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Programação Reativa: Capacidade de resposta e escalabilidade no desenvolvimento de Software

No dia-a-dia dinâmico do desenvolvimento de software, onde a capacidade de resposta, escalabilidade e processamento de dados em tempo real são importantíssimos, a programação reativa emergiu como um verdadeiro paradigma transformativo. Enraizado na necessidade de lidar com as complexidade das aplicações de hoje, este modelo oferece um novo approach que se foca numa programação orientada a eventos, sem bloqueio e assíncrona. Ao utilizar o poder de fluxos de dados (streams) e ao propagar mudanças de dados de forma reativa, este paradigma de programação tem vindo a revolucionar a forma como os developers constroem aplicações responsivas e resilientes.

Exploremos então os vários princípios-chave, particularidades e aplicações no mundo real deste tipo de programação.

diferenças entre programação reativa e imperatva
Fonte: infoq.com

Compreender a Programação Reativa

Na sua essência, a programação reativa é um paradigma de programação declarativa que permite aos developers lidar com fluxos de dados assíncronos e reagir a mudanças de uma forma mais eficiente e organizada. Contrariamente à tradicional programação imperativa e que se define explicitamente às operações passo-a-passo, aqui expressam-se as relações entre dados e eventos. Existe um approach mais funcional e focado em eventos, onde os dados fluem através de pipelines e transformações, reagindo a mudanças sem bloquear o fluxo de execução.

os princípios chave da programação reativa
Fonte: medium.com

Princípios-chave e principais características

A programação reativa adere a vários princípios-chave que regulamentam o seu comportamento:

1. Assincronia

Os sistemas reativos são dos melhores a gerir tarefas assíncronas, permitindo às aplicações manter-se responsivas e ter uma performance eficiente, mesmo sob pesadas cargas de trabalho.

2. Foco em eventos (event-driven)

Ao enfatizar a importância de eventos e fluxos de dados, permite-se às aplicações reagir de forma instantânea a mudanças nos dados, garantindo capacidade de resposta em tempo real.

3. Escalabilidade

Os sistemas reativos estão desenhados para escalar horizontalmente, distribuindo tarefas em múltiplos nós (nodes) e gerindo uma maior procura de forma rápida e sem problemas.

4. Resiliência

A programação reativa promove a tolerância à falha (fault tolerance) e degradação graciosa (graceful degradation), fazendo com que as aplicações recuperem de falhas e se adaptem às condições em mudança.

Aplicar a programação reativa a cenários no “mundo real”

A programação reativa tem diversas aplicações em variados domínios:

1. Web Development:

Nas aplicações Web modernas, bibliotecas de programação reativa como React.js e Angular permitem aos developers construir interfaces de utilizador interativas e responsivas, melhorando assim a experiência do utilizador.

2. Fluxo de dados

As abordagens reativas são ideais para gerir fluxos de dados contínuos, tornando-os valiosos para aplicações que lidam com dados em tempo-real como feeds de social media, dados de sensores em IoT, e dados de mercados financeiros.

3. Sistemas distribuídos

Em arquiteturas distribuídas, a programação reativa ajuda a construir microserviços resilientes e a gerir a comunicação entre componentes de forma eficiente.

comic sobre a vida e um software engineer
Fonte: Manu Cornet

Desafios à programação reativa

1. Curva de aprendizagem

Os developers mais acostumados à programação imperativa poderão encontrar uma curva de aprendizagem aquando da transição para a programação reativa e o seu paradigma funcional e focado em eventos.

2. Complexidade

Os complexos fluxos de dados e cadeias de eventos podem requerer um design e gestão cuidadosos para que se evitem armadilhas como controlo de contrapressão (ou backpressure) e afunilamento (ou bottleneck) de desempenho.

Exemplos reais

O que preciso de fazer para passar a programar de forma reativa?

Se pensas dar os primeiros passos no mundo da programação reativa, há que considerar o seguinte:

1. Uma base forte de programação assíncrona

É essencial ter uma sólida compreensão dos conceitos de programação assíncrona. Familiariza-te com callbacks, promessas e async/await em linguagens como JavaScript ou Kotlin. Estas bases irão permitir-te compreender os conceitos reativos que virão a seguir.

