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3 plataformas low-code que já não podemos ignorar em 2023

As plataformas de desenvolvimento low-code estão a tornar-se cada vez mais populares na indústria das Tecnologias da Informação. A tendência, que surgiu como um movimento tecnológico social, facilita o desenvolvimento de aplicações por profissionais que não são da área técnica, e acelera o desenvolvimento de aplicações e software por parte de developers profissionais.

Segundo a Gartner, projeta-se que o mercado global de desenvolvimento de tecnologias low-code alcance os 26.9 mil milhões de dólares em 2023, um crescimento de cerca de 20% desde 2022. Opina-se que os impulsionadores deste mercado sejam principalmente os chamados “business technologists” e o crescimento da hiper-automatização e iniciativas “Composable Business” (composabilidade) nas empresas.

O termo “composable enterprise” foi criado pela Gartner, para descrever um ‘approach’ modular à distribuição de serviços digitais e desenvolvimento de software. Por outras palavras, é uma arquitetura de aplicações “plug-and-play” onde vários componentes podem facilmente ser configurados e re-configurados.

Low-Code Development Technologies Revenue (Millions of U.S. Dollars) – Gartner (2022)

A hiper-automatização e composabilidade na adopção do desenvolvimento low-code

O interesse na hiper-automatização continua a crescer exponencialmente, devido às também crescentes necessidades de optimização operacional, à falta de profissionais habilitados, e a pressões económicas. A Gartner prevê que os gastos em softwares de hiper-automatização chegará aos 720 mil milhões de dólares em 2023. Parte destes gastos será direcionada às tecnologias de desenvolvimento low-code, incluindo LCAP, iPaaS, RPA, CADP e MXDP, que suportam processos de automatização, integração, análise de decisões e IA.

“As tecnologias de desenvolvimento low-code estão a suportar as ‘composable enterprises’ ao permitir a criação de soluções de software mais ágeis e resilientes”. Diz Jason Wong, analista na Gartner. “Estas tecnologias podem ser utilizadas para compôr e recompôr componentes modulares e PBCs (packaged business capabilities) para criar aplicações customizadas e adaptadas, para necessidades específicas.

Velocidade e agilidade no desenvolvimento de aplicações

O reduzido tempo de desenvolvimento e entrega de novas aplicações é provavelmente a vantagem mais fácil de identificar com o desenvolvimento low-code. Interfaces intuitivas para o utilizador, funcionalidades “drag and drop”, integração simples e com ferramentas de suporte, para além de opções de entrega “one-click”; todas estas facetas ajudam a certificar-nos que há um desenvolvimento mais rápido do que com o método tradicional. De facto, soluções low-code podem reduzir o tempo de desenvolvimento em cerca de 90%.

Redução de custos e recursos no desenvolvimento

A soluções low-code permitem a menos developers alcançar mais resultados, e até mesmo dar a oportunidade a profissionais que não sejam developers, de o fazer. Isto, obviamente que se traduz em custos reduzidos e um maior retorno para a empresa. Isto pode ser particularmente benéfico para empresas mais pequenas com equipas e budgets mais reduzidos.

Uma melhor colaboração entre developers e com clientes

Gerir o desenvolvimento de aplicações a partir de uma única localização promove uma maior e melhor colaboração entre developers. Vários indivíduos e/ou grupos podem ver exatamente que tarefas estão a ser cumpridas e por quem, permitindo-lhes colaborar para trabalhar nos mesmos módulos ao mesmo tempo.

As plataformas low-code muitas vezes trazem interfaces visuais e ferramentas drag-and-drop que permitem aos clientes participar no processo de desenvolvimento. Obviamente que com as suas possíveis complicações, mas este envolvimento pode também ajudar a que o produto final vá ao encontro das necessidades exatas do cliente, e melhorar a comunicação entre os developers e os outros stakeholders.

Criação de aplicações customizadas para necessidades específicas

Tal como já mencionado anteriormente mas merecendo o seu próprio sub-título, as plataformas de desenvolvimento low-code permitem aos developers criar aplicações customizadas para ir ao encontro das necessidades específicas dos cllientes. Isto pode ser particularmente benéfico em indústrias como a saúde ou financeira, onde poderão haver requisitos únicos e particulares, ou regulamentações restritas que tenham de ser seguidas à letra.

