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Opinião

Segurança na Internet – Como as aplicações “grátis” podem sair-lhe caro

“Não abras a porta a estranhos!” – É um aviso que os pais frequentemente transmitem aos filhos, juntamente com outros conselhos acerca dos perigos do mundo que os rodeia. Contudo, com o passar dos anos e rápida evolução tecnológica, é agora um desafio acompanhar todas as novidades e os seus perigos.

Queremos experimentar estas novidades e as aplicações que utilizamos são geralmente uma porta aberta para “estranhos”. Mais ainda se estivermos perante aplicações ilegais ou versões pirata. Sem nunca nos apercebermos, podemos estar a ceder dados e correr o risco que nos acedam involuntariamente ao computador. Infelizmente, existe uma enorme variedade de software não certificado e, muitas vezes, com finalidades duvidosas.

Vejamos como exemplo o mundo de aplicações que está disponível para os telemóveis Android. Muitas vezes precisamos de aplicações adicionais e uma pequena pesquisa no “market” dá-nos uma ampla variedade de conteúdos que fazem o que queremos (e o que não queremos).

É evidente que queremos usufruir dos nossos equipamentos móveis ao máximo. Mas agora vem a parte que a maioria não dá importância: quais são as permissões que damos a uma aplicação (p. ex. Bloco de Notas)? Será que faz sentido dar permissão para aceder aos meus contactos? Ou até conhecer a minha localização e consultar o estado do Wi-Fi? Porquê facultar estas autorizações à aplicação quando a finalidade da mesma é apenas escrever texto livre?

Sendo uma aplicação gratuita, muitos consideram que não têm direito a opor-se a estas condições. Mas não é bem assim. Hoje em dia, é preciso ter muito cuidado com a partilha dos nossos dados.

Os dispositivos móveis conseguem ser uma verdadeira mina de ouro para hackers e podem facilmente ser manipulados. Desde as fotos, à navegação do browser, aplicações usadas, contactos, e-mail pessoal e até do trabalho, enfim… temos de tudo!

Considere no que podemos fazer nos nossos telemóveis hoje em dia. Toda e qualquer atividade que temos nesse dispositivo pode estar a ser recolhida e enviada para terceiros. Quanto vale no mercado os nossos contactos? O nosso e-mail e outras informações? Quem poderá beneficiar?

Pense sempre que a aplicação não é verdadeiramente grátis. Quem desenvolveu a aplicação poderá ter outros objetivos em mente. Para combater isso, hackers e especialistas na área de todo o mundo até se reúnem anualmente para discutir novas formas de melhorar a segurança informática (como é o caso da convenção DEF CON em Las Vegas).

Por isso, estarmos informados sobre a forma como este tipo de ataques ocorre e como os podemos evitar deve ser o nosso principal foco. O aumento do crime informático deverá deixar-nos alerta, garantindo que a segurança vem sempre em primeiro lugar.

Recentemente, o fabricante de automóveis Volkswagen surgiu na imprensa internacional por ter proibido os seus colaboradores de jogarem Pokémon GO dentro das instalações na sede alemã porque, entre outras razões, a geolocalização usada pelo jogo permitia a terceiros conhecer a posição do dispositivo.

Estas situações têm levado as empresas a rever as suas políticas internas e elevar a segurança dentro das suas instalações. Desta forma, a procura por consultoria nesta área tem aumentado, já que muitas empresas não medem esforços para evitar revelar segredos que poderão gerar avultados prejuízos.

Compete agora a cada um de nós fazer uma avaliação dos possíveis riscos que corremos e avaliar o que é possível fazer para minimizar os mesmos. É certo que não podemos eliminar o risco na totalidade, mas também não queremos ”abrir a porta”.

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Formação

Olisipo desafia liderança do mercado da formação IT em Portugal

A Olisipo, uma das principais referências nacionais do mercado das Tecnologias de Informação acaba de lançar a Olisipo Learning – a sua nova área de formação IT.

Com esta iniciativa, a Olisipo pretende responder às necessidades sentidas no mercado dos profissionais da área de IT e foca-se no desenvolvimento de formação específica para profissionais da área nas suas mais diversas vertentes.

