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A presença crescente da tecnologia blockchain no mundo

Cada vez mais a blockchain se estende a diferentes setores e mercados. Embora fortemente associada à Bitcoin, esta tecnologia está a ganhar novos usos no mundo real.

A expansão

Embora haja complexidade nos sistemas de blockchain o conceito central é simples de entender: blockchain é uma espécie de base de dados, que utiliza uma cadeia de blocos capaz de guardar e verificar grandes volumes de transações digitais em cadeias descentralizadas e mais seguras.

Através da blockchain, problemas como falsificação ou duplicação de bens ou transações digitais deixam de acontecer. Na sua origem, nos anos 90, esta tecnologia era desenvolvida sobretudo na área da banca e das criptomoedas.

Mas o nível de desenvolvimento, complexidade e segurança são de tal ordem que a blockchain está a conquistar inúmeros utilizadores e setores de produção. De acordo com o estudo Market Sizing Tool, da CB Insight, estima-se que o investimento anual em soluções baseadas em Blockchain chegue aos 16 mil milhões de dólares até 2023.

Pelo crescente desenvolvimento e utilização das cadeias de blocos no quotidiano, qualquer profissional especializado nesta tecnologia terá um grande destaque no mercado.

A especialização na área serão fatores diferenciadores para os profissionais no mercado, pelo que aposta em formação dedicada a Blockchain será a chave para evoluir.

5 áreas que beneficiam de Blockchain

Embora sobretudo associada a criptomoedas e atividade bancária, a Blockchain está a expandir-se para cada vez mais setores e a ganhar outros usos.

Da já conhecida banca até à educação ou saúde, diferentes áreas a viver uma verdadeira disrupção em função das potencialidades desta tecnologia.

1. Segurança da informação

Numa era de digitalização em todas as formas de consumo e serviços, manter a segurança de dados e informações privadas está sempre na ordem do dia.

Para alcançar ótimos níveis de ciber segurança, muitas indústrias e setores estão a contar com blockchain no seu cerne, por permitir encriptação segura dos dados e descentralização da informação.

Nos EUA, as máquinas utilizadas para votar em qualquer eleição estão sujeitas a ataques e falhas. Assim, a blockchain vem desenvolver um melhor sistema para impedir fraudes eleitorais.

Pensando ao nível dos transportes, a compra de bilhetes envolve uma grande quantidade de informação privada. A pensar nisso, a companhia aérea russa S7 Airlines tem um sistema assente em blockchain para garantir a segurança dos dados e das transações bancárias.

2. Cultura e entretenimento

A blockchain está a transformar a compra de peças de arte e o próprio conceito de arte. Para além de reduzir custos, também permite difundir as peças enquanto Non Fungible Tokens, items digitais que perduram, que representam algo único e que permitem um acesso global às obras.

No mundo de arte digital, os NFT são utilizados para certificar a propriedade das peças, valorizando as criações. Recentemente, uma representação artística do código criador da WWW foi vendida pelo seu criador por 5.4 milhões de dólares, tornando-a um dos NFT mais caros até à data.

Aqui, a blockchain é utilizada como forma de assinar e registar cada peça, garantindo que não é possível falsificá-la e que o artista recebe os devidos direitos por ela.

A indústria de gaming e e-Sports tem crescido exponencialmente. Durante os jogos e transmissões desses online, é possível oferecer donativos e até fazer compras, envolvendo risco nas transações.

Assim, nascem empresas como a Enjin Coin, uma criptomoeda utilizada para compra e trocas de cerca de mil milhões de digital assets. Com uma base descentralizada, possível com blockchain, as plataformas de jogos conseguem assegurar trocas monetrárias mais seguras e transparentes.

3. Telecomunicações

Cada vez mais entidades, indivíduos e organizações recorrem ao armazenamento em cloud, assim como uma série de aparelhos opera recorrendo a ela.

A tecnologia blockchain é útil por várias razões neste campo, destacando-se a descentralização e segurança dos dados armazenados e a otimização de custos de manutenção. Sem intermediários ou necessidade de supervisão extra, o acesso não solicitado à cloud é bloqueado.

Para os aparelhos eletrónicos a funcionar de forma autónoma, no que designamos como Internet of Things (IoT), a blockchain permite que um aparelho se conecte e interaja sem recurso a uma central.

Em 2015, a IBM e a Samsung conseguiram-no com sucesso, lançando o ADEPT com base nessa tecnologia. Assim, a blockchain assume-se como “espinha dorsal” para a vasta rede de aparelhos, que de forma autónoma comunicam e gerem atualizações do sistema, bugs e energia.

4. Serviços financeiros

A área financeira é aquela onde mais serviços estão a ser transformados e melhorados pela blockchain.

A empresa Ripple, cujos serviços se baseiam na tecnologia de blocos, uniu-se a alguns dos seus clientes, entre eles bancos como Santander ou Western Union, com o objetivo de otimizar a eficiência de pagamentos além-fronteiras.

Também outras entidades estão a apostar nesta tecnologia para as suas transferências, reduzindo exponencialmente os custos de tempo e dinheiro antes utilizados na verificação das transações.

Na bolsa, torna-se mais simples e automático investir e gerir ações graças à blockchain, como a plataforma tZero faz. A grande vantagem é conseguir conectar de forma segura e imediata as empresas e os bancos, não colocando em risco as quantias avultadas de investimento.

Ainda, graças à encriptação de informações e à impossibilidade de duplicar quantias ou pagamentos, com blockchain reduz-se de forma significativa o risco de fraudes bancárias e de lavagem de dinheiro.

5. Logística e infrastruturas

Para além de transações digitais, a tecnologia blockchain inclui objetos e itens tangíveis. Tirando partido das vantagens que esta traz para o setor de transportes, criou-se um aliança (BiTA) para perpetuar os standards da indústria entre os seus colaboradores.

Esta é a maior aliança comercial baseada em blockchain que existe, com o propósito de educar os profissionais do setor para as potencialidades desta tecnologia no seu trabalho: melhoria nas transações, acompanhamento de envios, gestão de frota, identificação de falhas de segurança alimentar ou otimização de rotas de entrega são algumas das tarefas possíveis de desenvolver com blockchain.

Num nível quotidiano, a blockchain vem ainda permitir reduzir a burocracia numa série de serviços e setores, incluíndo o imobiliário. Na compra e venda de casas há inúmeros documentos envolvidos, com maior risco de perda de confidencialidade ou fraude.

Empresas como a Propy e Ubitquity desenvolveram ferramentas baseadas em blockchain que permitem guardar, acompanhar e transferir títulos, garantir o rigor dos documentos e reduzir “a papelada”.