O desenvolvimento low-code já é utilizado com sucesso em várias indústrias. Por exemplo, na área da saúde, têm sido utilizadas na criação de aplicações que ajudam a melhorar o cuidado ao doente, e a tornar mais simples e diretas certas tarefas administrativas, dando mais tempo aos profissionais de saúde para se preocuparem com tarefas mais “humanas”. Na área financeira, o low-code tem sido utilizado para criar aplicações customizadas que ajudam empresas a gerir melhor o risco e ir ao encontro de todas as regulamentações. Na área do retalho, o low-code pode ser utilizado para criar aplicações que melhoram a transparência na cadeia de produção (supply chain) e optimizam processos de produção.

Como é que o low-code e Agile funcionam em conjunto?

As soluções low-code são desenhadas para providenciar um caminho mais rápido e mais produtivo ao desenvolvimento de software. Como tal, o low-code joga muito bem com a Metodologia Agile.

A metodologia Agile é um mindset que junta um número de metodologias de desenvolvimento de software. Na sua versão mais básica, a Agile foca-se em entregar valor para o cliente (customer value) muito rapidamente, através da colaboração entre developers e decisores, enquanto também se adapta aos requerimentos em constante mutação durante os ciclos de desenvolvimento. Isto permite às organizações melhor gerir a mudança constante, melhorando ao longo do tempo.

Plataformas eficientes low-code providenciam uma única e central localização para o desenvolvimento de software, promovendo a colaboração, implementando boas-práticas e automatizando processos de testes e feedback. Isto faz do low-code um “match” natural para a filosofia Agile.

Plataformas low-code mais usadas atualmente

1. Appian 

A Appian é uma plataforma low-code equipada com ferramentas de deployment nativas e opções de integração com ferramentas de DevOps como a Jenkins.

Desenhada para empresas de todos os tamanhos, a Appian permite aos seus utilizadores construir aplicações de business process management (BPM).

Essencialmente, as aplicações BPM ajudam as organizações a optimizar os seus processos de negócio. Sem dúvida, o Low Code é uma tendência no mundo dos negócios. Uma vez que essas plataformas tornaram o desenvolvimento de software muito mais acessível para todas as empresas.

2. OutSystems 

A Outsystems é uma plataforma de low-code “Omnichannel”, ou seja as empresas podem construir aplicações dentro de uma grande variedade de meios.

Dashboards de performance em tempo real e medidas de segurança reforçadas são algumas das características mais valorizadas, para além da capacidade de rápido desenvolvimento.

3. Microsoft PowerApps

As Power Apps são a plataforma low-code da Microsoft. É uma ferramenta particularmente útil para quem já utiliza o ecossistema Microsoft. As Power Apps tiram vantagem do Common Data Service (CDS). O CDS é uma colecção de entidades de informação que inclui relações entre entidades, as lógicas de negócio por detrás dessas entidades, e as formas de visualizar essas entidades.

As Power Apps são tipicamente utilizadas para prolongar processos dentro de aplicações Dynamics 365 e/ou no Office 365 ao fazer a ligação entre diferentes aplicações e organizações que coexistem dentro de um processo contínuo de negócio.

“High-productivity application platform as a service continues to increase its footprint across enterprise IT as businesses juggle the demand for applications, digital business requirements and skill set challenges.”

Gartner, 2018

Quer estejamos prontos a adotá-lo ou não, é inegável que o low code é já uma tendência no mundo dos negócios, uma vez que estas plataformas tornaram o desenvolvimento de software muito mais acessível para todo o tipo de empresas, e abriram outras portas aos profissionais.

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Meet The Team

Desde o primeiro dia, os colaboradores da Olisipo sabem que podem contar com uma equipa que os ajuda a encontrar o seu caminho, a identificar com a cultura da empresa e a transportar as suas carreiras até ao próximo nível.

Neste artigo agregamos todos os vídeos de apresentação da equipa de gestão da Olisipo. Damos a cara, com orgulho, por uma cultura empresarial que acredita na proximidade; confiança e felicidade das nossas pessoas.

Em constante atualização…

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As 7 funções em TI mais procuradas para 2023

A indústria da tecnologia tem sido algo polémica nos últimos meses, mas mesmo assim não há como negar o seu crescimento abismal e importância, e que todos os dias surgem novas necessidades, novas funções e oportunidades. É importante saber as diferenças entre as várias funções quando consideramos uma mudança (ou início) de carreira, para melhorar as hipóteses de conseguir aquela vaga de sonho. Neste artigo, ajudamos-te a identificar e clarificar 7 das vagas mais procuradas em IT.