Segundo José Serra, CEO da Olisipo, “quem lida com a formação IT em Portugal sabe que o mercado tem um player dominante há já muitos anos. Essa posição de domínio e de falta de concorrência levou naturalmente à estagnação da criatividade e da oferta. Queremos oferecer às empresas e às pessoas uma alternativa premium, fazendo uma forte aposta na qualidade e inovação, que sempre foram marcas distintivas da Olisipo”.

Apesar de ser uma nova área de negócio, a Olisipo tem uma experiência de largos anos na área da formação, que é um dos principais pilares de desenvolvimento dos seus 450 especialistas IT.

Tiago Catarino, Head of Sales da Olisipo, refere que “a Olisipo Learning apresenta uma oferta completa de cursos, academias e certificações que vão dar às pessoas novas opções na hora de escolher uma entidade de formação. A nossa intenção é preencher uma vaga que consideramos existir no mercado da formação e assumimos claramente um posicionamento que quer ser de excelência. Queremos ter as melhores formações, os melhores formadores e os melhores espaços de formação. Queremos ter uma oferta realista e adequada que aposta em cursos orientados para a empregabilidade. O nosso objetivo é proporcionar uma experiência de formação acima das atuais expectativas.”.

Para além de uma completa oferta de cursos e academias, destacamos as seguintes certificações:

NCTA – National Cloud Technologists Association

CFR – CyberSafe First Responder

MMAD – Master Mobile Application Developer

CVP – Certified Virtualization Professional

PDDM – Professional Diploma in Digital Marketing

O local para o Learning Center da Olisipo foi criteriosamente escolhido. A empresa optou por instalar-se na principal avenida do Parque das Nações, zona onde já estão estabelecidas várias empresas tecnológicas nacionais e multinacionais.

IMPRENSA

ComputerWorld

Pplware

Leak

IT Channel

BIT

Tech ITT

RH Online

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Formação Inovação

Segurança Informática – Olisipo traz certificação Cybersec First Responder para Portugal

O crime informático já representa um dos maiores negócios do mundo e é expectável que cada vez mais pessoas continuem a tirar proveito das falhas e vulnerabilidades dos sistemas informáticos das empresas.

1 em cada 5 empresas irá sofrer roubo de dados nos próximos dois anos, prevê o Ponemon Institute. E o custo real deste tipo de ataques é preocupante para as empresas. Não apenas pelos encargos com a reparação/investigação do problema, mas também pelos custos associados à perda de clientes insatisfeitos, esforços de relações públicas e publicidade que atenuem a má reputação e aquisição de novos clientes.

A par deste problema e do alto risco associado ao mesmo, muitas organizações já utilizam diferentes tecnologias concebidas para proteger os seus sistemas de informação. Embora muitas destas soluções sejam altamente avançadas, qualquer sistema tem as suas falhas. É necessário procurar especialistas capazes de monitorizar e gerir este tipo de tecnologias para que a segurança proporcionada pelas mesmas seja eficaz e otimizada ao máximo.

A certificação CyberSafe – CyberSec First Responder (CFR)

Profissionais da área da segurança informática lidam com desafios que se tornam mais complexos de dia para dia. A tecnologia evolui, tal como os métodos utilizados pelos hackers. A obtenção de novas certificações na área pode ser um passo importante para acompanhar os constantes avanços neste setor.

É neste sentido que a Olisipo decidiu introduzir uma oferta de formação exclusiva em Portugal: a certificação CyberSec First Responder. O curso prepara os participantes para ser a primeira linha de defesa contra cyber-attacks que podem ter consequências custosas a nível de tempo e recursos para qualquer organização.

Esta certificação capacita os profissionais para analisar ameaças, assegurar redes, gerir incidentes e utilizar outras competências de segurança fundamentais para proteger sistemas de informação, antes, durante e após um ataque. O curso promove o domínio de todas as vertentes da segurança informática, desde a configuração de uma infraestrutura segura à auditoria. E porque o objetivo é diminuir a lacuna entre o momento em que um ataque ocorre e quando é detetado, o curso adota uma abordagem proactiva que ensina a agir rapidamente a partir do momento em que existe uma falha de segurança.

