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‘Alquimia’ Agile: Como transformar o dia-a-dia dos profissionais de TI com flexibilidade e sucesso

No reino sempre em evolução das tecnologias da informação, onde a rápida inovação é a norma, as formas tradicionais de gestão de projetos têm cada vez mais dificuldades em se manter a par. E é aí que entram em cena as metodologias Agile – um transformativo conjunto de frameworks flexíveis e interativos que têm revolucionado a forma como os profissionais de TI vêm e abordam as suas tarefas diárias. Tal como na alquimia, que se dizia transformar chumbo em ouro, também as metodologias Agile geram resultados extraordinários, lançando um approach dinâmico à gestão de projetos, fomentando a colaboração e adaptabilidade.

Fonte: Krasamo

Exploremos então as várias formas como o Agile eleva as vidas diárias dos profissionais de TI, desbloqueando uma maior produtividade e alcançando o sucesso.

Enfatiza a colaboração e comunicação

Um dos princípios-chave do Agile é o seu foco em que equipas transfuncionais trabalhem em conjunto, de forma colaborativa. As práticas Agile, tais como as reuniões diárias “stand-up”, encorajam a comunicação aberta, permitindo aos membros das equipas partilhar progresso, desafios e atualizações. Isto fomenta uma cultura de transparência, mandando abaixo silos organizacionais (estes silos são uma metáfora que remete a equipas, indivíduos ou até plataformas que trabalham de forma isolada dentro da empresa e que têm dificuldades em comunicar com o exterior) e certificando que toda a gente está alinhada com os objetivos de um projeto. O resultado é uma maior eficiência, reduzidos problemas de comunicação e uma mais rápida tomada de decisão.

Entrega valor incremental por meio do desenvolvimento iterativo

As metodologias Agile promovem a entrega de pequenas e incrementais melhorias ao longo do tempo, em vez de esperar por um produto final monolítico. Os profissionais de TI podem experienciar a satisfação de ver o seu trabalho ir ganhando vida através de iterações regulares, dando-lhes também a oportunidade de receber feedback de stakeholders mais cedo no processo de desenvolvimento. Este approach iterativo permite melhorias contínuas e rápidos ajustes baseados nos requisitos atualizados, o que resulta num produto final que melhor se adequa às necessidades do utilizador.

Adapta-se aos requisitos e prioridades que vão mudando

No panorama dinâmico de TI, é normal que os requisitos e prioridades mudem. As metodologias Agile abraçam esta realidade, ao permitir que os profissionais de TI se adaptem e ajustem rapidamente. O uso de histórias de utilizadores e sessões de refinamento de backlog permite que as equipas voltem a priorizar tarefas com base nas necessidades do negócio, mudanças do mercado ou feedback dos stakeholders. Ao evitar um planeamento demasiado rígido e a incluir a flexibilidade, as metodologias Agile ajudam os profissionais de TI a permanecer responsivos e entregar valor mesmo em circunstâncias incertas.

Encoraja a aprendizagem e melhoria contínuas

As metodologias Agile encorajam uma cultura de aprendizagem e melhoria contínuas. Reuniões retrospectivas no final de cada iteração dão espaço às equipas para refletir nos seus processos, identificar áreas de melhoria, e celebrar sucessos. Este compromisso para com a aprendizagem reforça um sentimento de propriedade e responsabilidade, motivando os profissionais de IT a tornarem-se mais proativos e organizados no seu trabalho.

Melhora a comunicação com stakeholders e satisfação de clientes

Ao envolver os stakeholders durante o processo de desenvolvimento, as metodologias Agile garantem que os projetos estão alinhados com os objetivos de negócio, bem como as necessidades do cliente. Demonstrações regulares de características funcionais permitem aos stakeholders dar feedback atempado, minimizando o risco de atrasos e garantindo que o produto final vai de encontro às expectativas.

“Intelligence is the ability to adapt to change.”