1. Data Scientist

Os data scientists são uma nova geração de peritos em dados analíticos que têm competências técnicas para resolver problemas complexos – e a curiosidade para explorar que problemas precisam de ser resolvidos.

São parte matemáticos, parte informáticos e parte observadores de tendências (e parte feiticeiros, achamos nós). E, porque se encontram tanto no mundo dos negócios como no das TI, são muito procurados e bem pagos.

São também um sinal dos tempos. Os data scientists não estavam em muitos radares há uma década atrás, mas a sua súbita popularidade reflete a forma como as empresas agora pensam sobre big data. Essa enorme quantidade de informação não estruturada já não pode ser ignorada. É uma mina de ouro virtual que ajuda a aumentar as receitas – desde que haja alguém que investigue e encontre ideias comerciais que ninguém pensou em procurar anteriormente. É aqui que entra o Data Scientist.

Principais responsabilidades

  • Recolher grandes quantidades de dados desordenados e transformá-los num formato mais utilizável;
  • Comunicar e colaborar tanto com as TI como com os clientes;
  • Procura de ordem e padrões nos dados, bem como detectar tendências que possam ajudar ao resultado final de um negócio;
  • Trabalhar com uma variedade de linguagens de programação, incluindo SAS, R e Python;
  • Ter uma compreensão sólida de estatísticas, incluindo testes estatísticos e distribuições;
  • Manter-se a par das técnicas de análises tais como machine learning, aprendizagem profunda e análises (dados analíticos) de texto;
  • Resolver problemas relacionados com o negócio usando técnicas orientadas por dados.

Principais skills

  • Programação
  • Deep learning
  • Machine learning
  • Comunicação
  • Identificação de oportunidades
  • Processamento de grandes conjuntos de dados

2. Engenheiro de Software

Neste mundo digital a que todos pertencemos de uma maneira ou outra, a capacidade de interagir com computadores é essencial. Por isso, é normal que muitas novas vagas que surgem vão depender de programação, à medida que os produtos e serviços se tornam eles mesmos digitais. Os engenheiros de software são peritos no que diz respeito a linguagens de programação e respetivos sistemas. Como resultado, produzem produtos personalizados para diferentes clientes. O objetivo é gerar a base sólida de um programa com os seus conhecimentos de engenharia antes de o projeto avançar.

De acordo com tendências recentes, espera-se que o crescimento em oportunidades para engenheiros de software se mantenha acima dos 20%.

Principais responsabilidades

Há dois papéis principais na engenharia de software:

  • engenheiro de software de aplicação: cria novo software ou adapta produtos existentes para negócios e outras empresas. Faz isto através da análise das necessidades dos seus clientes. Por vezes, como engenheiro de aplicação, é responsável pela instalação e manutenção de uma aplicação ao longo da sua vida útil.
  • engenheiro de software de sistemas: desenvolve programas para os sistemas informáticos de uma empresa. Por outras palavras, cria operações lógicas para ajudar os dispositivos a trabalhar conjuntamente. Por exemplo, constrói interfaces de programação de aplicações (APIs) que ligam duas máquinas ou programas diferentes. Em geral, os engenheiros de sistemas desenvolvem itens que mantêm a velocidade, a produtividade e a segurança.

Principais skills

  • Atenção ao detalhe
  • Excelente comunicação
  • Desenvolvimento de Software
  • Programação e código  
  • Pensamento lógico e de resolução de problemas
  • Object Oriented Design (OOD) utilizando equipamento de software
  • Compreensão de softwares complexos como Photoshop e outros
  • Capacidade de corrigir erros nos programas
  • Capacidade de trabalhar sob pressão e cumprir deadlines
  • Dentro das ferramentas mais populares, encontram-se: Git, C#, JavaScript, TypeScript, Docker, .Net, React.js, Node.js e SQL.

3. Data Security Analyst

Nos últimos anos, não temos parado de ouvir que grandes empresas em todos os ramos de atividade têm sido alvo de agressivos ataques informáticos. Daí que não seja surpresa para ninguém a crescente procura por profissionais nesta área.

O Cyber Security Analyst, ou Analista de Segurança Cibernética, protege o sistema e as redes de uma organização contra ameaças de hackers. Este profissional também é responsável por desenvolver protocolos que são usados para responder a ataques e fazer com que estes sejam travados antes de serem causados danos. Assim sendo, este analista é um dos profissionais da área da segurança da informação que protege a infraestrutura organizacional, incluindo-se, aqui, redes de computador e dispositivos de hardware.