O CFR introduz uma experiência de formação diferenciadora ao proporcionar um ambiente de laboratório imersivo, atividades práticas e adaptadas ao mundo real e uma plataforma de aprendizagem digital com conteúdos completos que preparam o profissional para fortalecer imediatamente a cibersegurança das suas organizações.

A quem se destina o programa?

O curso é destinado a profissionais de sistemas de informação que desempenham funções na área do desenvolvimento, gestão e execução de capacidades de segurança para sistemas e redes. É recomendável a experiência mínima de 2 anos na área das tecnologias de segurança de redes de computadores.

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Opinião

Sem saber fazer contas… não vamos lá.

Grande parte dos alunos que terminam o secundário e se candidatam ao ensino superior escolhe os cursos com uma premissa no pensamento: evitar a todo o custo o “monstro” da Matemática.

Isto leva a que continuemos sistematicamente a ter uma grande falta de licenciados nas áreas tecnológicas e um excesso de pessoas formadas em cursos com pouca procura no mercado.

Em vésperas do início de um novo ano lectivo, importa analisar alguns resultados do anterior e retirar daí algumas conclusões. Centremo-nos então nos exames nacionais de Matemática e de Ciências Exatas.

De acordo com o Ministério da Educação: “quase metade dos alunos (44%) que realizaram exame nacional de Matemática A na 1.ª fase voltaram a fazê-lo na 2.ª fase. No mesmo sentido, 43% dos estudantes também optaram por repetir a prova de Biologia e Geologia”. A situação agrava-se no 9º ano do ensino básico, onde os resultados da prova de Matemática foram os piores dos últimos tempos. A média do exame nacional deste ano fixou-se nos 47%. Nota negativa, portanto.

A meu ver, os maus resultados obtidos nestas disciplinas têm um reflexo muito prejudicial na capacidade de desenvolvimento do nosso país. Porquê? Porque grande parte dos alunos que terminam o secundário e se candidatam ao ensino superior escolhe os cursos com uma premissa no pensamento: evitar a todo o custo o “monstro” da Matemática.

Na prática, creio que a má qualidade e, sobretudo, a estagnação do modelo de ensino vigente acabam por limitar as escolhas dos jovens. Isto leva a que continuemos sistematicamente a ter uma grande falta de licenciados nas áreas tecnológicas e um excesso de pessoas formadas em cursos com pouca procura no mercado.

Os primeiros prejudicados são, obviamente, os jovens que, muitas vezes, vêem os seus sonhos desfeitos pela fuga, quase que obrigatória, ao monstro em que está transformada a Matemática. E uma coisa é mais do que certa: Portugal fica amplamente prejudicado por não conseguir produzir quadros tecnológicos absolutamente essenciais para o desenvolvimento e para a competitividade interna e externa.

Nesta medida, não se percebe porque é que aumentar a qualidade do ensino da Matemática não é uma prioridade nacional. É preciso combater veemente a estagnação provocada pelos métodos antiquados e formais, com uma procura intensa de novas e melhores formas de ensino. Parece absolutamente inegável que continuar a insistir na mesma fórmula só poderá a produzir os mesmos resultados. Haverá certamente muitos exemplos de sucesso que valerá a pena replicar. Contudo, seria também importante instituir incentivos materiais a professores e às escolas que apresentassem melhores resultados.

Falando especificamente da área das novas tecnologias, esta continua a ser uma das mais procuradas pelo mercado e uma das melhores apostas para conseguir emprego. E atenção! Não sou eu que o digo, são as estatísticas a que todos temos acesso. Cursos como Engenharia Informática, Tecnologias de Informação e Biotecnologia são algumas das escolhas mais seguras.

É necessário inverter definitivamente esta tendência e fazer de Portugal um país que não tem medo da Matemática. Temos de ser um país sem medo de formar, desde cedo, jovens que possam ajudar a assegurar um futuro melhor, construindo a base tecnológica que o vai sustentar.

