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Geração A, B, C… Z?

A cada nova geração atribuem-se nomes e características diferentes das anteriores.

Desde os Baby Boomers, passando pela Geração, X, Y (ou Millennial), chegamos agora ao fim do abecedário.

A geração que é hoje adolescente é, atualmente, apelidada de geração Z. É composta por pessoas que nasceram entre meados da década de 1990 até meados de 2010 e, portanto, cresceram juntamente com as Tecnologias de Informação e Comunicação, ou “depois do Google”. No entanto, o intervalo de tempo em que nasceram estes cidadãos não é consensual: várias fontes indicam entre 1994 e 2009, ou entre 1995 e 2010.

Esta geração encontra-se ainda em formação, mas podemos já destacar alguns dados que podem contribuir para uma visão geral, dado que detêm características próprias, inerente ao contexto social e económico em que cresceram.

Geração Z

A forma como se utilizam as tecnologias altera-se todos os dias, rapidamente, e inova à velocidade da luz: os estudos revelam que a internet é a principal fonte de informação dos mais pequenos para as suas atividades diárias, mas que a televisão é o meio de comunicação social preferido para obter informação política.

Em Portugal, os adolescentes, ou seja, pessoas com menos de 24 anos de idade, contam-se em 2.566.327, segundo dados da Pordata. As suas famílias caracterizam-se por serem menos convencionais e pela maior escolaridade dos seus elementos.

A maioria dos adolescentes da geração Z já possui telemóveis e comunicam através destes dispositivos, sendo que as suas compras online estão a deixar de ser feitas através de computadores e tablets, para passarem a ser realizadas em smartphones.

As redes sociais são outras das aplicações mais utilizadas nos telemóveis desta geração mas, independentemente da influência da Internet nas suas vidas, continuam a privilegiar a comunicação presencial.

Quanto ao futuro profissional, a Geração Z procura alternativas ao emprego tradicional — startups e cursos profissionais são algumas das escolhas, ou seja, procura dotar o mundo de invenções suas, criadas por si. No entanto, a crise financeira a que assistiu, sentida um pouco por todo o mundo, levou a que estes adolescentes começassem a questionar as carreiras e os padrões de sucesso vigentes.

Quanto às soft skills, a geração Z é considerada a mais tolerante e empática que já existiu, mas também a mais empreendedora, composta por cidadãos envolvidos e informados e mais focada em si própria. É também uma geração que procura a inovação mas que valoriza e preserva a sua individualidade e quer sentir-se realizada.

Dados estes factos, é importante conhecer e caracterizar esta geração no mercado de trabalho que, dentro de alguns anos, terá de se adaptar e oferecer condições para os novos colaboradores que irão integrar as empresas no futuro.

Esta adaptação por parte das empresas passa pela possibilidade de flexibilidade horária e pelo desenvolvimento do trabalho remoto. A geração Z pede ainda que haja bom ambiente, conciliação e desenvolvimento da carreira, o que será um desafio no que respeita à Gestão de Pessoas.

Num espaço de trabalho intergeracional é necessário desenvolver habilidades de liderança para os diferentes públicos internos e, externamente, o desafio é as empresas tornarem-se digitais e envolverem-se com os seus consumidores mais novos que, afinal, ditam o futuro e as tendências.

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RH

Olisipo renova reconhecimento de Melhor Empresa de Outsourcing

A Olisipo foi reconhecida, pelo 7º ano consecutivo, como Melhor Fornecedor RH.

Este ano, voltámos a vencer a categoria “Outsourcing”, um prémio que resulta de um estudo baseado na avaliação realizada pelos próprios clientes, abordando diversas áreas como a Qualidade dos Serviços Prestados; a Imagem do Fornecedor; a Qualidade dos Colaboradores; o Preço Apercebido, entre outras questões. A Olisipo concorreu na categoria de Outsourcing, renovando o reconhecimento do mercado.

Esta é uma iniciativa promovida pela APG – Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, em parceria com as empresas Qmetrics e Mínimos Quadrados.

Obrigado a todos pelo reconhecimento e, acima de tudo, obrigado a toda a equipa que dá a cara pela Olisipo e trabalha diariamente em projetos com os nossos clientes.

Ajudamos a Crescer!

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Inovação

Falar de qualidade, o dilema chinês

Quando pensamos em produtos “Made in China”, vêm à cabeça imediatamente produtos que normalmente vemos nas lojas do chinês pelo nosso bairro. Muitas pessoas pensam nos produtos chineses como algo que apenas vai durar por um pequeno período de tempo, que não vai funcionar bem ou a que lhe falta o design de um produto de qualidade.

As startups procuram qualidade, por isso muitas vezes evitam contratar fabricantes chineses. Ainda assim, o domínio da China na indústria é muito grande, e não vai mudar brevemente, mesmo com os custos de trabalho a subir nos últimos anos.

A maioria dos nossos produtos tecnológicos são produzidos lá e empresas como Apple, Xiaomi, Huawei ou DJI produzem a maioria dos seus componentes e produtos finais no país com uma qualidade de topo.