2. Compreender os conceitos centrais

Perceber os conceitos centrais da programação reativa é absolutamente crucial. Foca-te em ser um mestre de conceitos como Observables, Observers, e Subscribers. Um Observable representa um stream de dados ou eventos, enquanto que os Observers e Subscribers reagem às mudanças nos Observables. Podemos dizer que estes são o cimento e os tijolos da programação reativa.

3. Tecnologias mais utilizadas

Várias tecnologias e bibliotecas populares permitem aos developers implementar programação reativa de forma eficiente. Para JavaScript, RxJS (Reactive Extensions for JavaScript) é a biblioteca principal que oferece uma vasta coleção de operadores e ferramentas reativas. Para Java, Spring WebFlux oferece um robusto suporte reativo . Outras linguagens como Kotlin e Swift também têm as suas respetivas bibliotecas reativas que são largamente utilizadas dentro dos seus próprios ecosistemas.

4. Explorar Frameworks reativas

Para poder verdadeiramente experienciar o poder da programação reativa, explorar frameworks reativas pode ser sem dúvida benéfico. Por exemplo, React.js em frontend e Spring Boot com WebFlux em backend pode ser uma poderosa combinação para construir aplicações web reativas.

5. Melhores cursos e recursos de aprendizagem

Conforme a programação reativa vai ganhando popularidade, mais e mais recursos de aprendizagem e cursos vão surgindo para te ajudar a ficar 100% confortável com todos estes conceitos. Websites como Udemy, Coursera e Pluralsight oferecem cursos em programação reativa para diferentes níveis de experiência. Procura cursos com exercícios práticos e aplicações no mundo real para poder solidificar os teus conhecimentos.

Na Olisipo, oferecemos-te algumas formações que incluem a programação reativa tais como Construção de aplicações web com React, ou Javascript – Desenvolvimento web moderno .

6. Projetos hands-on

Nada substitui a experiência prática, e a programação reativa não é excepção. Faz por trabalhar em projetos hands-on que envolvam streams em tempo real, arquiteturas com foco em eventos, e UIs responsivos. Construir aplicações web reativas ou integrar recursos reativos em projetos existentes vai aprofundar os teus conhecimentos e capacidades.

7. Colabora e aprende

Junta-te a comunidades online, foruns e grupos nas redes sociais dedicados à progração reativa. Comunicar com developers que estão a passar ou já passaram pelo mesmo processo e têm conhecimentos para partilhar traz-te insights valiosos e oportunidades de aprendizagem. Participar em hackathons ou desafios de coding que incorporam elementos reativos pode também ser uma ótima maneira de te desafiar e aprender.

A programação reativa emerge assim como um poderoso paradigma que se foca nos principais requisitos no desenvolvimento de software moderno. Ao priorizar a assincronia, as arquiteturas centradas nos eventos e a escalabilidade, este modelo empodera os developers a construir aplicações altamente responsivas e eficientes.

À medida que o desenvolvimento de software continua a evoluir, integrar os princípios da programação reativa irá provar-se crucial para se manter na vanguarda da inovação e entregar experiências de utilizador superiores. Com a sua habilidade única de gerir em tempo real dados e tarefas assíncronas, a programação reativa coloca-se no caminho de se tornar uma ferramenta indispensável para developers que queiram vingar neste panorama em constante mudança que é a tecnologia.

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‘Alquimia’ Agile: Como transformar o dia-a-dia dos profissionais de TI com flexibilidade e sucesso

No reino sempre em evolução das tecnologias da informação, onde a rápida inovação é a norma, as formas tradicionais de gestão de projetos têm cada vez mais dificuldades em se manter a par. E é aí que entram em cena as metodologias Agile – um transformativo conjunto de frameworks flexíveis e interativos que têm revolucionado a forma como os profissionais de TI vêm e abordam as suas tarefas diárias. Tal como na alquimia, que se dizia transformar chumbo em ouro, também as metodologias Agile geram resultados extraordinários, lançando um approach dinâmico à gestão de projetos, fomentando a colaboração e adaptabilidade.

Fonte: Krasamo

Exploremos então as várias formas como o Agile eleva as vidas diárias dos profissionais de TI, desbloqueando uma maior produtividade e alcançando o sucesso.