Falamos, portanto, de um especialista em segurança de rede e infraestrutura de Tecnologias da Informação. É um verdadeiro conhecedor de ataques cibernéticos, assim como é um especialista em malware e no comportamento de hackers. Este conhecimento permite-lhe antecipar e prevenir ataques cibernéticos, o que é essencial para que uma organização permaneça segura. 

Principais responsabilidades

O Cyber Security Analyst tem como principal função proteger o hardware, software, as redes e principalmente a informação da organização. Assim, tem de conhecer a fundo a infraestrutura de TI da empresa para poder mantê-la sempre sob monitorização e prever possíveis ataques que possam trazer danos para a organização. Perceber os pontos fracos é indispensável para aumentar a segurança do sistema digital da organização. Assim, uma das suas tarefas é melhorar a segurança da rede organizacional para que as informações confidenciais da empresa estejam sempre seguras.

Principais skills

  • Conhecimentos de segurança em várias plataformas
  • Experiência relevante em computação forense (computer forensics)
  • Experiência a trabalhar com dados em operações diárias
  • Forte compreensão de skills de hacking, incluindo conhecimentos de matemática
  • Conhecimento de implementação de computação em nuvem.

4. Web Developer

Nos últimos anos, a carreira de Web Developer (Programador Web) tornou-se uma escolha muito atraente, no entanto, há muito que se desconhece sobre esta profissão. O Web Developer trabalha com código. O seu objetivo é desenvolver e manter produtos digitais como websites e aplicações que respondam às necessidades do utilizador de forma eficaz e de forma a criar a melhor experiência. O Web Developer combina os aspetos técnicos dos produtos digitais, com os aspetos estéticos.

Principais responsabilidades

De forma geral, o web developer trabalha em equipa com outros developers e por norma decide especializar-se em projetos de front ou back-end.

  • O front-end developer trabalha a parte visível dos projetos. Quando abrimos um website estamos a ver o seu trabalho. É o front-end developer que decide a estética de cada página, onde é que cada elemento vai encaixar e como é que estes elementos interagem entre si. Trabalha com linguagens de marcação – HTML e CSS; e linguagens de programação como Javascript. O front-end developer tem de ter conhecimentos digitais e tem de saber combiná-los com conhecimentos de Design.
  • O back-end developer trabalha os aspetos não visíveis dos projetos. É ele que se assegura que um website funciona como é suposto, que somos direcionados para o local correto quando clicamos nos diferentes elementos das páginas, etc. O back-end developer certifica-se que existe a melhor experiência possível para o utilizador.

Principais skills

  • Skills analíticas
  • JavaScript
  • Back-end
  • HTML/CSS
  • Skills administrativas
  • Design responsivo
  • Testing e debugging

5. User Experience (UX) Designer

User experience – ou experiência do utilizador – foi um termo usado pela primeira vez na década de 90, por Don Dorman. É recorrentemente usado para falar dos meios digitais e tecnologia, mas até nas situações mais simples do nosso dia-a-dia estamos perante user experience. A experiência do utilizador abrange todos os aspetos de interação entre o utilizador e uma empresa, os seus serviços e os seus produtos.

O crescimento da internet e das redes sociais pendeu a balança do poder para o lado dos consumidores. As empresas responderam a esta mudança no paradigma ao criar cada vez mais experiências positivas para os consumidores ao longo do processo de compra. Assim que não é surpresa para ninguém que esteja previsto um crescimento anual de pelo menos 3% na procura de UX designers.

Principais responsabilidades

  • Realizar pesquisas qualitativas e quantitativas para identificar e compreender o público-alvo, os seus problemas e os aspetos que valorizam
  • Projetar protótipos, wireframes e fluxogramas, relatórios de avaliação e outros produtos
  • Estudar as características do produto para entender o seu impacto na experiência do utilizador
  • Definir perfis de proto-personas ou buyer personas
  • Criar documentação para planear o projeto de forma eficiente
  • Trabalhar com a equipa de desenvolvimento para comunicar, co-criar e testar ideias e conceitos de design
  • Realizar testes de usabilidade e auditoria
  • Coordenar provas de conceito, interação, funcionalidade e usabilidade
  • Monitorizar as tendências da indústria e analisar a concorrência
  • Trabalhar com designers de IU para ver como implementar os designs

Principais skills

6. Project Management

De acordo com este estudo acerca do crescimento de tipos de funções, a procura de project management com sucesso (e consequentemente project managers com experiência) vai continuar a crescer, estimando-se aproximadamente 22 milhões de vagas para funções de  project management em 2027 e além.