Controlo de qualidade

É verdade que a reputação da China tem sido afetada por alguns escândalos relacionados com produções falhadas ou problemáticas. Contudo, a quantidade de detalhe e de controlo que colocamos na produção irá directamente afetar a qualidade e atenção ao detalhe do nosso produto final.

Uma forma de assegurar que temos alguma garantia de um produto de qualidade é contratar uma empresa de controlo de qualidade (CQ) externa. Como será contratada separadamente, vai garantir que obtemos o que é esperado. Ainda assim, nunca devemos presumir que a empresa compreendeu o que é esperado. Temos de garantir que lhes entregamos uma lista detalhada de CQ com todos os itens que queremos que sejam revistos e inspecionados antes da produção em massa.

Devemos também garantir que testamos o protótipo primeiro e damos atenção aos detalhes. Falemos com os engenheiros. Visitemos até a linha de montagem, se possível. Quanto mais forte é a relação criada com os fornecedores e fábricas, mais fácil será corrigir qualquer erro que eles cometam (porque isso vai acontecer eventualmente).

Low-cost equivale a baixa qualidade

Quando tentamos negociar um acordo com um fornecedor, temos de ter em consideração de que provavelmente eles nunca dirão “não” aos nossos pedidos de baixar o preço. No entanto, podemos ficar desapontados quando o produto final chegar. Há que explorar opções e negociar com respeito, os homens de negócio na China levam o seu trabalho muito a sério, por isso não podemos subestimá-los.

Temos de garantir que conhecemos o tipo de componentes e materiais que eles vão usar e não podemos baixar os preços a um extremo. É preciso recordar: recebemos o equivalente ao que pagamos.

A China ainda é um gigante no que toca a produção tecnológica. Se soubermos onde procurar, poderemos encontrar um fornecedor que é leal e que responde aos nossos pedidos não apenas como mais uma fábrica Chinesa, mas como um parceiro de negócio que pode produzir produtos de alta qualidade e apoiar-nos em toda a cadeia de produção com o seu know-how.

Traduzido do artigo original: Talking about quality, the Chinese dilemma

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Equipa

Aniversário Olisipo: 24 anos

Estamos de parabéns! No dia 10 de Janeiro a Olisipo completou 24 anos. Sim, é verdade, somos uma das empresas mais antigas do nosso sector e já conquistámos o nosso lugar.

Iniciámos a nossa caminhada para aquele que será um dos principais marcos históricos da nossa empresa, o 25º aniversário.

Será um ano de desafios, crescimento e muita celebração. Estaremos, mais do que nunca, envolvidos com os nossos colaboradores, clientes e todos os profissionais de TI.

Arrancamos as celebrações com uma surpresa para todos os colaboradores: celebrámos um acordo com a Udemy, a maior plataforma de formação online do mundo.

Este acordo permite-nos atribuir licenças a todos os colaboradores da Olisipo, que podem assim aceder a uma infinidade de formações técnicas e comportamentais, de forma ilimitada.

Num sector onde tantas vezes se critica a falta de acompanhamento e desenvolvimento de carreira dos profissionais alocados em cliente, a Olisipo volta a afirmar-se como uma empresa atenta e verdadeiramente empenhada no crescimento pessoal e profissionais dos seus colaboradores.

Tornamo-nos assim na única empresa de Outsourcing de Especialistas de TI em Portugal que disponibiliza formação ilimitada, 24h por dia, a todos os colaboradores. Ajudamos a Crescer!

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Inovação

De startup para startup: Os seus conselhos para o futuro

Foi em novembro que Lisboa recebeu a maior conferência tecnológica do mundo, contando com mais de 1000 oradores que procuraram inspirar e influenciar empreendedores de todo o mundo. Agora que já dissemos adeus à Web Summit 2017, há quem já esteja com os olhos postos na próxima, principalmente as startups.

Enquanto estivemos pelo evento, falámos com algumas startups que nos deram o seu testemunho e aceitaram o desafio de aconselhar os “startupers” que vão ocupar o seu lugar no próximo ano.

Nós sabemos: começar um negócio do zero é assustador e, nesta fase, qualquer pedaço de sabedoria vale ouro. Por isso mesmo, deixamos-te aqui os truques e conselhos destes empreendedores que te vão guiar pelo intimidante mundo das startups.

André Dias chegou à Web Summit pela Snapcity, a app que liga os turistas a quem conhece a cidade melhor que ninguém, os locais. Da sua experiência com o mundo das startups, André já aprendeu que só tem uma oportunidade para causar uma boa primeira impressão: “Preparem bem todas as vossas formas de comunicação: pitches, cartões de visita, etc, porque na vida real tudo acontece muito rápido e nada na apresentação pode falhar”. Mas fazer um bom trabalho de casa não é suficiente: “Muitas vezes, as startups têm muita pressa em mostrar-se ao mundo e encontrar clientes e investidores. Tenham calma, definam bem a vossa ideia, produto e objetivos antes de se aventurarem num evento como a Web Summit, por exemplo”.