Nos últimos anos, assistimos ao desenvolvimento da blockchain. Além da bitcoin, esta tecnologia vem transformar diferentes setores e de formas variadas. As suas potencialidades tornam-na uma das tendências seguidas com maior atenção e qualquer profissional que se especialize na área estará na vanguarda tecnológica.

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Equipa Inovação Opinião

O impacto do trabalho remoto em IT

O trabalho remoto em TI assumiu-se como regra durante a pandemia e foi responsável por transformar o setor. Seja pelo destaque de certas funções, pela adoção permanente deste modelo ou pelas possibilidades que representa para organizações e profissionais, o teletrabalho trouxe várias mudanças ao mercado.

Adoção do trabalho remoto em TI

Impulsionado pela pandemia de COVID-19 em 2020, o teletrabalho estendeu-se a uma grande parte das organizações. Por força das circunstâncias, este modelo de trabalho assumiu-se como uma forma de continuar a produzir e de manter o mercado em funcionamento, colocando equipas a colaborar à distância e transformando o dia a dia profissional.

A evolução tecnológica permitiu levar a digitalização dos negócios mais longe, uma tendência que se mantém em 2021. Do mesmo modo, as ferramentas de produtividade digitais trouxeram a oportunidade de gerir equipas remotas, promover a comunicação online e alcançar bons resultados, mantendo a organização em pleno funcionamento.

Assim, esta forma de trabalhar à distância estendeu-se a diversas áreas de atuação e o mercado das TI não foi exceção. Sobretudo, há uma grande percentagem de trabalho desenvolvido inteiramente no digital e com pouca necessidade de reunir presencialmente para levar o trabalho a bom porto.

Ao mesmo tempo, como refere Beatriz Matias, Talent Acquisition Team Leader da Olisipo, “as empresas têm mesmo de se adaptar a esta nova realidade, ou ter dificuldade em reter talentos”. A adoção transversal do teletrabalho revelou ter um papel muito importante para o futuro e sucesso das organizações.

O boom em várias áreas

Com a adoção do teletrabalho por parte de muitos mercados e indústrias, assistimos tanto à oferta crescente de oportunidades certas funções como à procura de maior flexibilidade por parte dos profissionais.

Por um lado, a crescente digitalização dos negócios traz uma necessidade de desenvolver as plataformas de trabalho virtual, software e hardware para alcançar todo o seu potencial. Neste âmbito há funções com maior procura no mercado de TI por serem fundamentais para assegurar o pleno funcionamento digital das organizações:

  • Programação e desenvolvimento
  • Gestão de projetos
  • Software Testing e QA
  • Cibersegurança e gestão de dados

Por outro lado, a capacidade de mostrar ótimos resultados mesmo à distância trouxe aos profissionais de TI a vontade se manterem em trabalho remoto (de forma parcial ou total). “Temos de abrir aqui um bocadinho os horizontes, temos tecnologias que permitem realizar teletrabalho”, diz Beatriz. Face a esta oportunidade, um dos benefícios para quem procura mudar de projeto profissional é a flexibilidade oferecida pela empresa.

Os profissionais que procuram esse benefício revelam que, cada vez mais, valorizam um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, que o teletrabalho lhes tem trazido. Como diz Beatriz, o “salário emocional é tão ou mais importante que o financeiro para os candidatos”.

Além disso, outro dos fatores mais relevantes prende-se com o foco e produtividade. Muitas tarefas requerem concentração, então trabalhar num espaço mais confortável e silencioso (como a própria casa) promove precisamente essa dedicação. Como consequência, os resultados dos colaboradores melhoram e a organização beneficia desse crescimento concertado.

Adaptação para reter talento

A escassez de talento nas TI é um desafio constante para as empresas. Há uma procura que supera a oferta e, por essa razão, as organizações devem perceber o impacto que o teletrabalho tem para a atração e retenção de talento.

Como referimos antes, os profissionais procuram cada vez mais empresas que se adaptem a novas exigências e tendências. Nesse sentido é essencial que a organização demonstre essa abertura e evidencie um espírito inovador, promovendo a retenção de talento.

Segundo Beatriz, oferecer condições vantajosas para manter o trabalho remoto em TI é uma estratégia relevante para o funcionamento da organização. Este fator assume-se como elemento diferenciador face à concorrência, que ainda não mostra abertura para essa implementação.

As tecnologias permitem, cada vez mais, adotar o teletrabalho como modelo para uma série de equipas e funções. Há inúmeras aplicações, plataformas e programas que contribuem para a produtividade, gestão e comunicação.

Além disso, através de formação contínua os profissionais adquirem as competências essenciais para colmatar eventuais lacunas. Deste modo, as equipas são preparadas para a nova realidade de trabalho e contribui-se para ótimos resultados e projetos de qualidade na organização.

As mudanças constantes no mercado de trabalho trazem desafios acrescidos à contratação e retenção de talento. O trabalho remoto em TI veio impactar a procura por certas funções, fulcrais à digitalização dos negócios. Ao mesmo tempo, pôs em evidência o que os colaboradores mais valorizam e onde o “salário emocional” ganha peso.

Apostar na oferta de teletrabalho é um fator de diferenciação, que coloca as organizações que adotam em grande vantagem no mercado.

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Inovação

Tendências aceleradas pela Tecnologia em 2021

O panorama da tecnologia em 2021 vive cada vez uma maior aceleração. Além das tendências que já se verificavam nesse ritmo frenético de inovação, estão a surgir várias oportunidades potenciadas pelo desenvolvimento tecnológico durante a pandemia de Covid-19.

O contexto pandémico que vimos surgir em 2020 colocou grandes restrições às formas de trabalho, de consumo, de lazer e de prestação de serviços que conhecíamos. As oportunidades digitais viveram grande expansão por se afigurarem como a única solução aos desafios criados.

Por sua vez, este rápido crescimento tecnológico acelerou outras tendências que continuaremos a ver crescer em 2021.

Novas ferramentas de trabalho

Segundo Tocha, Product Developer e Early Stage Investor da Olisipo Way, “a necessidade de fazermos o nosso trabalho à distância está a abrir caminho a uma nova forma de trabalhar”. As opções criadas pelo digital vêm transformar o modo como se trabalha, como se comunica e organizam tarefas e como a equipa produz em conjunto e “essa é claramente a tendência mais forte e clara para 2021”.

Nunca foi tão evidente a necessidade de inovação das organizações, que devem refletir sobre as suas formas de trabalho e como as potenciar. As ferramentas digitais mostram como há uma grande percentagem de trabalhos ligado a tecnologia que podem ser feitos de forma remota, fora de um escritório tradicional. “Isso significa desenvolvermos novos softwares e ferramentas para gerir equipas e projectos à distância”, diz Tocha.

