também a CGD irá apostar numa campanha para o formato da EyeSee esta semana.