Foi isso que aconteceu a Luís Quintella, Co-Founder da Biti, uma “caixinha mágica” que é uma plataforma de conteúdos para os mais pequenos se divertirem e aprenderem de forma segura e perto das pessoas que gostam. No ano passado, a empresa também marcou presença na conferência, mas Luís considera que foi cedo demais: “O produto ainda não estava bem consolidado e não tínhamos metas concretas a alcançar. Na altura, isso dificultou a nossa comunicação com quem nos abordava”. Este ano, acredita que entraram com o pé direito e aconselha os próximos startupers a manterem a mente aberta: “O objetivo de fazer contactos não é só angariar capital. O contacto com pessoas de países e culturas diferentes abre-te horizontes para novas e ideias criativas. E estar rodeado destas pessoas permite-te receber feedback muito valioso sobre o teu produto.”

Já Boštjan Namurš (Meepoint) encoraja todos os startupers a soltarem o seu lado social: “Eventos de networking não são os únicos sítios onde deves fazer network. Tenta perceber onde vão as pessoas com quem queres falar e junta-te a elas. Às vezes é mais fácil criar empatia com alguém fora do ambiente “business”. E nunca sabes onde vais encontrar o teu parceiro de negócios ideal, por isso sai, conhece pessoas novas e diverte-te também”.

Alex Devoto (Lvlfi) e Joséphine Robert (Step Up Air) sabem que planear com antecedência é a chave para criar boas oportunidades de networking. “Quando vens de longe só para estar num sítio durante uns dias, não te podes dar ao luxo de cair de paraquedas. Se sabes que aquela pessoa vai estar no evento em que tu vais participar, tenta falar com ela antes. De outra forma, talvez nunca nunca se cheguem a cruzar”, conta Joséphine. Já Alex afirma que chegou a contactar mais de 200 pessoas previamente, só para ter a oportunidade de fazer o seu pitch ao vivo: “Não tenhas medo de ser chato, (risos) afinal de contas, acabei por conseguir a atenção de algumas pessoas e era esse o meu objectivo.”

Se por um lado é importante procurar as melhores oportunidades, também é preciso não perder a motivação quando não as conseguimos encontrar. Ivan Mrvos (Include Itd) atenta para “não teres as expectativas demasiado altas” ao contactares com alguém que possa estar interessado na tua ideia e Ziv Kalderon (Type IV) aconselha a teres consciência que “não és um príncipe encantado e os investidores não vão correr atrás de ti”.

Juan Almanza (Solutek B2B) confessa que quando contactou potenciais investidores, recebeu algumas reações que desanimariam qualquer um.  “Haverá sempre pessoas que não percebem o teu produto, mas isso não significa que ele não tem valor. Tens de te preparar para as perguntas mais difíceis e ter uma resposta na ponta da língua”, encoraja, “Mas não sejas teimoso, às vezes tens de confiar em quem é mais experiente do que tu. Se souberes aceitar as críticas, estas poderão ajudar-te a melhorar o teu produto no futuro”.

Por isso mesmo, Joren Wachter (Eventify) encoraja todos os futuros empreendedores a encarar todos os momentos como momentos de aprendizagem: “Fiquei um pouco assoberbado com a dimensão da Web Summit e não tenho a certeza se aproveitei ao máximo. Apesar disso, gosto de me lembrar que tudo isto é uma escola. Já perdi a conta da quantidade de vezes que repeti o meu pitch. Acredito que o último terá sido um pouco melhor que o primeiro!”

Felix Hemmerling (Univize) não quis perder a oportunidade de receber conselhos sobre como sobreviver no mundo das startups de vários experts que já passaram pelo mesmo caminho: “Senti que foi um privilégio poder falar com alguém que entende aquilo que estamos a passar. Ouvi muitas boas sugestões que vou tentar pôr em prática quando voltar para casa. Se estiveres na Web Summit para o ano, coloca as sessões Mentor Hours no topo das tuas prioridades.” Mas aconselha também a levar estas sessões para fora do evento. “Muitas vezes pensamos que sabemos tudo e a verdade é que somos ignorantes em tanta coisa. Quer dizer, até o Bill Gates tem um mentor! Então para nós, enquanto startups, é incrível poder contar com alguém que tem a experiência que tu ainda não possuis.”

E encontrar um mentor não tem de ser um bicho-de-sete-cabeças. Podes encontrar inspiração nas pessoas mais improváveis, como nestes jovens empreendedores que te quiseram ajudar com os seus melhores conselhos.

Mas enquanto muitos afirmam ter segredos infalíveis, é certo que não existem fórmulas mágicas para o sucesso. “Ter sucesso” tem um significado muito distinto para cada um. No entanto, existe uma coisa que todas as pessoas bem-sucedidas têm em comum.

Para que percebas o que é, deixamos-te um último conselho. Este é de um empreendedor que criou a sua pequena startup tecnológica a partir de uma garagem: “Estou convencido que o que separa os empreendedores bem-sucedidos dos não sucedidos é pura perseverança.” O seu nome era Steve Jobs.