Apesar de existir forma de transpor processos e métodos do presencial para o remoto, o objetivo deverá passar por rever esses procedimentos e transformá-los em algo mais eficaz. O novo mundo digital permite precisamente reinventar o que está obsoleto, melhorando resultados num regime remoto ou presencial.

Esta transformação abre ainda um espaço de negócio potencial no mercado, à medida que é preciso novas soluções. Como defende Tocha, “2021 é o ano para começar novas empresas e produtos, e a implementar essas novas ferramentas para que em 2023 consigam ter um impacto real na sociedade”.

Novos estilos de vida

À semelhança das formas de trabalho, muitos aspetos nos estilos de vida vão sofrer transformações. “Vamos também procurar outros serviços que se adaptem à nossa nova forma de viver, desde entretenimento a viagens, às compras até ao dia-a-dia”.

Os consumidores fazem novas exigências e as organizações e marcas deverão trazer resposta rapidamente.

As condições atuais, os desafios impostos pela pandemia e as necessidades que daí emergem são bastante diferentes do que se observava há poucos anos e aí há um grande potencial de mercado. Por exemplo, Tocha diz que ainda este ano “quando o vírus deixar, gostaria de passar 2 semanas num alojamento simples no Alentejo a trabalhar remotamente com a minha mulher enquanto os nossos filhos frequentam um ‘retiro’ onde possam em vez de estar apenas de férias aprender novas skills ligadas à natureza”.

Êxodo urbano e transformação rural

Em estreita ligação com a transformação de estilos de vida, vamos assistir à revitalização de zonas rurais e interiores. Com o desenvolvimento da tecnologia apropriada ao trabalho remoto, surgirá a hipótese de sair das cidades – até aqui, locais quase exclusivos para a grande maioria do mercado de trabalho.

Bastará que se preencham as necessidades tecnológicas essenciais à comunicação e trabalho remoto para se trabalhar e produzir noutros ambientes. Desta forma vamos assistir ao proliferar de “novos estilos de vida, novas formas de trabalhar e também novas formas de viver”.

Áreas rurais que até aqui sofriam com desertificação vão ver chegar maior número de população, que procurará outras vantagens que não encontra nas cidades. Será necessário garantir uma série de infraestruturas nestes novos locais de trabalho remoto, o que, por sua vez, irá trazer novos desenvolvimentos em diversos aspetos e setores.

Maior personalização da oferta

A tecnologia abre uma série de novas opções de criação, transformação e personalização de experiências. Cada vez mais “as pessoas querem sentir que os produtos e as marcas respondem diretamente às suas necessidades como ser humano e não que nos encaixem em produtos genéricos de mass market”.

Os consumidores estão mais exigentes e as marcas devem estar atentas a isso mesmo, utilizando opções assentes em tecnologia para desenvolver algo à medida. As respostas e a oferta no mercado deverão ter em conta a singularidade de cada consumidor, para captar de forma mais eficaz a sua atenção e interesse.

É preciso desenvolver estratégias e utilizar ferramentas que permitam conhecer os consumidores de forma mais detalhada. Só assim se torna possível desenvolver produtos que correspondam às suas necessidades e expetativas, de forma personalizada.

Dados, dados, dados

Na perspetiva da personalização da oferta, surgirá de forma mais acentuada a relevância dos dados. Tocha diz que apesar de não serem uma nova tendência, estão a ser potenciados com a inovação tecnológica a que temos assistido.

Há uma necessidade cada vez maior de recolher o máximo de dados e detalhes possíveis sobre os consumidores. Com estas informações vai ser possível que marcas e empresas criem ofertas de forma mais certeira para o seu target. Além disso, obtendo com antecedência os dados essenciais, consegue testar-se desde logo a relevância e hipóteses de sucesso do produto.

“Trabalhar em cima de dados vai-nos permitir melhorar todas as facetas das nossas vidas. Desde melhores produtos e serviços a melhor educação, trabalho, saúde”. A oferta e as soluções disponíveis caminham para se tornarem mais precisas e relevantes, já que terão em conta informações precisas sobre os consumidores reveladas a partir da análise e do cruzamento de uma série de dados.

Crescimento de negócios de nicho

A era da generalização parece estar a terminar, ou pelo menos a perder contra as ofertas personalizadas. Nesta linha, veremos desenvolver-se de forma muito rápida negócios de nicho, que se focam num produto muito específico para um público muito específico – e daí advém o seu sucesso.

Há inúmeras ferramentas, muitas delas gratuitas, que permitem neste momento que qualquer pessoa crie o seu negócio de Nicho, como nos diz Tocha. A aceleração da tecnologia virá permitir “criar negócios simples, muitas vezes geridos por 1 ou 2 pessoas, que conseguem almejar chegar aos seus clientes a nível global, clientes esses que serão cada vez mais de nicho”.

O foco não estará na expansão a clientes com diversos interesses, mas antes no desenvolvimento de um só produto, de forma aprofundada, certeira e de alta qualidade. Estes produtos de nicho vão interessar a clientes muito específicos, que procuram ofertas num mercado especializado e até exclusivo, reduzindo a dispersão de recursos e oferta em diversas direções.

Sem necessidade de espaço físico porque o digital e o remoto vivem um desenvolvimento suficiente para suportar os processos de venda, nascerá a hipótese de criar e expandir um negócio sem despesas maiores. Segundo as previsões de Tocha, “vamos assistir a uma explosão deste tipo de pequenos negócios online que faturam 3k, 5k, 10k mês e com custos baixíssimos para os seus fundadores, permitindo-lhes viver apenas desses negócios”.

eSports a crescer

Mesmo antes da pandemia, previa-se que 2020 fosse um ano de grande boom para a modalidade jogos online, e assim foi. O ano 2021 não será diferente e continuará a registar-se um grande desenvolvimento nesta área.

Por um lado, as principais marcas de hardware dedicadas a jogos estão a apostar largamente na qualidade das consolas. Por outro, a atenção dada a aspetos técnicos e de grafismo será também melhorada com o desenvolvimento tecnológico verificado.

Há mais jogadores a aderir à modalidade e crescem também as horas de jogo, exigindo mais aos fabricantes e às marcas. A par disso e de forma a acompanhar este crescimento, assistimos à criação ou desenvolvimento de redes sociais, plataformas e canais dedicados essencialmente aos eSports.