Não é uma coincidência, considerando que as empresas estão à procura de apresentar produtos e serviços cada vez mais radicais e “fora da caixa”, e por isso mesmo compreendam que para isso precisam de project managers capazes de executar os seus planos. Para além disso, o project management tem-se tornado tão essencial devido à necessidade de alinhamento e visibilidade cada vez maior por parte das empresas.

Principais responsabilidades

Tipicamente, os project managers têm o papel principal de planear, executar, monitorizar e fechar projetos. Por outras palavras, estão à frente do projeto de uma ponta à outra, e responsáveis pelo seu sucesso ou falhanço. Este papel requer um mindset estratégico, bem como capacidades de gestão de conflitos e resolução de problemas.

Principais skills

7. Quality Assurance Tester

Entrando na era digital, a influência do software é cada vez mais significativa, e por isso é cada vez mais importante para as empresas que os seus softwares não falhem. Assim sendo, a procura de testers tem aumentado bastante, esperando-se que até 2029 surjam (e sejam preenchidas) mais de 308,390 vagas para testers.

Principais responsabilidades

Quality assurance testers são engenheiros ou técnicos responsáveis por detectar problemas com um website, software, hardware, produto ou qualquer tipo de erro com a experiência do utilizador. Dessa forma, um tester é alguém crucial para poder ser entregue um produto de alta qualidade aos utilizadores. É muito comum em sistemas de gaming, aplicações mobile e outras formas de tecnologia que precisam de testes extensivos.

As responsabilidades de um QA tester incluem a prestação de suporte contínuo à equipa de desenvolvimento durante as várias fases do ciclo de desenvolvimento de um software. Por exemplo, um tester na indústria dos videojogos irá provavelmente focar-se em encontrar e reproduzir erros nesses jogos.

Principais skills

  • Dev tools
  • Front-end skills
  • Linguagens de programação
  • Compreender diferentes Sistemas Operativos e operações

Technology is best when it brings people together.”

– Matt Mullenweg

Estas 7 funções vão continuar a estar na lista das mais procuradas em 2023 e adiante. Na era digital em que vivemos, existem bastantes opções por onde escolher dentro do mundo tecnológico que oferecem bons salários e oportunidades de crescimento.

Se és alguém apaixonado pela tecnologia e pensas dar o primeiro passo neste mundo mas ainda não tens formação suficiente para te candidatar, porque não apostar numa formação altamente qualificada e certificada? O Learning Center da Olisipo tem cursos em variadas categorias dentro mundo do IT, para além de formações de desenvolvimento pessoal & profissional.

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Opinião

O pior da tecnologia em 2022

O mundo tecnológico tem dado muitos e bons passos em frente nos últimos anos, mas a verdade é que o desenvolvimento nunca vem sem percalços. Pensemos nas anti-inovações, nos acidentes, contratempos, e simples más ideias que levaram aos muitos falhanços tecnológicos este ano. Desde farmacêutica mortífera, à queda de mercados de criptomoeda, à quantidade monstruosa de hacks a instituições, ao metaverso, temos muito por explorar.

O progresso cruel da Neuralink

A empresa de desenvolvimento de aparelhos médicos Neuralink de Elon Musk está aparentemente sob investigação federal por potenciais violações aos direitos dos animais, depois de terem sido feitas queixas por empregados da mesma. O relatório menciona que documentos internos e outras fontes indicam que os testes feitos em animais são feitos demasiado rápido, o que causa que os mesmos sofram e morram desnecessariamente.

A empresa, fundada em 2016 tem trabalhado para desenvolver um implante cerebral para restaurar movimento a doentes paralisados, e tratar outras doenças neurológicas.

Baseado em dezenas de documentos da Neuralink e entrevistas com mais de 20 empregados atuais e passados da empresa, o relatório concluiu que a investigação coincide com crescentes queixas de empregados relativamente aos testes em animais da Neuralink, incluindo queixas que a pressão por parte do CEO para acelerar o desenvolvimento dos projetos resultou em experiências falhadas. Os empregados alegam que devido à necessidade de refazer os variados testes que falharam inicialmente (falhas estas que dizem ser evitáveis, não fosse a pressão de resultados rápidos), mais e mais animais têm sido sujeitos a experiências, a maioria fatais.