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Inovação RH

DevOps: Uma nova profissão que veio para ficar

Historicamente, já assistimos a várias pequenas ondas de inovação que abalaram a indústria das TI. Tipicamente, estas ondas focam-se na Infraestrutura; Arquitetura Aplicacional ou nos Processos/Métodos. O que começamos a assistir agora, e que é radicalmente diferente, é ao aparecimento de uma onda que engloba todas estas áreas ao mesmo tempo. É este o verdadeiro motivo pelos quais os chavões “Transformação Digital” e “Disrupção Digital nas Empresas” estão na ordem do dia.

O que é, afinal, DevOps? 

DevOps é um acrónimo de Development and Operations e dá nome a uma cultura de trabalho em TI que promove uma estreita colaboração entre os profissionais destas duas áreas para conseguir uma entrega de valor ao negócio muito mais rápida e constante, baseada nos princípios de Continuous Delivery e Continuous Integration.

Tradicionalmente, a área de Desenvolvimento e a de Exploração e Operações têm tido objetivos diferentes, o que derivava numa ineficiente entrega de valor ao negócio como departamento TIC.

Aparecendo em 2008 e rapidamente adotado por empresas tecnológicas de primeiro nível, a aplicação de DevOps tem demonstrado reduções de até 50 vezes nos tempos de entrega de software, assim como implementações 30 vezes mais frequentes e uma taxa de êxito na gestão da mudança 60 vezes maior do que numa organização tradicional. Organizações como a Netflix, Spotify e Facebook estão a revolucionar o mundo das TI ao implementar, com sucesso, princípios de DevOps.

Resumindo, DevOps é um salto de rutura na organização tradicional de um departamento de TI e requer um foco especial sobre as pessoas/utilizadores, porque os seus princípios vêm do Scrum e do Lean IT®.

Formação DevOps em Portugal 

A formação para a área de DevOps em Portugal está ainda a dar os primeiros passos. Ser um profissional certificado em DevOps é dizer claramente ao mercado “eu quero estar na frente”.

A Olisipo lançou em 2017 o curso DevOps Fundamentals, um exclusivo em Portugal potenciado através de uma parceria com a DASA (DevOps Agile Skills Association). Esta associação americana é a maior comunidade aberta de DevOps do mundo e é responsável por desenhar os melhores percursos formativos do mercado para a área.

Esta formação da Olisipo é o ponto de partida para um profissional ou uma organização iniciarem a sua jornada DevOps. A melhoria dos fluxos de trabalho e implementações mais rápidas, começam com uma compreensão dos conceitos básicos de DevOps por qualquer pessoa envolvida numa equipa de Agile e / ou DevOps. Independente do fabricante, gera interesse e sensibiliza para a necessidade de conhecimentos e desenvolvimento de competências nesta área, promovendo uma Certificação open source e garantindo a qualidade da formação para o mercado através de um programa de qualificação lógico.

Conheça o programa DevOps Fundamentals – DASA (DevOps Agile Skills Association). 

O Modelo DevOps veio para ficar 

Os especialistas estão convencidos que o DevOps se vai tornar no modelo para todo o desenvolvimento IT muito em breve. Não só já existem provas dadas disso mesmo, como a metodologia DevOps também se irá alargar a outras indústrias, como forma de desenhar e desenvolver novos produtos e serviços. Estes são os principais motivos:

– O desenvolvimento de produtos é focado no utilizador

Quantas vezes nos perguntamos “mas quem é que programou este software?” ou afirmamos “niguém vai usar este software/funcionalidade…”. Pois é, o DevOps envolve os utilizadores finais nas decisões desde o primeiro momento, definido o produto no seu core.

– Já não podemos esperar que os programadores saibam de tudo e resolvam tudo

Há um problema intrínseco ao desenvolvimento de software: só pode ser feito por programadores. No entanto, muitas vezes os programadores não são o utilizador final, nem podem dominar a área onde o software irá ser aplicado. A mesma coisa se aplica em projetos IT multidisciplinares e o DevOps veio resolver este problema, poupando muitas horas e dores de cabeça aos programadores e às organizações. 

– Aumenta os níveis de sucesso para a organização

Por todas as razões anteriormente apontadas, o DevOps resulta em projetos que passam a funcionar melhor do que nunca. Existem muitas estórias catastróficas de soluções que nunca foram adotadas ou foram um fracasso, provocando prejuízos às empresas. DevOps não é apenas uma nova forma de trabalhar, é uma evolução numa indústria que percebeu que muitos dos erros cometidos no passado se deveram à falta de proximidade entre os profissionais e os utilizadores finais e quanto mais depressa os aproximarmos, melhor para todos nós.

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Inovação

O futuro da tecnologia está além do olho humano

Passamos uma boa parte do nosso tempo a ler as expressões faciais das pessoas à nossa volta, ainda que involuntariamente. Somos capazes de enviar e interpretar sinais, como um sorriso falso ou uma expressão rígida de desconforto.

Nos últimos tempos, os computadores têm-se tornado incrivelmente bons a interpretar esta complexa forma de comunicação e a reconhecer e identificar rostos humanos. A MIT Technology Review já apontou os sistemas de reconhecimento facial como uma das tecnologias mais revolucionárias de 2017, capaz de afetar toda a economia e política do mundo nos próximos anos.