É o caso da Twitch ou do Discord, plataformas de comunicação e stream que viram um crescimento exponencial no último ano graças aos eSports. Atrave´s destas, gamers e amigos fazem jogos em direto e interagem live com o seu público. Em simultâneo, criam-se fóruns e canais de chat para diversos temas à volta dos jogos, dicas essenciais, tendências e notícias e dinamização de uma série de atividades.

A relevância do Discord é tanta que correm rumores que a Microsoft se prepara para, em 2021, fazer uma proposta milionária para a sua aquisição. Além da atração do público e das possibilidades de chegar a outras audiências, há um grande potencial para desenvolver as tecnologias Microsoft e conquistar espaço no mercado:

  • irá operar nos serviços de cloud Azure, da Microsoft, e aumentar as suas vendas de forma exponencial;
  • poderá concretizar a integração na consola X-box, que a Microsoft já potencia com o X-box Game Pass;
  • ganhará espaço no mercado de eSports e gaming e assumir uma posição forte contra as concorrentes como a PlaySation.

Moda digitalizada

As restrições à presença física em lojas tem trazido grandes desafios à indústria da moda e retalhistas. A pensar na experiência à distância, algumas marcas já estão a desenvolver opções alicerçadas no digital.

The Fabricant, Farfetch, Gucci são algumas das marcas a liderar esta digitalização. Em 2021, veremos crescer uma panóplia de inovações e também a generalização destas a outras marcas.

Florescimento da Green Tech

Se 2020 foi o ano de lutar contra o coronavírus a nível mundial, 2021 será o ano de lutar pelo ambiente no planeta. A pandemia veio despoletar uma série de boas ações a favor do clima, tanto a nível individual como legal, político e tecnológico.

Prevê-se que as tecnologias vão ter um papel de grande relevo no contributo neste campo. Além de potenciarem soluções efetivas para o setor das energias alternativas, irão influenciar também o comportamento de consumidores e produtores.

Um estudo do World Economic Forum destaca mesmo como as tecnologias digitais vão permitir reduzir as emissões de carbono em 15% a começar já este ano! Por exemplo, só o uso de Inteligência Artificial numa série de locais e serviços vai influenciar positivamente esse corte, já que contribuirá para que:

  • o consumo energético de Data Centers seja mais eficiente;
  • a previsão de produção de energias renováveis seja mais rigorosa;
  • as cidades sejam mais “inteligentes” com a otimização de transportes e de aparelhos para o estudo da qualidade do ar;

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Inovação Opinião

Parar é morrer: as empresas precisam de estar sempre a inovar

Se há lições a tirar em momentos desafiantes como o que atravessamos, o facto de que é preciso inovar constantemente parece-me ser uma das mais relevantes. Sobretudo nas empresas há que manter esta máxima sempre presente, ou a empresa corre o risco de estagnar e/ou desaparecer.

Historicamente, não são os mais fortes que sobrevivem mas os que melhor se adaptam às alterações. E isto aplica-se a gestores, a empresas, a líderes, a mercados, a comuns mortais…

Quando a Apple lançou o iPhone em 2005, a reação de Steve Balmer, CEO da Microsoft, foi de gozo: “500 dólares, sem teclado? É um desperdício de dinheiro e nunca vai funcionar”

Mais de uma década depois, os modelos de iPhone continuam a competir no topo do mercado de smartphones.

Este é apenas um dos milhares exemplos que vêm provar como o mercado se altera – e como só quem se adapta resiste. Haverá outros tantos exemplos perdidos para sempre na história, que nos mostram como a resistência à mudança ou fraca capacidade de adaptação não trazem mais que a morte dos negócios e empresas.

Os desafios no mercado são inúmeros:

  • Startups que proliferam e desafiam padrões;
  • Competidores que se reinventam e forçam mudanças nos modelos de negócio;
  • Gigantes que ameaçam “engolem” os mais pequenos;
  • Mercados inteiros que entram em auto-destruição através de guerras de preços
  • Governos e/ou reguladores que alteram significativamente as “regras do jogo”
  • Consumidores com novas necessidades que exigem novos produtos e serviços de maior qualidade.

Por isso, desengane-se quem acha que manter o negócio ao longo dos tempos é apenas uma questão de dinheiro e resiliência. É claro que isso ajuda, mas o segredo está numa mente crítica com capacidade para prever situações, criar soluções e adaptar-se tanto à mudança como às adversidades.

A importância de testar e falhar

Se o plano A falha, não é só preciso um plano B mas muitos outros. Com muitas experiências vamos “afinando a máquina”, conseguimos corrigir o que ficou mal e testar novas soluções.

Os processos de inovação não são necessariamente maus quando falham, mas é preciso que falhem tão rápido quanto possível, para rapidamente se aprender com o erro e repetir o processo de pensar, testar e instaurar novas ideias.

Quando nos parece que encontramos uma ideia que resulta, não paramos o processo de inovação, simplesmente viramos o foco para outra área, um novo produto, mercado ou modelo de negócio.

O responsável pela inovação

O papel que a inovação ganha nos dias de hoje, à luz do que vivemos, é tão relevante que não deve ser nem entregue ao CEO nem dividido pelas chefias intermédias. As organizações devem procurar identificar alguém que, transversalmente por toda a empresa, trabalhe com todas as chefias. O objetivo é promover essa cultura tão ágil quanto possível, que fomente a criatividade, as experiências, e que não permita que o medo de errar se torne castrador.

  • Analisar de forma transversal a cultura interna de trabalho e o mercado onde a empresa opera;
  • Promover e premiar experiências (e erros);
  • Incentivar mudanças organizacionais e de métodos de trabalho;
  • Garantir a comunicação interna de modo a manter toda a equipa informada e alinhada.

Para a empresa que instaura uma verdadeira cultura de inovação, qualquer momento de disrupção será acolhido como um novo desafio a conquistar, uma oportunidade de inventar algo novo e não como uma adversidade ameaçadora.

Independente de a empresa estar bem ou mal, qualquer altura é o momento certo para inovar. Se está a atravessar um mau período, a sua reinvenção é a bóia de salvação; é preciso tentar algo diferente do feito até ali e que não resulta mais. Se estiver ótima, então é a altura ideal para testar novos processos, aproveitando a “folga” que tem e conquistando a mudança.

Afinal como diz Tom Peters: “Estão demasiadas coisas a acontecer demasiado depressa para o remediado ter sucesso”.

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Inovação

Olisipo Way: um ecossistema de inovação e empreendedorismo

Não depender de um cliente, de um produto ou de um mercado foi o objectivo que em 2007 nos propusemos atingir quando desenhámos a estratégia que a Olisipo tem vindo a implementar nos últimos anos.