A Matemática e as ciências exatas não podem continuar a ser vistas como as disciplinas a evitar ou para as quais só alguns é que, perdoem-me a expressão, têm jeito. É preciso cativar os alunos e mostrar-lhes que são disciplinas de muito valor e que estão presentes em tudo na nossa vida.

Tem de haver a noção e a consciência da importância real desta área na vida dos dias de hoje. É do nosso absoluto interesse que se formem mais profissionais nas Tecnologias de Informação, até porque não podemos continuar a acreditar que é possível vivermos apoiados exclusivamente no Turismo.

Meus senhores, se não soubermos fazer contas, não vamos lá.

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Opinião

Guia para não ficar “obsoleto” no mundo das TI

Vivemos tempos difíceis. A tecnologia evoluí a um ritmo alucinante e nós, nós continuamos a ser simplesmente… humanos. Com limitações que as máquinas não têm, porque nós as concebemos assim, para terem cada vez menos falhas.

Quando se diz, e sobretudo quando se escreve, sobre as tecnologias que estão ou não a ficar obsoletas e as que têm ou não esse estatuto contemporâneo de trend, estamos a entrar no campo da futurologia. O mesmo se passa quando fazemos o habitual exercício de tentar adivinhar se vais ou não vais ter emprego! Suposições. Não são mais do que isso.

Quantas vezes se anunciou aos sete ventos o fim do Cobol? No entanto a procura por profissionais nesta área contínua no top da lista das equipas de recrutamento! Este tipo de situações traz-nos à derradeira questão. Será que a palavra “obsoleto”, no mundo da tecnologia, é algo assim tão claro e evidente?

Data Scientists, Mobile  Developers, DevOps, Cloud Specialists… como se pode ver, são tantos os novos tipos de skills que as empresas procuram nos dias de hoje, que em muitos momentos podemos ter a sensação de estarmos ligeiramente perdidos no que diz respeito ao caminho certo a seguir para poder abraçar e empreender numa carreira no maravilhoso mundo das tecnologias!

Mas engane-se quem pensa que estamos numa altura complicada para aprender e desenvolver novas skills a nível profissional. Muito pelo contrário. Isto é, não poderia haver melhor altura para o fazer, como mostra este artigo do site CIO.com

Quanto a nós, 2016 tem sido particularmente agitado no mercado do emprego das TI em Portugal. A maioria das empresas optou por reforçar as suas equipas nestas áreas, seja através de recrutamento, ou através de serviços de outsourcing.

A competição por profissionais na área das Tecnologias de informação é intensa, seja nas sexys startups ou nas largest tech companies como a Google, a Amazon, a Microsoft… muito atraentes para qualquer profissional à procura de novos desafios. E no meio desta autêntica dança de cadeiras, estamos todos a pensar no que é que podemos fazer para assegurarmos a manutenção dos nossos talentos dentro da nossa empresa. Será que o dinheiro é realmente tudo na vida? Será que só com aumentos progressivos e consecutivos de salários é que conseguimos manter os nossos trabalhadores satisfeitos? Não me parece! Até porque nenhuma empresa sobrevive se passar a vida a aumentar os salários dos trabalhadores.

Será que se proporcionarmos aos trabalhadores a possibilidade de participar em novos projetos, com acesso a novas tecnologias, ou se transformarmos as nossas empresas em espaços mais divertidos e agradáveis para trabalhar, conseguiremos parecer mais “cool”?

Considero que todas as iniciativas podem contribuir para aumentarmos a taxa de retenção dos nossos talentos, mas a grande preocupação deste profissionais é a atratividade do seus skills tecnológicos: estarão ou não a ficar obsoletos? Sim. Fora de moda. Fora de jogo e fora do jogo.

A tecnologia muda e evolui em loop, o que pressiona a mudança e consequentemente a aprendizagem quase mandatória de novos skills. Para ontem.

A formação é e tem de continuar a ser um driver claríssimo e fundamental na carreira dos profissionais das TI.

Mas isto traz-nos a questão fundamental deste texto.

Quais são as maiores necessidades formativas que existem na área das TI’s? Em que tipo de formação deve a tua empresa investir para que os colaboradores estejam atualizados?