Stephen Hawking

As metodologias Agile já há muito que vêm transformando a forma como os profissionais de IT trabalham, proporcionando uma abordagem flexível, colaborativa e iterativa à gestão de projetos. Ao enfatizar a colaboração, adaptar à mudança de requisitos, e possibilitar melhorias contínuas, o Agile permite aos profissionais de IT melhorar as suas experiências no dia-a-dia, o que eventualmente leva a um aumento da produtividade e de resultados positivos em projeto. Ao abraçar os princípios Agile, estes profissionais estão mais bem preparados para enfrentar os desafios do mundo do IT e entregar valor aos stakeholders com eficiência e confiança.

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3 plataformas low-code que já não podemos ignorar em 2023

As plataformas de desenvolvimento low-code estão a tornar-se cada vez mais populares na indústria das Tecnologias da Informação. A tendência, que surgiu como um movimento tecnológico social, facilita o desenvolvimento de aplicações por profissionais que não são da área técnica, e acelera o desenvolvimento de aplicações e software por parte de developers profissionais.

Segundo a Gartner, projeta-se que o mercado global de desenvolvimento de tecnologias low-code alcance os 26.9 mil milhões de dólares em 2023, um crescimento de cerca de 20% desde 2022. Opina-se que os impulsionadores deste mercado sejam principalmente os chamados “business technologists” e o crescimento da hiper-automatização e iniciativas “Composable Business” (composabilidade) nas empresas.

O termo “composable enterprise” foi criado pela Gartner, para descrever um ‘approach’ modular à distribuição de serviços digitais e desenvolvimento de software. Por outras palavras, é uma arquitetura de aplicações “plug-and-play” onde vários componentes podem facilmente ser configurados e re-configurados.

Low-Code Development Technologies Revenue (Millions of U.S. Dollars) – Gartner (2022)

A hiper-automatização e composabilidade na adopção do desenvolvimento low-code

O interesse na hiper-automatização continua a crescer exponencialmente, devido às também crescentes necessidades de optimização operacional, à falta de profissionais habilitados, e a pressões económicas. A Gartner prevê que os gastos em softwares de hiper-automatização chegará aos 720 mil milhões de dólares em 2023. Parte destes gastos será direcionada às tecnologias de desenvolvimento low-code, incluindo LCAP, iPaaS, RPA, CADP e MXDP, que suportam processos de automatização, integração, análise de decisões e IA.

“As tecnologias de desenvolvimento low-code estão a suportar as ‘composable enterprises’ ao permitir a criação de soluções de software mais ágeis e resilientes”. Diz Jason Wong, analista na Gartner. “Estas tecnologias podem ser utilizadas para compôr e recompôr componentes modulares e PBCs (packaged business capabilities) para criar aplicações customizadas e adaptadas, para necessidades específicas.

Velocidade e agilidade no desenvolvimento de aplicações

O reduzido tempo de desenvolvimento e entrega de novas aplicações é provavelmente a vantagem mais fácil de identificar com o desenvolvimento low-code. Interfaces intuitivas para o utilizador, funcionalidades “drag and drop”, integração simples e com ferramentas de suporte, para além de opções de entrega “one-click”; todas estas facetas ajudam a certificar-nos que há um desenvolvimento mais rápido do que com o método tradicional. De facto, soluções low-code podem reduzir o tempo de desenvolvimento em cerca de 90%.

Redução de custos e recursos no desenvolvimento

A soluções low-code permitem a menos developers alcançar mais resultados, e até mesmo dar a oportunidade a profissionais que não sejam developers, de o fazer. Isto, obviamente que se traduz em custos reduzidos e um maior retorno para a empresa. Isto pode ser particularmente benéfico para empresas mais pequenas com equipas e budgets mais reduzidos.

Uma melhor colaboração entre developers e com clientes

Gerir o desenvolvimento de aplicações a partir de uma única localização promove uma maior e melhor colaboração entre developers. Vários indivíduos e/ou grupos podem ver exatamente que tarefas estão a ser cumpridas e por quem, permitindo-lhes colaborar para trabalhar nos mesmos módulos ao mesmo tempo.

As plataformas low-code muitas vezes trazem interfaces visuais e ferramentas drag-and-drop que permitem aos clientes participar no processo de desenvolvimento. Obviamente que com as suas possíveis complicações, mas este envolvimento pode também ajudar a que o produto final vá ao encontro das necessidades exatas do cliente, e melhorar a comunicação entre os developers e os outros stakeholders.