A tecnologia está a espalhar-se rapidamente na China, especialmente na área da vigilância mas também em termos de conveniência. A tecnologia não é propriamente nova mas só agora se tornou confiável o suficiente para efetuar operações de risco com mais segurança, como transações bancárias.

Na semana passada, a gigante chinesa Alibaba introduziu um sistema de pagamento inovador na cadeia de restauração KFC que já permite deixar a carteira em casa. Para comprar um balde de frango frito basta agora sorrir para um ecrã. O sistema precisa apenas de dois segundos para verificar a identidade da pessoa e consegue identificá-la quer esta esteja com maquilhagem, peruca ou qualquer outro tipo de acessório. O consumidor precisa ainda de introduzir o seu número de telemóvel, como forma de garantir uma segurança extra – não vá existir um sósia nosso do outro lado do mundo.

Quando a notícia surgiu, a pergunta que imediatamente se impôs foi: quão seguro é? A Ant Financial integrou um algoritmo que se certifica que a câmara não está a ser enganada perante uma fotografia ou vídeo (pois é capaz de identificar sombras e outros traços) e assegura que o sistema é, de facto, seguro.

A tecnologia “Smile to Pay” está em fase de testes na cidade de Hangzhou mas a perspectiva é que, se tudo correr bem, será introduzido em muitos mais estabelecimentos nos próximos tempos.

O que podemos esperar desta tecnologia no futuro?

Para já, o reconhecimento facial já ganhou adeptos nas mais variadas áreas, desde o setor bancário à medicina. Hoje, já é possível utilizar o reconhecimento facial para identificar condições médicas, através de traços faciais característicos de certas doenças difíceis de identificar. Também existem campus universitários e escritórios que utilizam esta tecnologia para conceder o acesso às instalações. Estações de comboios e aeroportos também estão a aderir, como a China Southern Airlines, que permite agora aos seus passageiros embarcar no avião sem bilhete. No futuro, poderemos ter câmaras à entrada de lojas para nos apresentar promoções e descontos personalizados.

Esta tecnologia está a ganhar popularidade, até nas áreas mais inesperadas. Por exemplo, já existem cerca de 30 igrejas no mundo que utilizam o software Churchix para controlar a assiduidade dos seus fiéis em eventos religiosos.

Em Macau, cerca de mil caixas multibanco têm instalado o sistema para os portadores de cartões UnionPay. Para já serve apenas para reforçar a confirmação da identidade do portador mas, quem sabe, no futuro poderá ser o único factor de autenticação para levantar dinheiro.

Os benefícios poderão ser extraordinários a nível de segurança: qualquer local com este tipo de tecnologia instalada pode controlar mais facilmente a presença de criminosos, predadores sexuais e até terroristas nas suas instalações. Também pode ser útil para apanhar infratores em flagrante, como esta cidade que identifica os pedestres que tentam atravessar a passadeira no sinal vermelho – a sua foto é então divulgada num ecrã gigante e  ainda têm direito a multa.

Mas ao olharmos para as potencialidades desta tecnologia, também é fácil apercebermo-nos do seu potencial para criar conflitos. Uma câmara apontada à nossa cara poderá revelar muito sobre nós – muitas vezes, mais do que gostaríamos de partilhar.

Investigadores da Universidade de Stanford desenvolveram um software de inteligência artificial que é capaz de prever a orientação sexual de uma pessoa, através de uma simples fotografia do seu rosto. O algoritmo conseguiu identificar se um homem era homossexual 81% das vezes, sendo mais bem-sucedido que o olho humano, que acertou 61% das vezes.

Este uso do reconhecimento facial poderá ser potencialmente perigoso em países e culturas onde a homossexualidade é ilegal e poderá ser utilizada para perseguir e cometer crimes de ódio.

Outras formas de discriminação também poderão ser levadas a cabo, como empregadores a filtrarem os seus candidatos com base na sua etnia e traços de beleza ou inteligência. Até bares noturnos e estádios desportivos poderão impedir a entrada de indivíduos com rostos que revelem uma ameaça de violência.

Os avanços na tecnologia de reconhecimento facial darão às empresas a possibilidade de lucrar com a utilização dos nossos dados biométricos, o que traz à superfície inúmeros problemas a nível de segurança e invasão de privacidade. O Facebook utiliza um programa chamado DeepFace para identificar o nosso rosto em fotos dos nossos amigos (com uma taxa precisão de 97%) e tanto a Alphabet Inc. (da qual a Google é subsidiária) como a Apple já possuem tecnologia similar.

Isto significa estas empresas já estão a reunir este tipo de dados sobre a nossa identidade e poderiam eventualmente vendê-los a outras empresas interessadas. Por exemplo, o Facebook poderia obter fotografias de pessoas que estiverem presentes num evento de exibição de drones e depois utilizar o reconhecimento facial para lhes apresentar anúncios de empresas que comercializam drones.

É aqui que os governos serão obrigados a intervir, sendo que a União Europeia já impôs regulações para proteger os seus cidadãos (que entrarão em vigor já em 2018), ao decretar que a utilização dos dados biométricos de cada indivíduo requerem o seu consentimento directo.

