O #BREXIT pode ser muito bom para nós

Tempo de Leitura: 3 minutos
Brexit - Tiago Catarino

Não é novidade para ninguém que nos últimos anos houve uma enorme percentagem de profissionais de Tecnologias de Informação (e não só) do nosso país que se mudaram de malas e bagagens para o Reino Unido. O objetivo foi o mesmo de todos os outros Emigrantes portugueses: tentar melhorar as suas condições de vida.

Entenda-se por melhoria das condições de vida, um salário mais condizente com o trabalho que é apresentado, e as possibilidades de uma vida mais desafogada. De resto este é um fenómeno sobejamente conhecido da realidade portuguesa.

Há anos que esta situação se verifica nas áreas mais distintas e a nossa área não é exceção.
Contudo, um acontecimento recente no espaço europeu ameaça inverter algumas das lógicas do mercado das Tecnologias de Informação. Como é do conhecimento do mundo inteiro, o Reino Unido, deixou de o ser, e está neste momento num processo de transição e de saída da União Europeia, o conhecidíssimo #Brexit. E com esta alteração de estatuto e posição, chegam também as dúvidas sobre a viabilidade da permanência naquele país, sobretudo porque o processo de legalização de um cidadão estrangeiro naquele país passa a ser muito mais complicado. Isto é, passará a ser necessário um visto de trabalho, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos. Isto vem dificultar – e muito – a vida aos emigrantes, que não vão conseguir arranjar trabalho tão rapidamente.

Perante isto, perante este cenário inesperado, praticamente toda a gente deitou as mãos à cabeça e vaticinou o fim das ligações privilegiadas com o Reino Unido. Wrong!!

Antes de mais nada é preciso ter calma e pensar com clareza.

É do conhecimento de todos que, muitas vezes, nas alturas mais complexas e inesperadas, surgem grandes oportunidades. É aqui que podemos começar a marcar a diferença. Ou seja, é aqui que podemos ser nós as pessoas que olham para um copo e o vêem sempre meio cheio, e não meio vazio.

Assim, onde os britânicos já escrevem a crónica de um prejuízo anunciado, nós devemos ver oportunidades de lucro e de novos contratos. Como? Simples: A ausência deste tipo de recursos técnicos no Reino Unido pode (e deve ser isso mesmo que vai acontecer) forçar as empresas a deslocalizar as suas operações para fora das ilhas. Ora, Portugal, para além de ser o mais antigo aliado do arquipélago, afigura-se como um forte player no mercado de IT Nearshore, que é o mesmo que dizer “pertinho de casa”, sem ter de andar muito…

Quero com isto dizer que as empresas britânicas não têm de procurar muito nem de ir muito longe para encontrar, em regime de outsourcing, profissionais de IT que assegurem, com elevadíssima qualidade e profissionalismo, o trabalho que até aqui era feito dentro de portas.
A oportunidade é ainda maior se tivermos em linha de conta que há já algumas multinacionais de referência a pensar seriamente em sair do Reino (des)Unido.

Se Portugal se decidir a investir numa comunicação eficaz das suas mais valias tecnológicas, das suas infraestruturas e dos seus recursos humanos poderá atrair grandes centros de competência para dentro de portas, permitindo deste modo manter por cá os nossos talentosos profissionais de ITs e aumentar os nossos níveis de empregabilidade. Possivelmente até melhorar as condições salariais oferecidas. No entanto, é certo que temos uma oferta qualificadíssima e extremamente mais barata que a oferta interna britânica, já para não falar na qualidade do trabalho desenvolvido. Ora isto faz com que estejamos muito bem posicionados numa perspectiva de IT Nearshore, como vos dizia mais acima.

É uma realidade que eles não conhecem e não possuem e que levará anos a ser desenvolvida. Ao passo que nós, bom, nós vivemos dentro dela, e vivemos muito bem, por sinal.

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