Quem não tem um telemóvel ou smartphone?
Se fizer um esforço sincero, possivelmente vai ter dificuldade em nomear apenas 1 nome de alguém que não tenha um equipamento móvel para fazer chamadas.
Mesmo para quem já tem uma idade avançada, é praticamente banal usarem este tipo de aparelhos, talvez mais simples e sem tantas funções.
Talvez no tempo dos nossos pais ou até dos nossos avós isso fosse algo impensável. Lembra-se?
A história diz-nos que o Homem sempre teve uma enorme necessidade de comunicar.
Essa necessidade veio estimular a imaginação e o que hoje nos parece impossível, amanhã é uma realidade. Isto porque houve alguém que deu os passos necessários.
Em 1956 a Ericsson projetou aquilo que viria a ser o primeiro telefone móvel. Consegue imaginar andar com 40 quilos na mão?
Talvez pense que tivesse sido pouco provável, mas a verdade é que existem pessoas que viram ou conheceram alguém que andava com uma mala ou pasta que na realidade era um telefone móvel. Uma fortuna que poucos teriam a possibilidade de adquirir. Só alguns anos mais tarde, em 1973, é que a Motorola surge com o mítico e icónico DynaTAC 8000X.
Este foi o primeiro telefone digno de ser chamado móvel e com ele começou uma autêntica revolução na nossa maneira de comunicar. Mas tudo isto foi possível graça às antenas que possibilitam as comunicações entre vários aparelhos e toda a tecnologia envolta numa estação de Radio. Este mundo emergente veio trazer aos operadores de telecomunicações uma nova realidade e um mundo inteiro por explorar.
Por exemplo, a Vodafone em 1987 já era considerada um dos maiores operadores móveis do mundo. Em Portugal, surge em 1991 e no ano de 1993 consegue abranger cerca de 90% da população nacional.
As estações e antenas de transmissão, conhecidas por BTS´s e NodeB vieram trazer a cobertura necessária para podermos fazer chamadas e enviar as mensagens. Graças aos avanços da tecnologia, hoje em dia é possível fazer chamadas em quase todos os cantos da terra.
Eventos como o Rock In Rio reúnem no mesmo local geográfico cerca de 85 mil pessoas e é necessário um planeamento cuidado para que as comunicações nesse sítio sejam possíveis sem perturbações. Estar num evento desta magnitude e poder fazer uma videochamada com um concerto em plano de fundo, aceder á internet para fazer um “LIKE” nalguma foto partilhada segundos antes ou até mesmo espreitar os emails era completamente impensável há alguns anos. Agora os operadores de telecomunicações fazem de tudo para garantir que, em eventos como este, nada falhe e todos tenham acesso a estas regalias modernas.
Com esta exigência, é possível ver nascer estações de rádio que vão dar a cobertura necessária para fazer tudo isto e muito mais. Sim, muito mais! Isto porque os nossos telemóveis já não são meros telefones.
Com visores que permitem fazer deles autênticos computadores portáteis, máquinas fotográficas ou até de filmar… Fazemos upload de um ficheiro vídeo e partilhamos fotos no momento em que são tiradas, são algumas das extravagâncias que temos hoje.
Imaginar como será o futuro pode parecer difícil, mas hoje parece impossível eliminar da nossa vida este pequeno objeto que vai connosco para todo o lado.
Talvez o venhamos a substituir por outro parecido. Já agora… já disseram aos vossos avós que é possível atender as chamadas com o relógio?
Márcio Caballero, Telecom Consultant na Olisipo