Documentos indicam que desde 2018, a empresa já matou mais de 1500 animais, incluindo ovelhas, porcos e macacos. Como não são feitos registos do número exato de animais testados e mortos, fontes creem que o número real possa ser ainda maior.

A App portuguesa para identificar contactos de COVID-19 que nunca funcionou

Chegou ao fim a aplicação para smartphone StayAway Covid, lançada em setembro de 2020 para rastreamento dos contactos no âmbito da pandemia. Numa nota disponível no site da aplicação, é visível o aviso sobre a “interrupção da operação do sistema” da aplicação. “Apesar de ainda não ter sido declarado o fim da pandemia de Covid-19, a positiva evolução do padrão epidemiológico da doença em Portugal justifica a interrupção da operação do sistema STAYAWAY COVID”, é possível ler no site.

A aplicação foi desenvolvida pelo INESC TEC. A StayAway Covid recorria à tecnologia Bluetooth para registar os contactos entre pessoas com a aplicação instalada. Na descrição nas lojas de apps era explicado que “uma vez instalada a aplicação, o telemóvel anuncia a sua presença a todos os dispositivos próximos usando identificadores aleatórios que não revelam identidades pessoais.” Era, através desses identificadores, que seria possível saber se os smartphones estiveram próximos, a que distância e durante quanto tempo. No entanto, era preciso que, os casos positivos, tivessem acesso a um código para inserir na app, que comunicaria assim com os outros smartphones que tinham estado por perto.

Enquanto os responsáveis pela app defendiam numa fase inicial que o projeto precisava de ser apoiado, ​​vozes como a Associação D3, dedicada aos direitos digitais, teceu críticas ao projeto, mencionando reservas na área da privacidade. Em comunicado em 2020, a D3 recordou que os pareceres da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) e de outras entidades teriam sido  “ignorados” no processo de desenvolvimento da app.

As críticas subiram de tom quando António Costa defendeu, em 2020, que a aplicação deveria ser obrigatória. A obrigatoriedade de instalação tinha coimas associadas, que podiam ascender aos 500 euros. A medida dividiu os constitucionalistas e até gerou algum desconforto entre as entidades que participaram no desenvolvimento da aplicação. Com o passar do tempo, a aplicação perdeu fôlego – tanto no propósito como nos números de instalações.

Rui Oliveira, administrador do INESC TEC, indicou que no total, o valor gasto com o desenvolvimento e promoção da aplicação foi de “cerca de 550 mil euros“.

O Hack desastroso à TAP

Como é do conhecimento público, a companhia aérea TAP foi alvo de um ciberataque em 26 de agosto de 2022. O grupo de hackers Ragnar Locker publicou no dia 12 de Setembro dados relativos a 115 mil clientes da TAP, mas dizia ter perto de 1,5 milhões. Depois de várias ameaças, o Grupo de hacker publicou mesmo os 1,5 milhões de dados clientes que dizia ter em sua posse.

A TAP alertou de seguida os clientes afetados pelo ataque informático à companhia, de que esta divulgação “pode aumentar o risco do seu uso ilegítimo”, pedindo atenção a comunicações suspeitas.

A companhia revelou que “foram tomadas de imediato medidas de contenção e remediação para proteger os dados dos clientes”, informando que “os ‘hackers’ publicaram as seguintes categorias de dados em relação a um número limitado de clientes, entre os quais se inclui: nome, nacionalidade, género, morada, e-mail, contacto telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente”.

O grupo referiu ainda que, “a coisa mais interessante, é que eles [a TAP] ainda não resolveram as vulnerabilidades na própria rede e este tipo de incidentes pode acontecer outra vez. Por sinal, se alguém precisar de um acesso remoto à TAP Air [sic], avisem-nos”

A publicação dos dados leva a suspeitar/concluir que a TAP não terá pago o resgate pedido pelo grupo de hackers. Além disso, a companhia aérea garante que o plano de contingência foi ativado e a companhia tem estado a trabalhar em articulação com as autoridades com competências nesta matéria.

O METAverso que continua a sangrar dinheiro

Desde o início de 2021, o grupo Meta Platforms Inc. de Mark Zuckerberg já gastou mais de 15 mil milhões de dólares no seu projeto Metaverse. Mas até agora, a empresa ainda não revelou exatamente onde o dinheiro está a ser gasto. Isto continua a suscitar preocupações entre investidores e analistas.