Enfatiza a colaboração e comunicação

Um dos princípios-chave do Agile é o seu foco em que equipas transfuncionais trabalhem em conjunto, de forma colaborativa. As práticas Agile, tais como as reuniões diárias “stand-up”, encorajam a comunicação aberta, permitindo aos membros das equipas partilhar progresso, desafios e atualizações. Isto fomenta uma cultura de transparência, mandando abaixo silos organizacionais (estes silos são uma metáfora que remete a equipas, indivíduos ou até plataformas que trabalham de forma isolada dentro da empresa e que têm dificuldades em comunicar com o exterior) e certificando que toda a gente está alinhada com os objetivos de um projeto. O resultado é uma maior eficiência, reduzidos problemas de comunicação e uma mais rápida tomada de decisão.

Entrega valor incremental por meio do desenvolvimento iterativo

As metodologias Agile promovem a entrega de pequenas e incrementais melhorias ao longo do tempo, em vez de esperar por um produto final monolítico. Os profissionais de TI podem experienciar a satisfação de ver o seu trabalho ir ganhando vida através de iterações regulares, dando-lhes também a oportunidade de receber feedback de stakeholders mais cedo no processo de desenvolvimento. Este approach iterativo permite melhorias contínuas e rápidos ajustes baseados nos requisitos atualizados, o que resulta num produto final que melhor se adequa às necessidades do utilizador.

Adapta-se aos requisitos e prioridades que vão mudando

No panorama dinâmico de TI, é normal que os requisitos e prioridades mudem. As metodologias Agile abraçam esta realidade, ao permitir que os profissionais de TI se adaptem e ajustem rapidamente. O uso de histórias de utilizadores e sessões de refinamento de backlog permite que as equipas voltem a priorizar tarefas com base nas necessidades do negócio, mudanças do mercado ou feedback dos stakeholders. Ao evitar um planeamento demasiado rígido e a incluir a flexibilidade, as metodologias Agile ajudam os profissionais de TI a permanecer responsivos e entregar valor mesmo em circunstâncias incertas.

Encoraja a aprendizagem e melhoria contínuas

As metodologias Agile encorajam uma cultura de aprendizagem e melhoria contínuas. Reuniões retrospectivas no final de cada iteração dão espaço às equipas para refletir nos seus processos, identificar áreas de melhoria, e celebrar sucessos. Este compromisso para com a aprendizagem reforça um sentimento de propriedade e responsabilidade, motivando os profissionais de IT a tornarem-se mais proativos e organizados no seu trabalho.

Melhora a comunicação com stakeholders e satisfação de clientes

Ao envolver os stakeholders durante o processo de desenvolvimento, as metodologias Agile garantem que os projetos estão alinhados com os objetivos de negócio, bem como as necessidades do cliente. Demonstrações regulares de características funcionais permitem aos stakeholders dar feedback atempado, minimizando o risco de atrasos e garantindo que o produto final vai de encontro às expectativas.

“Intelligence is the ability to adapt to change.”

Stephen Hawking

As metodologias Agile já há muito que vêm transformando a forma como os profissionais de IT trabalham, proporcionando uma abordagem flexível, colaborativa e iterativa à gestão de projetos. Ao enfatizar a colaboração, adaptar à mudança de requisitos, e possibilitar melhorias contínuas, o Agile permite aos profissionais de IT melhorar as suas experiências no dia-a-dia, o que eventualmente leva a um aumento da produtividade e de resultados positivos em projeto. Ao abraçar os princípios Agile, estes profissionais estão mais bem preparados para enfrentar os desafios do mundo do IT e entregar valor aos stakeholders com eficiência e confiança.

PS: Pront@ para dar os primeiros (ou segundos) passos no mundo do Agile? Consulta já as nossas certificações e cursos de preparação para as mesmas, para que possas ser a melhor versão de ti!

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8 segredos (não tão secretos) para a melhor Gestão de Projetos

A partir do momento que uma pequena empresa cresce e os seus projetos se tornam mais complexos e exigentes, querendo ou não, irá depender da Gestão de Projetos para manter os seus standards de qualidade e continuar a crescer.

Antes de enveredar pelo mundo da Gestão de Projetos, é necessário começar com um plano sólido, entender o que é, como funciona, e algumas das melhores práticas a aplicar. É aqui que nós entramos em ação. Temos 8 dicas essenciais para qualquer profissional (mesmo para quem não trabalha em Gestão de Projetos), que não são nenhum segredo de estado, mas que não devem ser postas de parte.

1. Começa com um plano

A Gestão de Projetos anda sempre à volta de planos e da sua implementação da forma mais fluida possível. Se enveredas pela Gestão de Projetos sem antes teres um plano definido, não interessa qual a ferramenta que utilizas – ou quão bem a utilizes. Sem um bom plano para começar, vai ser tudo muito, muito mais difícil.