Em 2014 estas palavras contextualizavam a realidade do negócio da Olisipo. Comemoravam-se os 20 anos da empresa e assinalava-se o percurso dos últimos anos: a Olisipo tinha crescido, diversificado o seu negócio, investido na qualidade dos serviços, na excelência da equipa, na inovação, e tinha incentivado a criação de mais de uma dezena de novas empresas com ofertas, visões e lideranças próprias. Estávamos na génese do que é hoje a Olisipo Way.

Um berço de Startups

Começaram a ser lançadas as sementes do crescimento, inovação e internacionalização que caracterizaram o ecossistema da Olisipo, tantas vezes chamado de Grupo Olisipo.

A vontade de ter uma incubadora de empresas, expressa entre as linhas estratégicas definidas em 2007, começou naturalmente a dar frutos e os braços da Olisipo começaram a receber vários projectos empresariais. E começaram a chegar de várias formas e movidos por objectivos muito diversos.

Se a primeira vaga de projetos veio de colaboradores experientes e com ideias de negócio e espírito empreendedor, rapidamente elementos externos à Olisipo começaram também a ser atraídos por este ecossistema e a propor a concretização, em conjunto, de novas empresas e projetos.

Situações em que as pessoas vieram ter connosco, algumas com ideias de projectos e com capacidade de os implementar e outras só com a ideia, mas a necessitar de alguém que os ajudasse a implementar.

Olisipo Way: a consolidação de um projeto de inovação

Equipa Olisipo Way brainstorm
Sessão de trabalho com equipa de founders Olisipo Way

Em menos de uma década o “Grupo Olisipo” cresceu e já envolvia cerca de 20 empresas, com um universo a rondar os 550 colaboradores.

Em 2015 deu-se o passo natural no sentido de consolidar este ecossistema, uma comunidade de empresas tão pr´oximas mas ao mesmo tempo tão autónomas.

Com o nascimento da Olisipo Way passaram a estar agregadas, sob uma só entidade, todas as empresas onde esta sociedade detém capital social, incluindo a Olisipo, a mais antiga e sólida empresa deste grupo e que tem sido a empresa pivot de todo o ecossistema.

Investimento

A Olisipo Way é uma Early Stage Venture Firm. Tal como o nome indica, o investimento é focado em projetos e startups em fase precoce, tal como acontecia na génese inovadora da Olisipo. Mas mais do que investimentos meramente financeiros, o objetivo continua a ser ajudar estas empresas a crescer, numa lógica operacional de hands on em todos os projetos e com uma equipa e uma estrutura dedicada a apoiar todas as necessidades adminsitrativas, financeiras, recursos humanos, marketing e vendas.

A Olisipo Way investe em projectos que poderão fazer a diferença na área das Tecnologias de Informação, aplicadas aos mais variados negócios e setores.

Comunidade

Criar uma empresa é um processo difícil. Todos os dias há decisões complicadas para tomar e a resiliência é obrigatória. Ser flexível é uma prioridade. Mas, muitas vezes, isso não chega.

A comunidade Olisipo Way envolve fundadores, gestores e especialistas e tem uma metodologia única para aconselhar e ajudar qualquer empreendedor. Nada melhor que ouvir a diferença pela boca de quem passou pela experiência:

A Olisipo Way é comunidade. Empreendedores, inovadores, criadores e fazedores. Conhece os projetos e as caras desta grande equipa. Fazeres parte dela só depende de ti.

www.olisipoway.com

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Inovação

Do ecrã para a realidade: tecnologias de filmes que ganharam vida

Prever o futuro? Trazer inovação? Ou meras coincidências? Há muito que a tecnologias inspira vários filmes e vice-versa. Em semana de entrega de Óscares falamos de tecnologias de filmes que saltaram do grande ecrã para a vida real.

1. Carros autónomos

“Desafio Total” (1990) trouxe-nos o futuro com táxis sem condutores, onde robôs com cara de boneco fazem a vez de taxista apenas falando com os passageiros. Assim os automóveis seguem sem se tocar em volante ou pedais, enquanto “Johny Cab” faz conversa.

 

Fora os robôs, estes táxis são iguais aos carros autónomos de que ouvimos falar nos últimos anos. A marca Waymo é uma das produtoras mais conhecidas destes veículos, utilizando-os também para fazer entregas de encomendas. Também a Tesla tem uma série de tecnologias para automatizar a condução, além de propor túneis próprios para estes veículos circularem e escaparem ao trânsito.

2. Casas inteligentes

“Uma Casa dos Diabos” (1999) é literalmente uma comédia sobre uma casa inteligente. Muitas das tecnologias do filme existem hoje na vida real, com exceção do sistema virtual que se apaixona pelo nosso pai.

A assistência virtual é permitida pelo desenvolvimento de Inteligência Artificial, que executa várias tarefas em pequenos aparelhos ou mecanismos de maior dimensão num determinado espaço.

Como mostrou o sistema de IA Google, fazer uma chamada, pesquisar um restaurante, desligar as luzes da sala ou baixar estores são algumas das ações hoje possíveis, desenvolvida e comercializada por várias gigantes tecnológicas.

3. Hover boards e atacadores automáticos

A trilogia de “Regresso ao Futuro” (1985-1990) mostrou-nos várias tecnologias curiosas. Quem é que se esquece da famosa máquina do tempo DeLorean?

Não viajamos no tempo, mas temos hover boards. Na realidade estas pranchas não flutuam como no filme, mas servem o propósito ao deslocarem-se sem esforço humano. Com recurso a baterias, basta inclinar o corpo para direcionar esta espécie de skate, que até consegue fazer subidas íngremes.

As sapatilhas que a personagem de Marty usa não têm atacadores, facilitando a vida de quem as calça. A Nike sabe o jeito que isso dá e após dez anos de pesquisa lançou finalmente a HyperAdapt, uma tecnologia baseada no filme que traz atacadores automáticos. A promessa é a de que o sapato se adapta ao formato do pé, apertando no ponto ideal e mantendo o conforto. Depois há todo um sistema de luzes nos ténis para nos avisar que o sapato está a ser ajustado e que não devemos interferir.

4. Cartazes luminosos

Já estamos habituados a ver as publicidades gigantes que fazem de cidades como Nova Iorque um lugar que nunca dorme. Mas estes cartazes luminosos apareceram cedo no filme “Blade Runner: Perigo Iminente” (1982), iluminando a cidade futurista onde se desenrola a história.

Hoje vemos estes cartazes luminosos em grandes cidades, ao longo de fachadas de prédios ou à entrada de lojas. Repletos de publicidade e animações para quem passa, é impossível não reparar neles.