Muitos especialistas do sector receiam que o investimento maciço da Meta possa acabar por ser desperdiçado. “O problema é que gastam o dinheiro e o mantêm em segredo dos investidores, o que pode levar a um desastre”, disse Dan Ives, um analista da Wedbush Securities. “Ives acrescenta: ‘Ainda é uma aposta alta para Zuckerberg e a sua equipa. Por agora, estão a apostar o seu dinheiro no futuro enquanto o seu negócio principal enfrenta enormes desafios”.

Neste momento, a empresa não está a ver quaisquer sinais de acabar com as suas perdas. A empresa relatou um prejuízo de mais de 5 mil milhões de dólares nos primeiros seis meses de 2022. Muitos analistas prevêem que as perdas totais deste ano irão exceder as do ano passado. As ações da Meta também desceram cerca de 65% este ano.

Analista de referência, Mark Zgutowicz estima que pelo menos 60% das perdas dos Reality Labs provêm dos enormes custos de investigação e desenvolvimento necessários para construir um novo mundo virtual. “Até todos usarmos óculos que não nos façam parecer e sentir estranhos, pelo menos de uma perspectiva escalável, não há um verdadeiro metaverso”, disse Zgutowicz. O Quest Pro pode reconhecer expressões faciais e transmiti-las a dispositivos VR para uma experiência imersiva.

Em Dezembro, a Meta anunciou que cerca de 20% dos custos do grupo Meta em 2023 serão focados no Metaverso e no projeto Reality Labs.

A epopeia do Twitter, escrita por Elon Musk

Quando o homem mais rico do mundo (na altura) comprou o Twitter, prometeu acima de tudo restaurar a “liberdade de expressão” na plataforma.

Assim que chegou ao Twitter, com uma dad joke de estremecer (let that sink in, a sério?) Elon Musk despediu a grande maioria do staff da empresa e partilhou os “Twitter files” – mensagens de Slack trocados entre antigos executivos sobre se deveriam banir a conta de Donald Trump, ou bloquear noticias sobre o computador de Hunter Biden. Musk insinuou que o anterior chefe de confiança e segurança do Twitter era secretamente um pedófilo. Restituiu figuras controversas na equipa e anunciou várias novas medidas conforme se ia lembrando delas: paródias são agora proibidas. Nada de links do Instagram. Publicar informação sobre as localizações dos jatos privados de bilionários: nada disso.

Algumas pessoas previram que a tecnologia do Twitter iria eventualmente colapsar devido a todo este stress. Mas o que Musk estava de facto a destruir – violenta e subitamente – eram as regras de interação no website, e dessa maneira, o produto em si. “A verdade essencial de qualquer rede social é que o produto é moderação de conteúdo”, escreveu o jornalista Nilay Patel. “Moderação de conteúdo é o que o Twitter faz – é o que define a experiência de utilizador.”

Os utilizadores da plataforma devem agora decidir se este novo e alterado Twitter é algo que querem. Serão eles a ditar o veredicto final sobre este controlo maníaco de Musk como moderador-chefe. Seis semanas depois de tomar posse da empresa, Musk, numa possível dúvida existencial, pôs o seu reinado sob votação: “deverei afastar-me como chefe do Twitter? Respeitarei os resultados deste inquérito” tweetou a dia 18 de Dezembro.

O resultado? 57.5% responderam que sim, deveria sair, enquanto 42.5% responderam contra a sua saída.

O povo falou. O homem diz que se afastará assim que encontrar um substituto à altura. Que fará na realidade Musk?

A implosão da FTX

Imaginemo-nos num mundo em que se inventam novos tipos de dinheiro, e há quem nos pague, bem, dinheiro verdadeiro, para os obter. Chamemos ao que essas pessoas estão a comprar “Tokens” de criptomoedas. No entanto, visto que há vários tipos de tokens e estes são difíceis de comprar e vender, imaginemos que um empresário cria um mercado de ações privado para poder comercializar estes tokens. Chamemos a isto uma “bolsa de criptomoedas” ou “cryptocurrency exchange”. Como os tokens não têm um valor intrínseco e outras bolsas já foram à falência, teríamos de nos certificar que a nossa era super segura e bem regulamentada.

Este foi o conceito por detrás da FTX Trading, uma bolsa de crypto criada por Sam Bankman-Fried, um jovem de vinte e tal anos que brincava com tecnologia sofisticada, como um “motor de risco automatizado” que verificava de 30 em 30 segundos se quem depositava tinha de facto dinheiro real suficiente para cobrir as suas “apostas” em crypto. Esta tecnologia assegurava uma “transparência completa”.