Mesmo antes de começar a construir o projeto dentro de uma plataforma de gestão de projetos, já deves estar munid@ com um plano bastante completo que inclua de que se trata o projeto, qual o propósito que cumpre, quanto tempo vai demorar (e se há espaço de manobra para ir para além da data limite inicialmente estabelecida), quais os objetivos e como é que este projeto irá beneficiar a empresa e os clientes da mesma. Sem um plano que funcione, todo o processo pode e provavelmente vai ser desnecessariamente fatigante.

2. Comunica frequentemente com os principais stakeholders

Nada é mais eficiente num projeto (e na vida, já agora) do que uma boa comunicação. Certifica-te que implementas as ferramentas necessárias para que as equipas comuniquem sem problemas. Independentemente do software, é crucial que todos os membros sejam encorajados a manter todas as linhas de comunicação abertas para com o resto da equipa, dos managers e stakeholders.

A comunicação pode passar por um chat de servidor, e-mail, fórum ou qualquer tipo de plataforma (se bem que, mesmo com o passar dos tempos e a modernização das aplicações de reuniões virtuais, nada substitui verdadeiramente uma reunião e discussão presenciais), o mais importante é que os canais de comunicação se mantenham sempre abertos. Os Gestores de Projeto devem também estar sempre disponíveis e em contacto com os stakeholders, sem no entanto fazer demasiada pressão ou micromanagement.

3. Documenta os teus recursos

Recursos pode significar tudo desde membros da equipa, servidores, salas de reunião, etc. Uma coisa a ter em consideração é que normalmente não temos recursos ilimitados, e uma boa gestão daquilo que temos à disposição pode ser a chave para o sucesso de um projeto.

Quando tens uma documentação sólida de todos os recursos, tens sempre uma ideia bastante realista do que está a ser usado, como é que está a ser usado, e da forma mais eficiente de usar esses recursos. Deves também criar um “plano de recursos” para saber exatamente como usar cada recurso durante o ciclo de vida do projeto.

4. Monitoriza o volume de trabalho

A última coisa que queres fazer é sobrecarregar certos membros da equipa ou a equipa por inteiro. Tu e os teus Gestores de Projeto devem sempre ter o volume de trabalho do projeto sob controlo. Quando encontras um ou mais membros da equipa que têm mais trabalho do que deveriam, está na altura de redistribuir funções para evitar situações de burnout. Quando alguém chega ao ponto de burnout, já é demasiado tarde e o próprio projeto pode ser fortemente afetado. Ao te precaveres contra estas situações, poupas a equipa e o projeto ao mesmo tempo.

5. Implementa Gestão do Risco

O risco está em todas as partes, e é preciso algum esforço para o gerir. Implementar gestão do risco significa que estás sempre preparad@ para o pior, mesmo que nunca suceda. Para fazer esta gestão de forma eficiente, deves criar uma equipa de resposta ao risco, identificar todos os possíveis riscos envolvidos com o projeto, uma completa análise de risco, atribuir uma pessoa responsável para cada risco, e estar preparad@ para dar os passos necessários para lidar com cada risco, caso aconteça.

6. Evita ir mais longe do que o planeado

Por vezes, é tentador em alguma fase do ciclo de vida do projeto ir além das fronteiras do mesmo. Podes ter encontrado entretanto um novo atributo ou função que poderia ser necessária. Apesar disso, não planeaste a inclusão desse atributo, e tentar adicioná-lo a meio do projeto pode colocar em risco o sucesso de todo o projeto.

Ao invés de adicionar algo a meio do processo, considera essa adição para uma edição futura deste mesmo projeto, ou mesmo como um add-on a ser adicionado depois da conclusão do projeto. O mais seguro é manteres-te com o teu plano original, e certificares-te do seu sucesso em vez de aplicar riscos desnecessários.

7. Reúne com frequência (mas com brevidade)

Considera organizar pequenas reuniões “stand-up” semanais ou diárias com toda a equipa, para te certificares que estão todos na mesma página. Estas reuniões devem ser breves e assertivas. Não te desvies do tópico em questão e não mantenhas as pessoas mais tempo que o necessário, senão vai tornar-se fastidioso para toda a gente envolvida. O ideal é chegar, dizer aquilo que precisa ser dito, ouvir os outros, e terminar. É só isso.