5. Chamadas de vídeo, tablets e assistentes virtuais

Há quem sinta que “2001: Odisseia no Espaço” (1968) previu o futuro, tanto por alguns acontecimentos que se vieram a concretizar como por tecnologias do filme que passaram para a realidade.

O super computador Hal-9000 era o vilão no filme de Stanley Kubrick e controlava uma nave espacial inteira. Através de comandos de voz, o computador desencadeava ações pedidas pela tripulação – mas também lhe desobedecia. Hoje esta tecnologia passa do filme para a realidade através de assistentes virtuais com recurso a IA, mas felizmente ainda não têm vontade própria para nos trancar no WC de casa.

Os tablets e iPads são já objetos comuns do nosso dia a dia, mas os primeiros modelos só surgiram mais de vinte anos depois da aparição neste filme. Aqui eram utilizados para comunicar com o sistema operador da nave e supervisiona-la.

Destacamos ainda as chamadas de vídeo, hoje feitas com bastante facilidade em diversos softwares. No entanto Kubrick criou-as nos anos 60 com uma sequência de conversa em vídeo neste filme, um bocado cómica à luz da inovação que conhecemos hoje.

Alguns destes filmes foram nomeados para vários prémios e conquistaram o Óscar na categoria de Efeitos Especiais, nos anos em que concorreram. É o caso de “2001: Odisseia no Espaço” ou “Regresso ao Futuro II” e não é de admirar, quando vemos hoje que trouxeram inovação para a vida real.

Vamos ficar atentos aos Óscares 2020 para descobrir se algumas das tecnologias de filmes nomeados, no futuro, se concretizam também.

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Acerta em cheio com prendas Tech este Natal

O Pai Natal está a chegar, mas será que traz as prendas certas? Não ofereças meias, temos 8 sugestões de presentes para surpreenderes este ano.

1. Assistente Inteligente para casa

Por esta altura, já todos conhecemos os assistentes pessoais com Inteligência Artificial nos telemóveis que nos facilitam algumas tarefas. Está na hora de alargar as utilidades destes sistemas de Inteligência Artificial! Empresas como a Google ou a Amazon estão a apostar em aparelhos que tornam o quotidiano mais simples e tecnológico. Fazer chamadas em alta voz, acender ou apagar luzes, mudar de canal, fazer compras online, ouvir música, controlar eletrodomésticos, saber o estado do tempo, adicionar eventos no calendário digital… tudo é possível através de comandos de voz com aparelhos como Google Home ou Echo.

assistentes inteligentes casa

Ideal para: casas inteligentes

Desde: $19,99 (€17,53)

2.  Caixa de música geek

O presente que cai nas graças de miúdos e graúdos. Estas pequenas caixinhas de música, que cabem na palma da mão, já por si são uma prenda curiosa, mas ficam ainda melhores quando tocam temas de Star Wars, Harry Potter, Guerra dos Tronos, Bela Adormecida ou Frozen.

Basta girar a pequena manivela para ouvir parte dessas músicas. Além disso, cada caixa tem uma imagem identificativa do filme a que pertence. Podem ser encontradas em sites como ebayAmazon ou Aliexpress.

Ideal para: amantes do cinema

Desde: €5,57

3. Leitor e-read

Só os amantes da leitura sabem o quão chato é carregar os pesados volumes de Guerra e Paz ou querer tomar um banho de espuma e não poder ler sem o perigo de transformar o livro numa sopa de papel. Calma: o modelo Kindle Paperwhite 4, da Amazon, promete leituras confortáveis em qualquer lugar.

Com um design mais leve e à prova de água, o modelo de 10ª geração do leitor pode ter 8 ou 32GB de memória interna, Bluetooth para auriculares sem fios (o que permite ouvir áudio livros) e ligação Wi-Fi.

Ideal para: ganhar ou potenciar hábitos de leitura

Desde: $129,99 (€113,99)

4. Caixa de areia automática

Os tempos de limpar a areia dos gatos com uma pá estão perto do fim. Várias empresas de tecnologia têm apostado no que podemos chamar de sanitas inteligentes para os companheiros felinos. Com diversos sistemas de funcionamento, desde um manípulo na SmartSift, uma espécie de autoclismo na CatGenie ou uma esfera robótica na Litter Robot, estas caixas conseguem filtrar a areia suja para outro compartimento, que depois se retira e esvazia no lixo.

Recentemente, a Petato, marca inovadora de tecnologia para cuidados dos animais domésticos, lançou a Footloose. Esta versão, com um sistema giratório, promete um funcionamento mais eficaz, faz rastreios de saúde ao gato, elimina maus odores, notifica por smartphone quando o depósito de lixo está cheio e evita espalhar areia ao sair da caixa.

Ideal para: quem tem vários gatos

Desde: €108,05

6. Carregador wireless (e tudo o mais)

Chegar a casa, amontar o telemóvel com correio, chaves do carro e cartões ao molho, para depois passar uma vida a encontrar o que se quer… quem nunca? Mas já pode deixar de perder tempo com isso, porque há opções que garantem a organização de cada item logo que esvazia bolsos e malas.

São pequenos tabuleiros que oferecem divisórias para cada objeto e até incluem uma base wireless para carregar o telemóvel. A marca Walter Wallets oferece ainda opções em bambú, aliando a sustentabilidade ao design elegante.

Ideal para: organizar a chegada/saída de casa

Desde: €40

5. Despertar com café

A Barisieur desenvolveu o alarme perfeito para os viciados em café. Assim que o despertador toca, a máquina integrada começa a preparar café de filtro à moda antiga. Um verdadeiro ritual, onde a nostalgia impera mas a inovação também.

Com design de inspiração escandinava, o despertador Barisieur pode ser colocado em qualquer divisão da casa. Se ficar no quarto, tem o benefício de ter o café quente acabado de preparar, logo ao alcance desde a cama.

Ideal para: quem bebe café ainda antes de respirar

Desde: £345 (€388,32)

7. Fazer sumo pelo caminho

Todos nós temos aquele amigo viciado em batidos de fruta, que não bebe mais nada a não ser isto. Mas também sabemos o quão aborrecido é perder tempo a preparar fruta, colocar na misturadora (que por vezes parece uma picareta a partir calçada), tirar para copo take away e colocar logo o jarro dentro de água para não ficar com fruta agarrada até ser lavado. Borinnnnng.

Mas há solução! Marcas como PopBabiesVitamer ou BlendJet estão a revolucionar as manhãs com liquidificadores portáteis, que fazem de copo também, permitindo fazer estes sumos em qualquer lugar e sem necessidade de ligar à corrente.