Criação de aplicações customizadas para necessidades específicas

Tal como já mencionado anteriormente mas merecendo o seu próprio sub-título, as plataformas de desenvolvimento low-code permitem aos developers criar aplicações customizadas para ir ao encontro das necessidades específicas dos cllientes. Isto pode ser particularmente benéfico em indústrias como a saúde ou financeira, onde poderão haver requisitos únicos e particulares, ou regulamentações restritas que tenham de ser seguidas à letra.

O desenvolvimento low-code já é utilizado com sucesso em várias indústrias. Por exemplo, na área da saúde, têm sido utilizadas na criação de aplicações que ajudam a melhorar o cuidado ao doente, e a tornar mais simples e diretas certas tarefas administrativas, dando mais tempo aos profissionais de saúde para se preocuparem com tarefas mais “humanas”. Na área financeira, o low-code tem sido utilizado para criar aplicações customizadas que ajudam empresas a gerir melhor o risco e ir ao encontro de todas as regulamentações. Na área do retalho, o low-code pode ser utilizado para criar aplicações que melhoram a transparência na cadeia de produção (supply chain) e optimizam processos de produção.

Como é que o low-code e Agile funcionam em conjunto?

As soluções low-code são desenhadas para providenciar um caminho mais rápido e mais produtivo ao desenvolvimento de software. Como tal, o low-code joga muito bem com a Metodologia Agile.

A metodologia Agile é um mindset que junta um número de metodologias de desenvolvimento de software. Na sua versão mais básica, a Agile foca-se em entregar valor para o cliente (customer value) muito rapidamente, através da colaboração entre developers e decisores, enquanto também se adapta aos requerimentos em constante mutação durante os ciclos de desenvolvimento. Isto permite às organizações melhor gerir a mudança constante, melhorando ao longo do tempo.

Plataformas eficientes low-code providenciam uma única e central localização para o desenvolvimento de software, promovendo a colaboração, implementando boas-práticas e automatizando processos de testes e feedback. Isto faz do low-code um “match” natural para a filosofia Agile.

Plataformas low-code mais usadas atualmente

1. Appian 

A Appian é uma plataforma low-code equipada com ferramentas de deployment nativas e opções de integração com ferramentas de DevOps como a Jenkins.

Desenhada para empresas de todos os tamanhos, a Appian permite aos seus utilizadores construir aplicações de business process management (BPM).

Essencialmente, as aplicações BPM ajudam as organizações a optimizar os seus processos de negócio. Sem dúvida, o Low Code é uma tendência no mundo dos negócios. Uma vez que essas plataformas tornaram o desenvolvimento de software muito mais acessível para todas as empresas.

2. OutSystems 

A Outsystems é uma plataforma de low-code “Omnichannel”, ou seja as empresas podem construir aplicações dentro de uma grande variedade de meios.

Dashboards de performance em tempo real e medidas de segurança reforçadas são algumas das características mais valorizadas, para além da capacidade de rápido desenvolvimento.

3. Microsoft PowerApps

As Power Apps são a plataforma low-code da Microsoft. É uma ferramenta particularmente útil para quem já utiliza o ecossistema Microsoft. As Power Apps tiram vantagem do Common Data Service (CDS). O CDS é uma colecção de entidades de informação que inclui relações entre entidades, as lógicas de negócio por detrás dessas entidades, e as formas de visualizar essas entidades.

As Power Apps são tipicamente utilizadas para prolongar processos dentro de aplicações Dynamics 365 e/ou no Office 365 ao fazer a ligação entre diferentes aplicações e organizações que coexistem dentro de um processo contínuo de negócio.

“High-productivity application platform as a service continues to increase its footprint across enterprise IT as businesses juggle the demand for applications, digital business requirements and skill set challenges.”

Gartner, 2018

Quer estejamos prontos a adotá-lo ou não, é inegável que o low code é já uma tendência no mundo dos negócios, uma vez que estas plataformas tornaram o desenvolvimento de software muito mais acessível para todo o tipo de empresas, e abriram outras portas aos profissionais.