8. Documenta tudo

Algo que algumas pessoas descartam mas que faz toda a diferença, é documentar. Não só deves manter documentação detalhada sobre o que quer que seja que construas/cries, mas deves também documentar tudo sobre o projeto em si e o desenvolvimento de todas as suas fases. Regista quem fez o quê, como e quando, basicamente anota todos os aspetos do projeto que te lembres. Quanto mais documentação existir, mais eficiente será o projeto, e mais facilmente serás capaz de repetir um projeto com sucesso no futuro.

Those who plan do better than those who do not plan, even though they rarely stick to their plan.”

Winston Churchill

PS: Sabias que a Olisipo tem uma categoria de formações focadas em Gestão de Projetos? Se estas oito dicas te abriram o apetite para este mundo, não te deixes ficar por aqui, e dá já o primeiro passo na tua carreira de (provável) sucesso connosco.

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As 7 funções em TI mais procuradas para 2023

A indústria da tecnologia tem sido algo polémica nos últimos meses, mas mesmo assim não há como negar o seu crescimento abismal e importância, e que todos os dias surgem novas necessidades, novas funções e oportunidades. É importante saber as diferenças entre as várias funções quando consideramos uma mudança (ou início) de carreira, para melhorar as hipóteses de conseguir aquela vaga de sonho. Neste artigo, ajudamos-te a identificar e clarificar 7 das vagas mais procuradas em IT.

1. Data Scientist

Os data scientists são uma nova geração de peritos em dados analíticos que têm competências técnicas para resolver problemas complexos – e a curiosidade para explorar que problemas precisam de ser resolvidos.

São parte matemáticos, parte informáticos e parte observadores de tendências (e parte feiticeiros, achamos nós). E, porque se encontram tanto no mundo dos negócios como no das TI, são muito procurados e bem pagos.

São também um sinal dos tempos. Os data scientists não estavam em muitos radares há uma década atrás, mas a sua súbita popularidade reflete a forma como as empresas agora pensam sobre big data. Essa enorme quantidade de informação não estruturada já não pode ser ignorada. É uma mina de ouro virtual que ajuda a aumentar as receitas – desde que haja alguém que investigue e encontre ideias comerciais que ninguém pensou em procurar anteriormente. É aqui que entra o Data Scientist.

Principais responsabilidades

  • Recolher grandes quantidades de dados desordenados e transformá-los num formato mais utilizável;
  • Comunicar e colaborar tanto com as TI como com os clientes;
  • Procura de ordem e padrões nos dados, bem como detectar tendências que possam ajudar ao resultado final de um negócio;
  • Trabalhar com uma variedade de linguagens de programação, incluindo SAS, R e Python;
  • Ter uma compreensão sólida de estatísticas, incluindo testes estatísticos e distribuições;
  • Manter-se a par das técnicas de análises tais como machine learning, aprendizagem profunda e análises (dados analíticos) de texto;
  • Resolver problemas relacionados com o negócio usando técnicas orientadas por dados.

Principais skills

  • Programação
  • Deep learning
  • Machine learning
  • Comunicação
  • Identificação de oportunidades
  • Processamento de grandes conjuntos de dados

2. Engenheiro de Software

Neste mundo digital a que todos pertencemos de uma maneira ou outra, a capacidade de interagir com computadores é essencial. Por isso, é normal que muitas novas vagas que surgem vão depender de programação, à medida que os produtos e serviços se tornam eles mesmos digitais. Os engenheiros de software são peritos no que diz respeito a linguagens de programação e respetivos sistemas. Como resultado, produzem produtos personalizados para diferentes clientes. O objetivo é gerar a base sólida de um programa com os seus conhecimentos de engenharia antes de o projeto avançar.

De acordo com tendências recentes, espera-se que o crescimento em oportunidades para engenheiros de software se mantenha acima dos 20%.

Principais responsabilidades

Há dois papéis principais na engenharia de software:

  • engenheiro de software de aplicação: cria novo software ou adapta produtos existentes para negócios e outras empresas. Faz isto através da análise das necessidades dos seus clientes. Por vezes, como engenheiro de aplicação, é responsável pela instalação e manutenção de uma aplicação ao longo da sua vida útil.
  • engenheiro de software de sistemas: desenvolve programas para os sistemas informáticos de uma empresa. Por outras palavras, cria operações lógicas para ajudar os dispositivos a trabalhar conjuntamente. Por exemplo, constrói interfaces de programação de aplicações (APIs) que ligam duas máquinas ou programas diferentes. Em geral, os engenheiros de sistemas desenvolvem itens que mantêm a velocidade, a produtividade e a segurança.