Um 2 em 1 de pequenas dimensões e pouco peso, perfeito para quem não quer abdicar de bebidas saudáveis em nenhum momento.

Ideal para: vida agitada mas saudável

Desde: €34,95

8. Montar um computador para crianças

A inovação tecnológica evolui e multiplica-se de dia para dia. E se as crianças crescem desde cedo com a presença de aparelhos digitais, por que não coloca-las na origem destes?

Marcas como KanoThe Grommet ou MakePi estão empenhadas na educação tecnológica com diversos produtos. Descubra os kits de programação e montagem, que dão às crianças as ferramentas necessárias para construírem o seu próprio computador e aprenderem as bases da programação com kits bastantes completos.

Ideal para: criatividade e concentração

Desde: €90

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Inovação

ETER9 e a vida eterna… virtual

A eternidade sempre fascinou o homem. Da fonte da juventude à criopreservação do corpo e cérebro, tanto a realidade como a fantasia se ocupam com o prolongamento da vida humana. Mas e se já for possível ser imortal através de inteligência artificial?

De facto, já pode manter a sua presença viva neste mundo após morrer. Isto é possível com a rede social ETER9 (lida “eternine”), criada pelo português Henrique Jorge, de 50 anos, que faz uso de sistemas (e consequente desenvolvimento) de inteligência artificial (IA). A novidade já circula internacionalmente, colocando publicações estrangeiras a falar do caso.

A ideia e o projeto de Henrique Jorge surgiram em 2009, na tentativa de recriar a presença do pai, já falecido, no mundo. Para isso, fez uso das possibilidades trazidas no virtual e desenvolveu um programa de IA que consegue reproduzir ações como um utilizador na rede social.

Na versão da rede hoje utilizada por 60 mil pessoas, lançada em 2015, a máquina absorve e aprende com cada publicação e interação que o utilizador ali faz. Quanto mais ações a pessoa realizar, mais rigoroso será o desempenho da contraparte (ou segunda metade, segundo o criador) que, quando o utilizador fica offline, continua o “trabalho” por ele na rede.

Ao jornal Observador, Henrique Jorge diz sobre Eter9 que “Eu agora estou aqui, não estou ligado à rede, mas tenho na plataforma a minha segunda metade digital, que está a fazer algo por mim, com alguma influência minha devido ao meu perfil, mas está a fazer algo sozinha. O mais bonito é eu chegar ao final do dia e ir ver o que ela fez por mim e ensiná-la um pouco, porque se eu a corrigir ela aprende. O projeto está muito embrionário, mas a ideia é que seja o meu doppelganger (um sósia)”.

Na prática, isto reflete-se em publicações geradas também pelas contrapartes. O sistema de inteligência artificial terá apreendido, analisado e transformado a informação necessária para conseguir reproduzir fielmente a ação do utilizador. A publicação feita pela IA será tão convincente que ninguém desconfiará que não está ninguém (humano) do outro lado.

Curiosamente, a série Black Mirror da plataforma Netflix dedica um episódio à exploração desta ideia (“Be Right Back“), contando como uma mulher que perdeu o marido decide dar uma hipótese a uma tecnologia que, apreendendo todas as interações da pessoa nas redes sociais, recria com incrível semelhança um avatar seu e que permite manter o contacto. Afinal, parece que “Nós, humanos, pensamos todos de uma forma muito semelhante, é verdade”, diz Henrique Jorge ao Observador.

Parece assustador? Na verdade, deixou-nos bastante surpreendidos com a capacidade que os sistemas de inteligência artificial têm para aprender e reproduzir ações. O projeto continua em desenvolvimento, sendo ainda uma versão beta, e é aperfeiçoado à medida do seu crescimento. Henrique Jorge trabalha agora com mais investidores e planeia, para 2020, ter 10 milhões de utilizadores nesta rede social vinda do futuro.

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Formação Inovação

Mais velocidade, menos falhas, maior ligação: a rede 5G vem aí

Longe vão os tempos dos telemóveis analógicos e das transferências por infra-vermelhos. A rede 5G, nova geração de tecnologia sem fios, promete mais vantagens, potenciando a ligação entre dispositivos e a navegação rápida na rede.

Segundo o site PCMag, a transmissão 5G vem trazer três novos aspetos aos utilizadores: “maior velocidade (para mover mais dados), menor latência (ser mais responsivo) e a capacidade de conectar muitos mais aparelhos ao mesmo tempo (para sensores e dispositivos smart)”.

Com benefícios para a vida quotidiana, ambientes profissionais, economia ou indústria, a rede 5G manifestou os primeiros sinais de vida em 2017 e já há empresas, como as norte-americanas AT&T e Verizon Wireless, a preparem o lançamento da rede móvel e doméstica para este ano.

Pela Europa, a Comissão Europeia designou, em fevereiro de 2018, um Observatório Europeu 5G para “monitorizar atentamente o progresso dos objetivos da conectividade europeia para um Mercado Único Digital em 2025”, segundo o site oficial. Este ano ainda, a Comissão planeia investir 200 milhões de euros no lançamento de grandes projetos-teste pré-comerciais, no contexto da Parceria Público-Privada em Insfrastruturas de 5G.

As novidades

Enquanto as potencialidades da rede 5G crescem, nomeadamente a nível da Internet das Coisas (Internet of Things), os modems e dispositivos emissores de rede diminuem de tamanho e a conectividade entre aparelhos multiplica-se. Para a história ficam as anteriores gerações de internet à medida que o 5G nos traz o futuro em vídeos ultra HD, sistemas de casa inteligente e melhor acesso à Internet.

Todas as redes poderão ser reunidas numa só plataforma. Os módulos do 5G serão mais acessíveis, de baixo consumo e pequena dimensão, multiplicando a sua presença pelas casas, escritórios, escolas e mãos de cada um – poderá ser o fim das gigantes torres de antenas emissoras, segundo o PCMag.

A baixa latência, isto é, a resposta imedita a um pedido feito na rede, alia-se à rapidez no 5G potenciando o streaming de vídeos, mesmo em alta qualidade, e até o desenvolvimento da realidade aumentada para a vida quotidiana. A conectividade a nível global e sem falhas é um dos grandes objetivos a alcançar.

Presente em praticamente todos os dispositivos eletrónicos, tanto domésticos como profissionais, grandes ou pequenos, o 5G quer uni-los e potenciar o seu uso. A internet pode tornar as casas inteligentes uma realidade comum, assim como aumenta a segurança nos carros e facilita a sua condução, com o objetivo máximo de desenvolver viaturas que não precisam de condutor e que comunicam com estradas inteligentes.