Mas este tema ainda é um “buraco negro” na legislação atual pois será realmente possível impedir que sejamos filmados contra a nossa vontade? E se sim, durante quanto tempo? À medida que os wearable devices ganham popularidade, a nossa privacidade será cada vez mais difícil de controlar. As câmaras estarão constantemente à nossa volta – nos óculos, relógios e roupa daqueles que nos rodeiam.

Estamos perante mais uma revolução tecnológica, capaz de influenciar a natureza das interações sociais do futuro e alterar por completo a forma como comunicamos com as empresas e uns com os outros. A utilização de dispositivos de reconhecimento facial avança de forma inevitável, independentemente dos riscos e benefícios desta tecnologia.

Serão estes sistemas realmente seguros? E, em caso de ataque informático, quão graves serão as suas consequências para os utilizadores? Estas são algumas perguntas que apenas terão resposta no futuro, mas uma é coisa é certa: os sistemas de reconhecimento facial vieram para ficar e não vale a pena fazer cara de poucos amigos porque a mudança vem aí.

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Opinião

Quem é o CIO de amanhã?

A linha que separa a tecnologia do mundo dos negócios é cada vez mais ténue. A tecnologia já não é o trabalho de apenas um departamento, está agora enraizada em todas as áreas das organizações. E à medida que o papel da tecnologia dentro das empresas evolui, o papel do CIO segue o mesmo rumo.

Por isso, o papel do CIO de hoje não é fácil: É preciso encontrar um equilíbrio entre as funções de ontem e as exigências da transformação digital de amanhã. Esse é um dos maiores desafios e a razão pela qual os líderes nesta área têm de se adaptar a uma nova realidade.

Então, quem é o CIO do futuro? Que desafios vai enfrentar e como poderá continuar a estimular a inovação no meio de trabalho?

As características do novo CIO

Está na linha da frente das decisões estratégicas. Já lá vai o tempo em que o CIO assumia uma posição “back office” na empresa. Agora, o CEO olha para o CIO como um líder estratégico e não apenas como um líder de departamento. Por isso, é fundamental que esta pessoa tenha fortes capacidades de liderança, persuasão e também de inteligência emocional.

É um agente da mudança. Futurista e inovador: são duas palavras que devem definir o CIO do futuro. Segundo a Accenture, 34% das empresas já vê o departamento de TI como uma das principais fontes de inovação e mudança para empresa no geral, não apenas no seu departamento.

É proativo na procura de soluções, mesmo que não estejam diretamente relacionados com a sua área. No futuro, não vai haver lugar para um departamento de TI “preguiçoso”: a inovação move-se a ritmo cada vez mais acelerado e por isso, já não basta esperar que os problemas surjam. O CIO de amanhã terá de encontrar formas criativas de criar soluções que acompanhem o ritmo da mudança.

É alguém que veste muitos chapéus. O novo CIO estará preocupado em liderar a revolução digital e abraçar projetos e desafios multidisciplinares que “fogem” da sua área de conhecimento. O CIO terá de ser capaz de entender todas as áreas de negócio da empresa e encontrar respostas tecnológicas que se adaptem a cada uma delas.

Tem conhecimento na área das finanças. À medida que o budget na área das TI aumenta, o CIO terá uma maior responsabilidade em questões financeiras. Isto significa que terá de entender os conceitos e as implicações que as suas decisões estratégicas poderão ter para a globalidade da empresa.

Pode não ser um informático. Ter um conhecimento geral na área das tecnologias da informação é fundamental para compreender os desafios com que se irá deparar. Mas o CIO de amanhã já não terá de ser um “expert” ou ter uma formação altamente técnica nesta área, já que terá preocupações mais ligadas à parte estratégica do seu papel. A capacidade de ser perspicaz, crítico e saber influenciar os restantes terá um papel mais relevante que saber todas as especificidades técnicas das TI. Na Europa e nos Estados Unidos, cerca de 50% das pessoas que ocupam esta posição já têm backgrounds menos técnicos e mais direcionados para a área da gestão e a tendência continuará a enveredar por este caminho.

E o que significa tudo isto para o CIO de hoje?

Para alguns poderão ser boas notícias, para outros nem tanto. Embora o CIO tenha cada vez mais “voz” e peso de decisão na empresa, também é verdade que irá desempenhar um papel cada vez mais exigente e desafiante.

Muitos ainda não estão preparados para um cenário tão disruptivo, mas já não basta sentar-se no banco traseiro e fazer o que se fez até agora.

E quanto mais rápido o CIO de hoje se tornar no líder de amanhã, mais rapidamente as empresas poderão estar na vanguarda da inovação e transformação digital.

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Equipa

Olisipo com os Melhores Gestores de Pessoas 2016

Voltámos a ser distinguidos com o prémio Melhores Gestores de Pessoas. É o quinto ano consecutivo que a Olisipo está presente neste ranking de excelência. Parabéns Andreia Agostinho, Daniel Pereira, Diana Ferraz e Susana Martins!

Esta distinção é motivo de orgulho e é por si só demonstrativa da qualidade do trabalho de acompanhamento e gestão de carreira que é realizado pela equipa da Olisipo aos seus colaboradores.