Principais skills

  • Atenção ao detalhe
  • Excelente comunicação
  • Desenvolvimento de Software
  • Programação e código  
  • Pensamento lógico e de resolução de problemas
  • Object Oriented Design (OOD) utilizando equipamento de software
  • Compreensão de softwares complexos como Photoshop e outros
  • Capacidade de corrigir erros nos programas
  • Capacidade de trabalhar sob pressão e cumprir deadlines
  • Dentro das ferramentas mais populares, encontram-se: Git, C#, JavaScript, TypeScript, Docker, .Net, React.js, Node.js e SQL.

3. Data Security Analyst

Nos últimos anos, não temos parado de ouvir que grandes empresas em todos os ramos de atividade têm sido alvo de agressivos ataques informáticos. Daí que não seja surpresa para ninguém a crescente procura por profissionais nesta área.

O Cyber Security Analyst, ou Analista de Segurança Cibernética, protege o sistema e as redes de uma organização contra ameaças de hackers. Este profissional também é responsável por desenvolver protocolos que são usados para responder a ataques e fazer com que estes sejam travados antes de serem causados danos. Assim sendo, este analista é um dos profissionais da área da segurança da informação que protege a infraestrutura organizacional, incluindo-se, aqui, redes de computador e dispositivos de hardware.

Falamos, portanto, de um especialista em segurança de rede e infraestrutura de Tecnologias da Informação. É um verdadeiro conhecedor de ataques cibernéticos, assim como é um especialista em malware e no comportamento de hackers. Este conhecimento permite-lhe antecipar e prevenir ataques cibernéticos, o que é essencial para que uma organização permaneça segura. 

Principais responsabilidades

O Cyber Security Analyst tem como principal função proteger o hardware, software, as redes e principalmente a informação da organização. Assim, tem de conhecer a fundo a infraestrutura de TI da empresa para poder mantê-la sempre sob monitorização e prever possíveis ataques que possam trazer danos para a organização. Perceber os pontos fracos é indispensável para aumentar a segurança do sistema digital da organização. Assim, uma das suas tarefas é melhorar a segurança da rede organizacional para que as informações confidenciais da empresa estejam sempre seguras.

Principais skills

  • Conhecimentos de segurança em várias plataformas
  • Experiência relevante em computação forense (computer forensics)
  • Experiência a trabalhar com dados em operações diárias
  • Forte compreensão de skills de hacking, incluindo conhecimentos de matemática
  • Conhecimento de implementação de computação em nuvem.

4. Web Developer

Nos últimos anos, a carreira de Web Developer (Programador Web) tornou-se uma escolha muito atraente, no entanto, há muito que se desconhece sobre esta profissão. O Web Developer trabalha com código. O seu objetivo é desenvolver e manter produtos digitais como websites e aplicações que respondam às necessidades do utilizador de forma eficaz e de forma a criar a melhor experiência. O Web Developer combina os aspetos técnicos dos produtos digitais, com os aspetos estéticos.

Principais responsabilidades

De forma geral, o web developer trabalha em equipa com outros developers e por norma decide especializar-se em projetos de front ou back-end.

  • O front-end developer trabalha a parte visível dos projetos. Quando abrimos um website estamos a ver o seu trabalho. É o front-end developer que decide a estética de cada página, onde é que cada elemento vai encaixar e como é que estes elementos interagem entre si. Trabalha com linguagens de marcação – HTML e CSS; e linguagens de programação como Javascript. O front-end developer tem de ter conhecimentos digitais e tem de saber combiná-los com conhecimentos de Design.
  • O back-end developer trabalha os aspetos não visíveis dos projetos. É ele que se assegura que um website funciona como é suposto, que somos direcionados para o local correto quando clicamos nos diferentes elementos das páginas, etc. O back-end developer certifica-se que existe a melhor experiência possível para o utilizador.