A robótica e a economia podem beneficiar da rede 5G em larga medida: desde robôs operados à distância, a linhas de produção capazes de tomar decisões, a produção aumenta e os custos diminuem.

Em Portugal

A Anacom anunciou, em março, a preparação do lançamento da rede 5G. Após um estudo sobre qual a melhor faixa de frequência a usar para a nova internet, no início de julho a Autoridade Nacional de Comunicações anunciou que seria libertada a faixa dos 700 MHz, “necessária ao desenvolvimento da 5ª geração móvel no quadro dos acordos internacionais e das determinações do Parlamento Europeu e do Conselho”.

Devido à libertação da faixa, até aqui usada para transmissão de Televisão Digital Terrestre (TDT), haverá uma migração da TDT para uma nova faixa de frequências. No entanto, “não será necessário adquirir novos aparelhos nem reorientar antenas”, como noticia o Pplware.

Vodafone tem vindo a preparar o 5G desde o final de 2017. Em junho deste ano, presidente executivo, Mário Vaz, afirmou que “o 5G já é possível” do “ponto de vista técnico”Dentro da empresa, o Vodafone Hub 5G, em colaboração com a Ericson, é o espaço responsável por testar e desenvolver a nova tecnologia, que Mário Vaz defende que será implementada à medida das necessidades do mercado.

Em parceria com a Huawei, a Altice mostrou em julho um terminal pré-comercial 5G que funciona com a sua rede. Espera-se que estes aparelhos comerciais estejam disponíveis em 2020, sendo que os de utilização comum só surgem num prazo de 4 anos.

Prevê-se que as mudanças a nível nacional e a transição de rede comecem no último trimestre de 2019 e decorram até 30 de junho de 2020, de acordo com a Anacom. A comunicação via 5G apenas ficará disponível ao público a partir desse ano.

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Inovação

Organização e produtividade: as melhores aplicações


Deixe no passado as pesadas agendas em papel, as atividades sobrepostas por esquecimento e a falta de tempo para respirar entre emails: temos 5 sugestões de ferramentas digitais que multiplicam a organização e a produtividade do seu dia-a-dia.

O planeamento que estas aplicações oferecem vai trazer-lhe dias mais calmos e mais tempo livre para fazer o que gosta. Experimente.

1. Google Calendar

Parece básico e demasiado óbvio falarmos de um calendário, mas acredite que é um dos melhores amigos em organização. Agende reuniões e jantares de amigos, envie convites para saber quem vai, reserve uma sala e faça tudo isso com antecedência.

O calendário da Google é um serviço gratuito e permite criar lembretes e definir alarmes, para que não chegue atrasado na hora H. Embora lhe apetecesse desmarcar o almoço com a sua sogra, vai saber que não pode combinar mais nada nesse momento porque já está ocupado.

Disponível como Google Agenda para aplicação no smartphone ou tablet, consulte este calendário em qualquer lugar e trabalhe nele no computador também.

Bom para: ambiente profissional, ambiente pessoal

2. MeisterTask

É uma excelente ferramenta para organização de metas e tarefas, tanto no plano gratuito como nos planos pagos. Está disponível para desktop e como app para iOS e Android.

Com o Meister Task programe e distribua tarefas, defina prazos, crie projetos e gira tudo dentro de uma só janela. Pode ainda organizar cada tarefa como estando Em Aberto, Em Execução ou Terminada – e assim está sempre a par do que há para tratar.

As tarefas aparecem listadas por ordem cronológica, mantendo-o a par do que está próximo e o que precisa de mais atenção. Se tem uma ideia ou precisa apontar algo que será útil dentro de meses, poderá fazê-lo no Meister Taks, garantindo que tudo é cumprido.

Nos planos mais completos, pagos, pode contar com automação de ações, criação de projetos de grupo, estatísticas e reports e atribuição de cargos e permissões.

Bom para: ambiente profissional, gestores de equipa/projetos

3. One Note

Útil como outras apps para tomar notas ou listas. Não oferece o nível de organização das restantes aplicações, mas é a mais eficaz para quem quer todas as “ideias” num local.

Sem alarmes, lembretes ou grandes pastas, serve para quem se organiza melhor por listas, podendo criar itens e marcá-los quando concluídos, ter a lista de compras sempre à mão ou anotar rapidamente um tema para o próximo brainstorm na empresa.

A melhor parte é que, tendo a ferramenta em todos os dispositivos, terá sempre as listas organizadas e poderá consultar, alterar e gerir como quiser a qualquer momento.

Bom para: ambiente pessoal

4. Boomerang

A melhor invenção desde a roda – para quem precisa de ter emails prontos para ontem e escreve à velocidade da luz porque tem de ser, o Boomerang será o seu melhor amigo em organização.

A extensão gratuita no motor de busca, para o Gmail, permite agendar o envio de emails, potenciando as pausas durante o dia para escrever e calendarizar emails para enviar a longo prazo.

Em cada rascunho que fizer pode saber qual o nível de “resposta” que pode esperar dos destinatários, indicando aspetos como a extensão ideal a usar ou a quantidade de palavras mais adequada. Aspeto negativo? A ferramenta é inglesa, pelo que não fará uma leitura “correta” de alguns indicadores em emails noutra línguas – ignore-os, nesses casos.

Outra característica útil são os lembretes associados aos emails que envia. É possível acionar alertas para que seja recordado caso não tenha resposta ao email enviado ou este não seja aberto dentro de um certo período de tempo. Nada cairá no esquecimento.

Bom para: ambiente profissional, emails

5. Google Assistant e Google Home

Acionado a partir de uma ordem vocal, o Assistente da Google realiza diversas ações e responde a várias ordens.

Se está a conduzir e precisa de enviar uma mensagem, ele fá-lo por si. Se quer procurar uma receita na internet, ele encontra-a por si. Se quer ouvir uma certa música, ele põe-na a tocar para si. Se quer saber quem acabou de lhe enviar uma mensagem, ele diz-lhe.

Espera-se até que ele seja capaz de fazer chamadas de voz por si. Em breve, reservas em restaurantes e marcações de cabeleireiro poderão ser operadas por este assistente.

Em ligação com as colunas da Google e outros aparelhos em casa, o sistema Google Home é acionado pela voz também. Consegue executar tarefas como aumentar a luminosidade da divisão para um despertar mais cómodo, tocar uma música específica em determinada altura do dia para nos animar, passar para o próximo episódio na Netflix ou encontrar o telemóvel perdido entre as almofadas no sofá.

Nunca mais precisará de voltar atrás para garantir se trancou a porta de casa porque, adivinhou, o Google Home fá-lo também.

Bom para: ambiente pessoal