No entanto, por detrás desta visão perfeita, a FTX parece ser simplesmente um clássico caso de desfalque. De acordo com investigadores americanos, Bankman-Fried pegava no dinheiro dos clientes e usava para comprar casas, fazer donativos para campanhas eleitorais e acumular quantidades gigantescas em tokens de crypto ilíquidos. Em Novembro, tudo desmoronou. John Ray, escolhido para investigar a companhia em falência, disse que a tecnologia da FTX “não era de todo sofisticada”. Nem a suposta fraude: “Trata-se apenas de tirar dinheiro dos clientes e usá-lo para proveito próprio”.

Bankman-Fried, que é graduado do MIT e cujos pais são ambos professores de direito na universidade de Stanford, foi preso nas Bahamas em Dezembro e enfrenta múltiplas acusações de conspiração, fraude e lavagem de dinheiro.

PS: e se o Wolf of Wall Street fosse sobre cripto? Vê este vídeo satírico da autoria de Joma Tech.

A vingança dos fãs sobre a Ticketmaster

You had one job, Ticketmaster.

Em 2022, estávamos certos que já haveria uma forma simples, organizada e transparente de vender bilhetes para concertos, mesmo para grandes eventos que geram enorme antecipação, como a tour mundial de Taylor Swift. Mas o maior vendedor de bilhetes a nível mundial não teve um ano particularmente fácil. As vendas desiquilibraram-se quando o sistema da Ticketmaster “crashou”, deixando milhares de “swifties” completamente furiosos. Pouco tempo depois, na cidade do México, mais de um milhar de fãs de Bad Bunny viram os seus bilhetes rejeitados e considerados falsos devido a uma falha nas máquinas de leitura de bilhetes, fazendo com que o artista acabasse por atuar perante um recinto meio cheio.

O departamento Mexicano de proteção ao consumidor diz que há a possibilidade de processarem a Ticketmaster. No entanto, vários fãs de Taylor Swift anteciparam-se e já puseram o caso em tribunal, alegando que o “desastre de vendas” se deveu às práticas “anticompetitivas” da empresa. A Ticketmaster e a sua empresa-mãe Live National controlam mais de 80% do mercado de vendas de bilhetes nos EUA e a empresa há muito tempo que é escrutinizada por reguladores Antitrust.

Não se trata apenas dos preços elevados dos bilhetes (apesar de um bilhete “normal” para um concerto do tour de Taylor Swift custar cerca de 1000$). De acordo com o economista de Yale Florian Elderer, a falta de concorrência aumenta a probabilidade de erros de emissão de bilhetes. “As alegações contra a Ticketmaster são que a mesma abusa da sua posição dominante no mercado ao não investir o suficiente em websites estáveis e apoio ao cliente”, diz Elderer. “Assim, em vez de causar danos aos consumidores por cobrar preços exorbitantes, a Ticketmaster é acusada de causar danos por providenciar serviços de qualidade inferior – que não aconteceria caso tivesse mais concorrência no mercado”.

A aventura Galactica da Meta

No Outono deste ano, dois modelos de Inteligência Artificial que respondem a questões num modelo de texto fluido e quase humano – foram lançados online para a utilização do público em geral. Apesar de ambos serem semelhantes, a recepção dos utilizadores não poderia ter sido mais diferente.

O modelo vindo da Meta (empresa de Mark Zuckerberg) chamado Galactica, sobreviveu apenas 3 dias antes que uma onda avassaladora de críticas causasse a empresa a desligar o mesmo “da ficha”. A Technology Review decidiu perguntar ao modelo sobrevivente, o ChatGPT da OpenAI (que tem tido uma recepção incrivelmente positiva) para que contasse uma história sobre o que aconteceu. Em baixo fica um printscreen da resposta do ChatGPT, que demorou cerca de 25 segundos a ser escrita:

screenshot for interaction with ChatGPT

Apostamos que 2023 nos trará mais avanços tecnológicos incríveis, mas preparamo-nos para os inevitáveis “desastres” que virão certamente de arrasto.

PS: Se ficaste até ao final deste artigo, é porque não queres perder nenhuma novidade no mundo da tecnologia em 2023. Subscreve já à nossa newsletter semanal e segue-nos na tua rede social preferida!