Falar de qualidade, o dilema chinês

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Quando pensamos em produtos “Made in China”, vêm à cabeça imediatamente produtos que normalmente vemos nas lojas do chinês pelo nosso bairro. Muitas pessoas pensam nos produtos chineses como algo que apenas vai durar por um pequeno período de tempo, que não vai funcionar bem ou a que lhe falta o design de um produto de qualidade.

As startups procuram qualidade, por isso muitas vezes evitam contratar fabricantes chineses. Ainda assim, o domínio da China na indústria é muito grande, e não vai mudar brevemente, mesmo com os custos de trabalho a subir nos últimos anos.

A maioria dos nossos produtos tecnológicos são produzidos lá e empresas como Apple, Xiaomi, Huawei ou DJI produzem a maioria dos seus componentes e produtos finais no país com uma qualidade de topo.

Controlo de qualidade

É verdade que a reputação da China tem sido afetada por alguns escândalos relacionados com produções falhadas ou problemáticas. Contudo, a quantidade de detalhe e de controlo que colocamos na produção irá directamente afetar a qualidade e atenção ao detalhe do nosso produto final.

Uma forma de assegurar que temos alguma garantia de um produto de qualidade é contratar uma empresa de controlo de qualidade (CQ) externa. Como será contratada separadamente, vai garantir que obtemos o que é esperado. Ainda assim, nunca devemos presumir que a empresa compreendeu o que é esperado. Temos de garantir que lhes entregamos uma lista detalhada de CQ com todos os itens que queremos que sejam revistos e inspecionados antes da produção em massa.

Devemos também garantir que testamos o protótipo primeiro e damos atenção aos detalhes. Falemos com os engenheiros. Visitemos até a linha de montagem, se possível. Quanto mais forte é a relação criada com os fornecedores e fábricas, mais fácil será corrigir qualquer erro que eles cometam (porque isso vai acontecer eventualmente).

Low-cost equivale a baixa qualidade

Quando tentamos negociar um acordo com um fornecedor, temos de ter em consideração de que provavelmente eles nunca dirão “não” aos nossos pedidos de baixar o preço. No entanto, podemos ficar desapontados quando o produto final chegar. Há que explorar opções e negociar com respeito, os homens de negócio na China levam o seu trabalho muito a sério, por isso não podemos subestimá-los.

Temos de garantir que conhecemos o tipo de componentes e materiais que eles vão usar e não podemos baixar os preços a um extremo. É preciso recordar: recebemos o equivalente ao que pagamos.

A China ainda é um gigante no que toca a produção tecnológica. Se soubermos onde procurar, poderemos encontrar um fornecedor que é leal e que responde aos nossos pedidos não apenas como mais uma fábrica Chinesa, mas como um parceiro de negócio que pode produzir produtos de alta qualidade e apoiar-nos em toda a cadeia de produção com o seu know-how.

Traduzido do artigo original: Talking about quality, the Chinese dilemma

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