Obrigado a todos.

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Inovação Opinião

Elon Musk – Quem é afinal o homem que nos quer levar a Marte?

Elon, uma criança diferente

Quem o conheceu na infância sabe que sempre foi um rapaz peculiar. Um pequeno prodígio, já com grandes ideias, embora tímido e cabisbaixo. Desde cedo um entusiasta da ficção científica e dos computadores, sempre com um livro debaixo do braço. É desta forma que muitos se recordam dele no passado. “Elon fechava-se dentro da sua mente e percebia-se que estava noutro mundo. Ainda hoje faz isso” relembra a mãe – Maye Musk – no recente livro que relata a vida do empreendedor. E hoje, é fácil perceber que uma mente tão ousada só poderia ter nascido de uma criança tão fora do comum.

Mas a infância de Elon não foi fácil. Nasceu na África do Sul em 1971, na era do Apartheid. Desde cedo, foi atormentado pelos seus colegas e não era incomum sair da escola com um olho negro ou o nariz partido. Em casa, a situação não era melhor. O pai de Elon, autoritário e emocionalmente abusivo, obrigava os filhos a estudar por horas a fio, sem que se pudessem sequer mover ou falar. A violência física e psicológica fez parte da vida de Elon até à adolescência, mas isso não o inibiu: sempre foi um rapaz de grandes sonhos e opiniões firmes acerca do mundo que o rodeava. Não é por acaso que vendeu a sua primeira invenção – um videojogo que ele mesmo programou – com apenas 11 anos.  

Em busca de um sonho na América

Aos 17 anos, partiu para o Canadá onde concluiu duas licenciaturas simultaneamente – em Física e Economia. Seguiu para os E.U.A e foi aceite num doutoramento em Física Aplicada na Universidade de Stanford. Bastaram apenas 2 dias para Elon desistir e seguir o seu sonho de conquistar o mundo da internet. Aos 23 anos, ele e o irmão fundaram a Zip2, algo parecido com umas páginas amarelas digitais que criava um diretório navegável de empresas com mapas. Mesmo quando ninguém quis comprar o serviço, Elon não desistiu. O seu esforço compensou quando a empresa foi comprada pela Compaq/Alta Vista/CMGi em 1999 por 307 milhões de dólares.

Por esta altura, Elon era um milionário em Silicon Valley, o sonho de muitos com a sua idade. Mas o sonho dele era outro: queria mudar o mundo – como poderia parar por ali? Pouco tempo depois, investiu 12 milhões de dólares da sua fortuna pessoal para criar a X.com, uma startup de serviços financeiros. Hoje é melhor conhecida como Paypal, empresa com a qual se fundiu mais tarde. Quando o Ebay comprou a Paypal, Musk recebeu uma generosa quantia de 250 milhões de dólares. Com esta fortuna, Elon já tinha fundos suficientes para seguir um dos seus maiores sonhos. E foi assim que decidiu aventurar-se nas estrelas – literalmente.

O sonho: salvar a vida na Terra e partir para outro planeta

Engana-se quem pensa que ele anda com a cabeça na lua – Elon Musk vive com a cabeça em Marte. Em 2001, viajou até à Rússia para comprar um foguetão. Mas os russos olharam-no com desdém e voltou para a América de mãos vazias. Eis que teve uma epifania: construir o seu próprio foguetão por uma fracção do preço das outras empresas. Se em criança passou dias de cabeça enfiada em bandas desenhadas, desta vez, passou meses rodeado de dezenas de livros de engenharia espacial para tentar perceber a fundo uma indústria na qual não tinha qualquer experiência. Num velho armazém, Elon reuniu ex-talentos da NASA, United Launch Alliance (o seu atual rival) e outras empresas para começar a sua startup de tecnologia de exploração espacial – a SpaceX.

Musk assegura que até 2024 será enviada a sua primeira missão tripulada até Marte – embora a tripulação só chegue ao planeta um ano depois, dada a distância que o separa da Terra. Porém, Elon não criou a SpaceX apenas para se aventurar no espaço. “Se quisesse ir à estação espacial poderia simplesmente comprar um bilhete. A SpaceX foi criada para expandir a vida além da Terra.” – explica: “Uma missão a Marte não altera fundamentalmente o futuro da humanidade. O objetivo é criar lá uma colónia auto-sustentável.”

Mas Elon não tem apenas sonhos além-fronteiras, também quer salvar o nosso planeta. Contrariar o aquecimento global e impulsionar as energias renováveis tem sido uma meta a longo prazo para o empreendedor.

Por isso, quando a Tesla Motors precisou de um grande investidor para construir o seu primeiro veículo elétrico, apenas um nome lhes passou pela cabeça: Elon Musk. Com um investimento de 6.5 milhões de dólares, Musk tornou-se no maior investidor da Tesla e CEO da empresa. Juntamente com os primos, também criou a SolarCity, que é hoje a maior fornecedora de painéis solares nos E.U.A.

