A cada nova geração atribuem-se nomes e características diferentes das anteriores.
Desde os Baby Boomers, passando pela Geração, X, Y (ou Millennial), chegamos agora ao fim do abecedário.
A geração que é hoje adolescente é, atualmente, apelidada de geração Z. É composta por pessoas que nasceram entre meados da década de 1990 até meados de 2010 e, portanto, cresceram juntamente com as Tecnologias de Informação e Comunicação, ou “depois do Google”. No entanto, o intervalo de tempo em que nasceram estes cidadãos não é consensual: várias fontes indicam entre 1994 e 2009, ou entre 1995 e 2010.
Esta geração encontra-se ainda em formação, mas podemos já destacar alguns dados que podem contribuir para uma visão geral, dado que detêm características próprias, inerente ao contexto social e económico em que cresceram.
Geração Z
A forma como se utilizam as tecnologias altera-se todos os dias, rapidamente, e inova à velocidade da luz: os estudos revelam que a internet é a principal fonte de informação dos mais pequenos para as suas atividades diárias, mas que a televisão é o meio de comunicação social preferido para obter informação política.
Em Portugal, os adolescentes, ou seja, pessoas com menos de 24 anos de idade, contam-se em 2.566.327, segundo dados da Pordata. As suas famílias caracterizam-se por serem menos convencionais e pela maior escolaridade dos seus elementos.
A maioria dos adolescentes da geração Z já possui telemóveis e comunicam através destes dispositivos, sendo que as suas compras online estão a deixar de ser feitas através de computadores e tablets, para passarem a ser realizadas em smartphones.
As redes sociais são outras das aplicações mais utilizadas nos telemóveis desta geração mas, independentemente da influência da Internet nas suas vidas, continuam a privilegiar a comunicação presencial.
Quanto ao futuro profissional, a Geração Z procura alternativas ao emprego tradicional — startups e cursos profissionais são algumas das escolhas, ou seja, procura dotar o mundo de invenções suas, criadas por si. No entanto, a crise financeira a que assistiu, sentida um pouco por todo o mundo, levou a que estes adolescentes começassem a questionar as carreiras e os padrões de sucesso vigentes.
Quanto às soft skills, a geração Z é considerada a mais tolerante e empática que já existiu, mas também a mais empreendedora, composta por cidadãos envolvidos e informados e mais focada em si própria. É também uma geração que procura a inovação mas que valoriza e preserva a sua individualidade e quer sentir-se realizada.
Dados estes factos, é importante conhecer e caracterizar esta geração no mercado de trabalho que, dentro de alguns anos, terá de se adaptar e oferecer condições para os novos colaboradores que irão integrar as empresas no futuro.
Esta adaptação por parte das empresas passa pela possibilidade de flexibilidade horária e pelo desenvolvimento do trabalho remoto. A geração Z pede ainda que haja bom ambiente, conciliação e desenvolvimento da carreira, o que será um desafio no que respeita à Gestão de Pessoas.
Num espaço de trabalho intergeracional é necessário desenvolver habilidades de liderança para os diferentes públicos internos e, externamente, o desafio é as empresas tornarem-se digitais e envolverem-se com os seus consumidores mais novos que, afinal, ditam o futuro e as tendências.