Principais skills

  • Skills analíticas
  • JavaScript
  • Back-end
  • HTML/CSS
  • Skills administrativas
  • Design responsivo
  • Testing e debugging

5. User Experience (UX) Designer

User experience – ou experiência do utilizador – foi um termo usado pela primeira vez na década de 90, por Don Dorman. É recorrentemente usado para falar dos meios digitais e tecnologia, mas até nas situações mais simples do nosso dia-a-dia estamos perante user experience. A experiência do utilizador abrange todos os aspetos de interação entre o utilizador e uma empresa, os seus serviços e os seus produtos.

O crescimento da internet e das redes sociais pendeu a balança do poder para o lado dos consumidores. As empresas responderam a esta mudança no paradigma ao criar cada vez mais experiências positivas para os consumidores ao longo do processo de compra. Assim que não é surpresa para ninguém que esteja previsto um crescimento anual de pelo menos 3% na procura de UX designers.

Principais responsabilidades

  • Realizar pesquisas qualitativas e quantitativas para identificar e compreender o público-alvo, os seus problemas e os aspetos que valorizam
  • Projetar protótipos, wireframes e fluxogramas, relatórios de avaliação e outros produtos
  • Estudar as características do produto para entender o seu impacto na experiência do utilizador
  • Definir perfis de proto-personas ou buyer personas
  • Criar documentação para planear o projeto de forma eficiente
  • Trabalhar com a equipa de desenvolvimento para comunicar, co-criar e testar ideias e conceitos de design
  • Realizar testes de usabilidade e auditoria
  • Coordenar provas de conceito, interação, funcionalidade e usabilidade
  • Monitorizar as tendências da indústria e analisar a concorrência
  • Trabalhar com designers de IU para ver como implementar os designs

Principais skills

6. Project Management

De acordo com este estudo acerca do crescimento de tipos de funções, a procura de project management com sucesso (e consequentemente project managers com experiência) vai continuar a crescer, estimando-se aproximadamente 22 milhões de vagas para funções de  project management em 2027 e além.

Não é uma coincidência, considerando que as empresas estão à procura de apresentar produtos e serviços cada vez mais radicais e “fora da caixa”, e por isso mesmo compreendam que para isso precisam de project managers capazes de executar os seus planos. Para além disso, o project management tem-se tornado tão essencial devido à necessidade de alinhamento e visibilidade cada vez maior por parte das empresas.

Principais responsabilidades

Tipicamente, os project managers têm o papel principal de planear, executar, monitorizar e fechar projetos. Por outras palavras, estão à frente do projeto de uma ponta à outra, e responsáveis pelo seu sucesso ou falhanço. Este papel requer um mindset estratégico, bem como capacidades de gestão de conflitos e resolução de problemas.

Principais skills

7. Quality Assurance Tester

Entrando na era digital, a influência do software é cada vez mais significativa, e por isso é cada vez mais importante para as empresas que os seus softwares não falhem. Assim sendo, a procura de testers tem aumentado bastante, esperando-se que até 2029 surjam (e sejam preenchidas) mais de 308,390 vagas para testers.

Principais responsabilidades

Quality assurance testers são engenheiros ou técnicos responsáveis por detectar problemas com um website, software, hardware, produto ou qualquer tipo de erro com a experiência do utilizador. Dessa forma, um tester é alguém crucial para poder ser entregue um produto de alta qualidade aos utilizadores. É muito comum em sistemas de gaming, aplicações mobile e outras formas de tecnologia que precisam de testes extensivos.

As responsabilidades de um QA tester incluem a prestação de suporte contínuo à equipa de desenvolvimento durante as várias fases do ciclo de desenvolvimento de um software. Por exemplo, um tester na indústria dos videojogos irá provavelmente focar-se em encontrar e reproduzir erros nesses jogos.

Principais skills

  • Dev tools
  • Front-end skills
  • Linguagens de programação
  • Compreender diferentes Sistemas Operativos e operações

Technology is best when it brings people together.”

– Matt Mullenweg

Estas 7 funções vão continuar a estar na lista das mais procuradas em 2023 e adiante. Na era digital em que vivemos, existem bastantes opções por onde escolher dentro do mundo tecnológico que oferecem bons salários e oportunidades de crescimento.

Se és alguém apaixonado pela tecnologia e pensas dar o primeiro passo neste mundo mas ainda não tens formação suficiente para te candidatar, porque não apostar numa formação altamente qualificada e certificada? O Learning Center da Olisipo tem cursos em variadas categorias dentro mundo do IT, para além de formações de desenvolvimento pessoal & profissional.