Um olhar sobre a família Musk

Elon conheceu Justine, uma jovem aspirante a escritora, na universidade. Determinado e persistente, impôs como missão pessoal conquistá-la. Acabou por ser bem-sucedido e casaram em 2000, mas a lua-de-mel esteve longe de ser tranquila: Elon teve uma experiência de quase-morte quando voltou do Brasil com malária. Sobre o sucedido, comentou: “Esta é a minha lição por ter ido de férias: as férias são fatais.”

Na altura em que o casal teve o seu primeiro filho em 2002, também sofreu o maior desgosto das suas vidas quando Nevada faleceu tragicamente de síndrome de morte súbita com apenas 10 semanas. Elon sofreu em silêncio e refugiou-se no seu trabalho, dedicando-se a 100% às suas empresas. No entanto, Elon e Justine acabaram por ter mais 5 filhos, todos eles rapazes.

Revoltado contra o sistema de ensino tradicional, Musk até criou a sua própria escola para os filhos que pretende desconstruir os métodos escolares atuais. Nesta escola não há avaliações ou turmas, e os alunos aprendem de acordo com as suas capacidades e interesses – uma abordagem inédita mas previsível para alguém como Elon Musk.

Empenhado em ser o pai que nunca teve, dedica muito tempo aos filhos. Mas às vezes incomoda-o que nunca tenham sofrido como ele: Elon acredita que foi isso que lhe deu a força e determinação para vencer na vida.

O verdadeiro Homem de Ferro

Não foi por acaso que Elon Musk serviu de inspiração para Robert Downey Jr, ator que personifica o Homem de Ferro no grande ecrã. Quando a crise rompeu em 2008, tudo parecia ir de mal a pior para o magnata: a Tesla Motors dificilmente sobrevivia com o pouco dinheiro que lhe sobrava. A SpaceX incorria em enormes gastos enquanto se preparava para lançar o seu primeiro foguetão. E o azar de Elon não acabava por aí pois ainda se viu no meio de um processo de divórcio.

Para salvar a pele de ambas as empresas, Musk entrou em modo “super-herói” e tomou medidas extremas: fez cortes drásticos nos custos e até vendeu os seus bens pessoais para investir tudo o que tinha. Por esta altura, Elon trabalhava 100 horas por semana e impôs este ritmo alucinante a todos os seus funcionários, fazendo-os dormir em cima das secretárias quando a exaustão se instalava.

Elon pode ser exigente e intimidante, mas também mostra ser um verdadeiro líder: escreveu uma carta pessoal a cada funcionário da Tesla a agradecer o seu notável trabalho, explicando como poderia melhorar no futuro. Dolly Singh, ex-funcionária da SpaceX, também afirmou: “Acho que a maioria de nós o teria seguido até às portas do inferno de óleo bronzeador na mão” – recordando as suas incríveis capacidades de liderança durante a crise.

A SpaceX falhou consecutivamente todas as tentativas de lançamento do seu primeiro foguetão. Questionando-o se alguma vez pensou em desistir, Elon respondeu numa entrevista: “Nunca. Porque eu nunca desisto. Teria de estar morto ou completamente incapacitado para isso”. E 6 anos depois, foi possível concretizar este milagre da ciência moderna quando, pela primeira vez, o lançamento do Falcon 1 foi um sucesso.

Hoje, a Tesla é uma das marcas de carros mais valiosas do mundo. E a SpaceX continua a testar os limites da tecnologia aero-espacial. Apesar de ter arriscado tudo, Elon tem agora uma fortuna avaliada em 10 biliões de dólares – mas o dinheiro nunca foi a sua meta. Desde criança, sempre quis criar um impacto positivo no mundo. E é inegável o quão relevante tem sido a sua pegada até agora.

Uma visão ambiciosa para o futuro

A Tesla quer acelerar a saída da humanidade dos combustíveis fósseis. O novo plano a 10 anos da empresa parece ambicioso mas Musk garante que é possível: painéis solares nos tetos dos carros, viajar em piloto-automático enquanto lemos um livro e fazer dinheiro enquanto não utilizamos o carro ao torná-lo numa espécie de táxi automático – são tudo ideias que Musk pretende pôr em prática.

Com a futura abertura da Gigafactory – a monstruosa fábrica com um tamanho equivalente a 95 campos de futebol –  a Tesla já não quer ser só uma fábrica de carros. É aqui que vai fabricar as suas próprias baterias elétricas movidas a energia solar e a compra da SolarCity este ano foi o primeiro passo para a concretização deste plano.

Mas quem pensou que as invenções de Musk acabavam por aqui, que se prepare. Elon quer revolucionar o espaço e tornar o turismo espacial uma realidade. Quer revolucionar os transportes, ao criar um shuttle de alta-velocidade, capaz de viajar a 1300 km/h. Quer revolucionar a Internet, trazendo wi-fi aos pontos mais remotos do planeta. Quer revolucionar os carros e fazer com que todos se abasteçam apenas com o poder da eletricidade.

Elon Musk quer revolucionar o mundo. Se é apenas um sonhador utópico de ideias excêntricas ou um génio que irá mudar o percurso da humanidade, o tempo dirá.

Mas uma coisa é certa: ainda vamos ouvir falar muito de Elon Musk.